“Índices de regularidade na CP são a superiores 99%”. Garantia é do Governo
O secretário de Estado das Infraestruturas assegurou que o Governo continua "empenhado" nos investimentos no transporte ferroviário.
O secretário de Estado das Infraestruturas reiterou esta quinta-feira os “índices de regularidade superiores a 99%” obtidos desde agosto na Comboios Portugal (CP), com a mudança de horários, assegurando que o Governo continua “empenhado” nos investimentos no transporte ferroviário.
“Desde o início de agosto e desde a mudança de horários, a CP tem obtido índices de regularidade superiores a 99%. Há um cumprimento destes horários e é isso que é importante reter, enquanto no passado houve um forte desinvestimento, nomeadamente na manutenção, e é essa a principal questão”, afirmou Guilherme W. d’Oliveira Martins.
O governante falava, em declarações aos jornalistas, em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, nos Açores, à margem da sessão de abertura da 67.ª Reunião dos Diretores Gerais da Aviação Civil da Conferência Europeia da Aviação Civil.
Em 14 de agosto, o Governo já tinha garantido, em comunicado, que a circulação de comboios da CP atingiu uma taxa de regularidade de 99% nas duas primeiras semanas de agosto, uma recuperação para os níveis históricos da empresa.
Hoje, questionado sobre a situação da CP, o secretário de Estado voltou a apontar o “desinvestimento” feito “no passado” no setor ferroviário, que se “refletiu na situação” da empresa.
“Entre 2010 e até 2015 houve uma redução de cerca de 1.500 trabalhadores para 949 trabalhadores e houve esse desinvestimento. Mas, a partir de 2015, houve uma recuperação com recrutamentos até hoje. E ainda recentemente tivemos um processo de recrutamento de 102 trabalhadores por parte da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF). E estamos muito empenhados”, sublinhou.
Guilherme W. d’Oliveira Martins assegurou ainda que o executivo “está empenhado”, por outro lado, em proceder “ao aluguer de material circulante a Espanha e à preparação do caderno de encargos de aluguer de compra e aquisição de novo material circulante”. “É nisso que estamos empenhados”, frisou o secretário de Estado das Infraestruturas.
Segundo foi comunicado na segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a CP registou 54,6 milhões de euros de prejuízo no primeiro semestre, que comparam com as perdas de 58,1 milhões de euros registadas no período homólogo.
Recentemente têm sido várias as queixas em relação ao serviço prestado pela CP.
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