Créditos fiscais tiram Montepio de prejuízos. Lucro dispara para 831 milhões em 2017
Os resultados consolidados mostram que o grupo Montepio fechou o ano passado com lucros de 831 milhões de euros, beneficiando de créditos fiscais de 809 milhões.
O grupo Montepio passou de prejuízos a lucros, de 2016 para 2017, com o resultado a ser suportado pelo fim a isenção em sede de IRC da associação mutualista. Os resultados consolidados revelados pelo grupo nesta segunda-feira mostram que o grupo fechou, o ano passado, com lucros de 831 milhões de euros. Este valor compara com prejuízos de 151 milhões de euros obtidos em 2016.
De acordo com as contas consolidadas do grupo Montepio, este resultado contou com “os contributos favoráveis” dos resultados líquidos em base individual de 587,5 milhões de euros do Montepio Geral – Associação Mutualista (MGAM), bem como de 6,4 milhões de euros em base consolidada registados pela Caixa Económica Montepio Geral (CEMG).
A instituição reconhece que os seus lucros foram ainda “influenciados positivamente pelo reconhecimento de ativos por impostos diferidos decorrentes da alteração do regime fiscal“. De acordo com as contas consolidadas do MGAM, a alteração do seu estatuto fiscal em 2017 motivou o registo de ganhos por impostos diferidos, no montante de 809 milhões de euros. Ou seja, um valor que corresponde a 97% dos lucros que o grupo mutualista registou no ano passado.
“A significativa variação da rubrica de impostos, de 695 milhões de euros, em base consolidada, está relacionada com o impacto da alteração do estatuto fiscal do MGAM, em 2017, como foi amplamente noticiado, que determinou o apuramento de impostos diferidos ativos, de 809 milhões de euros, em base individual”, concretiza o relatório e contas consolidadas de 2017.
De salientar que, em março deste ano, o MGAM recebeu luz verde do Ministério das Finanças para pôr fim à isenção de impostos — isto apesar de manter o estatuto de IPSS —, podendo assim beneficiar de créditos fiscais para equilibrar as contas do grupo.
Esta mudança é visível nas contas consolidadas relativas ao ano passado. O grupo que tinha terminado 2016 com capitais próprios negativos em mais de 300 milhões de euros, fechou 2017 com este indicador positivo em 527 milhões de euros.
Em termos de resultados operacionais também foi registada uma melhoria. Este ascendeu a 40 milhões de euros, o que compara com um prejuízo operacional de 241 milhões de euros verificado em 2016.
As contas consolidadas agora conhecidas serão sujeitas a assembleia-geral que se realiza no próximo dia 17 de julho.
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