Comporta: Dois candidatos já estão, o terceiro está a caminho
Os interessados têm de apresentar propostas vinculativas até 20 de setembro. A consultora Deloitte irá analisar as ofertas e será depois marcada uma assembleia geral para escolher o comprador.
A venda da Herdade da Comporta está relançada. A Gesfimo, sociedade que gere os ativos imobiliários que estão a ser negociados, tinha imposto como condição para a reabertura da venda que os três concorrentes do último processo, que ficou fechado sem sucesso, renunciassem ao direito de contestar qualquer decisão. Dois dos interessados já assinaram e entregaram essa declaração, denominada de waiver, e o terceiro aceitou também essa condição, embora tenha pedido um adiamento para entregar a declaração.
Os três candidatos anteriores à compra da Comporta tinham até ao dia 22 para apresentarem o citado waiver. O consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury já assinou uma declaração a abdicar desse direito, como o ECO revelou, tal como o investidor francês Louis-Albert de Broglie. A exceção, para já, é o fundo Oakvest, que concorre à compra da Comporta em consórcio com a Portugália, e que pediu para que o prazo de entrega da declaração fosse adiado para o dia 27 de agosto, o que foi aceite. O Jornal Económico (acesso pago) escreve, esta sexta-feira, que o fundo Oakvest desistiu do processo e que a Portugália concorre agora sozinha, mas, ao ECO, fonte oficial desmente essa informação e diz que o fundo britânico se mantém na corrida em consórcio com a Portugália.
Ao ECO, Louis-Albert de Broglie referiu, inicialmente, que ia assinar a referida declaração já depois do dia 22, como noticiado. Mas, horas depois, contactado novamente, confirmou que, afinal, já tinha assinado a declaração de renúncia aos direitos de contestação, embora com ressalvas. “Não sabemos porque é que deve ser assinada esta waiver e quais os factos, circunstâncias ou aspetos legais que esta waiver implica“, afirma.
O consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury considerou que a exigência desta waiver era “ilegal”, até porque a condição só é aplicável aos três concorrentes que já se tinham apresentado no anterior processo de venda, e não aos novos que venham a concorrer pela Comporta. Contudo, confirmou o ECO, acabou por também aceitar renunciar aos direitos de contestação.
"Não sabemos porque é que deve ser assinada esta waiver e quais os factos, circunstâncias ou aspetos legais que esta waiver implica.”
Assim, mantêm-se três candidatos à compra dos projetos turísticos do Herdade da Comporta — Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado (FEIIF). No último processo, as duas propostas com os valores mais elevados, do consórcio Vanguard Properties/Amorim Luxury e do consórcio liderado pela Oakvest, ofereciam ambas em torno de 156 milhões de euros. Em ambos os casos, o montante oferecido é repartido entre um pagamento em dinheiro e a assunção da dívida de 119,4 milhões da Comporta à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
Neste novo processo, que é aberto a outros potenciais interessados e não apenas aos três já conhecidos, os acionistas da Herdade da Comporta esperam conseguir a “maximização do produto da alienação dos ativos”, isto é, esperam que os interessados ofereçam mais dinheiro pela Comporta.
Os interessados terão de apresentar a due dillegence até ao dia 15 de setembro e as propostas vinculativas até ao dia 20 de setembro. Posteriormente à análise das propostas, que será feita pela consultora Deloitte, será marcada uma assembleia geral para uma decisão, que deverá realizar-se no dia 28 de setembro, se não houver mais adiamentos.
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