Bruxelas admite acabar com tarifas sobre automóveis norte-americanos… se Trump fizer o mesmo
A Comissão Europeia admite eliminar as tarifas aduaneiras impostas sobre os carros norte-americanos, se Donald Trump fizer o mesmo. "Seria bom para nós e para eles", diz Bruxelas.
A Comissão Europeia está disposta a eliminar todas as tarifas aduaneiras impostas sobre os bens industriais norte-americanos — incluindo os automóveis —, se Donald Trump aceitar seguir também esse caminho, adianta o Politico. “Estamos disponíveis para avançar para tarifas zero até nos automóveis… se os Estados Unidos fizerem o mesmo”, sublinhou, esta quinta-feira, a comissária Cecilia Malmström, pouco mais de uma semana depois da Casa Branca ter ameaçado, mais uma vez, taxar os carros europeus.
“Do lado da União Europeia, estamos prontos para avançar para tarifas zero em todos os bens industriais, claro que se os Estados Unidos fizerem o mesmo. Portanto, seria numa base recíproca“, salientou a comissária europeia para o Comércio.
No final do julho, Donald Trump e Jean-Claude Juncker já tinham acordado trabalhar no sentido da eliminação das tarifas impostas aos bens industriais, mas tinham excluído dessas negociações o setor automóvel.
Atualmente, aos carros norte-americanos que chegam à União Europeia é imposta uma taxa de 10%, que é significativamente superior à taxa de 2,5% aplicada aos veículos europeus importados pelos Estados Unidos. De notar que, no caso dos camiões europeus, a tarifa aduaneira bastante superior: 25%.
Na semana passada, Donald Trump voltou a ameaçar impor uma taxa de 25% sobre todos os carros europeus que cheguem aos Estados Unidos. Segundo avançou o Presidente à CNBC, foi aliás a constante intimidação desse setor que lhe permitiu ter os europeus à mesa para negociar. “Jean-Claude… está tudo relacionado com os carros”, reforçou.
As conversações com a Comissão Europeia têm sido, de resto, a principal razão pelo qual o relatório sobre as tarifas automóveis — que é o primeiro passa para a introdução das taxas norte-americana — ainda não foi publicado. Segundo o secretário de comércio dos Estado Unidos, citado pelo Wall Street Journal, o prazo da apresentação desse documento foi, entretanto, adiado.
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