Tarifas de Trump castigam Lisboa. Altri evita queda mais expressiva
Depois de várias sessões a ganhar, as bolsas europeias cederam perante as novas tarifas impostas por Trump à China. Lisboa não escapou à tendência, isto num dia de máximos para a Altri.
Após cinco sessões consecutivas de ganhos, a bolsa nacional cedeu. Acompanhou a tendência negativa das restantes praças europeias, mas também das bolsas nos EUA, isto depois de Trump ter anunciado um reforço da lista de produtos chineses alvo das suas tarifas. A Galp Energia pesou no PSI-20 que só não registou uma queda mais expressiva graças aos máximos da Altri,
O anúncio de Trump de tarifas sobre mais produtos chineses, como tabaco, carvão, aço e alumínio, pôs pressão nas bolsas europeias, que registaram quedas superiores a 1%. O alemão DAX deslizou 1,30%, o francês CAC 40 desceu 1,48% e a praça espanhola caiu 1,48%.
O PSI-20, principal índice bolsista nacional, seguiu a tendência ao fechar a cair 0,45% para 5.636,62 pontos. Das 18 cotadas nacionais, só quatro cotadas conseguiram valorizar e duas ficaram inalteradas. As restantes cederam, com várias a apresentarem quedas de mais de 1%.
Só a EDP, Jerónimo Martins, BCP e Altri terminaram a subir, e impediram que a praça portuguesa não derrapasse tanto como as europeias. A empresa liderada por António Mexia subiu 0,43%, para os 3,505 euros. A papeleira Altri continuou a brilhar, tendo renovado máximos históricos. Encerrou a sessão a cotar nos 9,06 euros.
As maiores quedas foram registadas pelas energéticas e pela Mota-Engil, que caiu 2,27% para 3,02 euros por ação, depois de ter anunciado que iria começar a operar na Nigéria, em parceria com a Shoreline.
Nas energéticas, só EDP se manteve no verde, enquanto a EDP Renováveis e a Galp Energia apresentaram quedas superiores a 1%. A petrolífera caiu 1,48% para 17,01 euros, seguindo a queda das cotações do petróleo nos mercados internacionais com os investidores receosos quanto ao impacto da guerra comercial na procura pela matéria-prima.
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