Portugal obtém 1.750 milhões com dívida de curto prazo. Taxas foram menos negativas que no último leilão

O Tesouro português foi ao mercado levantar 1.750 milhões de euros em títulos a seis e 12 meses a taxas menos negativas face a leilões recentes.

Portugal conseguiu obter um financiamento de 1.750 milhões de euros no mercado através de um duplo leilão de bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses realizado esta manhã. A operação registou taxas de juro negativas — como vem sendo hábito há algum tempo –, mas já não são tão negativas como em leilões anteriores. A procura dos investidores continuou robusta.

O Tesouro português colocou 1.350 milhões de euros em dívida com maturidade em julho de 2019, registando uma taxa de juro de -0,28% — uma taxa menos negativa do que aquela que registou no último leilão no mês passado (-0,29%). Em maio, o leilão de bilhetes a 12 meses observou um juro de -0,272%.

Já para obter 400 milhões de euros em títulos com maturidade em seis meses, a taxa de juro exigida pelos investidores a Portugal situou-se nos -0,339% — que compara com a taxa de -0,351% do anterior leilão.

Embora o IGCP, que é quem leva a cabo as operações de financiamento da República, tenha cumprido com o objetivo de financiar-se no montante máximo esperado (o intervalo indicativo apontava para montantes entre 1.500 e 1.750 milhões), o resultado deste leilão vem reforçar a tendência de inversão dos juros que se vem verificando nos últimos meses.

Até março passado, Portugal vinha registando juros cada vez mais negativos de cada vez que ia ao mercado financiar-se a curto prazo, algo que não aconteceu nas últimas duas operações: os juros mantiveram-se em terreno negativo, mas começaram a subir ligeiramente.

Filipe Silva, diretor da Gestão de Ativos do Banco Carregosa, sublinha a “boa notícia para o financiamento do país que recebe juros quando pede emprestado” em leilões que registam juros negativos. “O Estado faz bem em aproveitar este período de juros negativos para ir substituindo (fazendo o rollover) dívida antiga”, comentou Filipe Silva.

(Notícia atualizada às 11h11)

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