Resultados da Microsoft não chegaram para animar Wall Street
As tendências protecionistas de Donald Trump e os seus comentários regulares sobre o tema continuam a deixar os investidores receosos, mesmo num dia em que a Microsoft bateu recordes.
Mais ameaças de tarifas sobre os produtos chineses vindas da boca do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mais receios protecionistas por parte dos investidores na bolsa norte-americana. Apesar dos resultados favoráveis da Microsoft, os principais indicadores em Nova Iorque mal se mexeram, acabando por terminar a semana um pouco abaixo da linha de água.
O índice de referência S&P 500 perdeu 0,1% para os 2.801,82 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq perdeu 0,07% para os 7.820,20 pontos. Também o Dow Jones, o índice industrial, pouco se alterou: desvalorizou 0,03%, para os 25.058,06 pontos.
As ações da Microsoft alcançaram recordes durante o dia porém, subindo 2% após ótimos resultados do segundo trimestre que mostraram a empresa a dar-se melhor do que os analistas anteviam. Foi a tecnológica de Bill Gates que mais impulsionou os três índices ao longo do dia, mas não foi suficiente.
Além dos seus comentários sobre a China, Donald Trump também optou por voltar a criticar a intenção da Reserva Federal dos Estados Unidos, ou Fed, de aumentar as taxas de juro. “Um presidente que comenta a Fed é pouco convencional”, disse à agência Reuters o analista David Carter, da Lenox Wealth Advisors. “Um pouco de inconvencionalidade é bom, mas quando é demasiado pode fazer uma grande confusão. E é esta segunda fase que está a surgir, com os comentários sobre Putin, tarifas e a Fed”.
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