Mota-Engil acelera mais de 2% em bolsa com negócio da Lusoponte
Os títulos da construtora lideram os ganhos no PSI-20, depois de se saber que a empresa, em conjunto com a Vinci, ficou com os 7,5% da Lusoponte que eram detidos pela Teixeira Duarte.
As ações da Mota-Engil aceleraram quase 2,3% em bolsa no arranque da sessão desta terça-feira e encontram-se a liderar os ganhos no principal índice nacional. A valorização acontece depois de se saber que a construtora, em conjunto com a Vinci, exerceu o direito de preferência sobre a participação da Teixeira Duarte na Lusoponte, impedindo que a parcela fosse comprada por um grupo chinês. O negócio está avaliado em 23,3 milhões de euros.
Cerca de uma hora depois da abertura da sessão, os títulos da Mota-Engil avançam 2,28% e estão a cotar nos 2,915 euros.
Foi no final desta segunda-feira que a Teixeira Duarte comunicou à CMVM que, afinal, os 7,5% que a empresa detinha na concessionária Lusoponte não foram parar às mãos da China Construction, mas sim da Vinci Highways e da Lineas – Concessões de Transportes. Esta última é uma subsidiária da Mota-Engil, como noticiou o ECO. Isto aconteceu porque ambas as empresas exerceram o direito de preferência sobre a posição da Teixeira Duarte na Lusoponte, a empresa concessionária das pontes Vasco da Gama e 25 de Abril, situadas em Lisboa.
Em concreto, de acordo com o comunicado enviado à CMVM, a Vinci Highways vai pagar 11,53 milhões por 185,6 mil ações da Lusoponte, enquanto a Lineas – Concessões de Transportes pagará 11,77 milhões de euros por cerca de 189,4 mil ações da concessionária das duas pontes da capital portuguesa. Como indicou a Teixeira Duarte, “estas alienações estão ainda sujeitas a que sejam concretizados outros procedimentos, designadamente pela Lusoponte, em particular junto das entidades financiadoras”.
A alienação da posição da Teixeira Duarte na Lusoponte faz parte do acordo que a Teixeira Duarte assinou com o BCP, a Caixa Geral de Depósitos e o Novo Banco para “a redução significativa do passivo bancário” através de um programa de venda de ativos avaliados em 500 milhões de euros. Recentemente, a empresa vendeu a participação que detinha no Lagoas Park, em Oeiras, a uma subsidiária do fundo europeu de private equity Kildare, por 375 milhões de euros.
(Notícia atualizada às 9h12 com mais informações)
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