Starbucks quer conquistar Itália, o país onde nasceu o café expresso
A cadeia americana enfrenta agora um novo desafio, o de conquistar o mercado italiano, onde nasceu o café expresso.
Já estava presente em praticamente toda a Europa. Mas na lista faltava um país, com uma longa história no que toca ao café. A Starbucks acaba de abrir a primeira loja em Itália, situada no coração de Milão. A gigante norte-americano do mundo do café lança-se num projeto ambicioso: conquistar os italianos, no país que é o quarto maior consumidor mundial de café e o lugar onde o café expresso foi inventado.
Tudo começou em 1971, quando abriu a primeira loja Starbucks em pleno mercado Pike Place, em Seattle (Estados Unidos da América). Poucos anos depois, inspirado e fascinado com os cafés italianos, Howard Schultz, CEO da empresa na altura, apercebeu-se do potencial do tradicional café italiano se aplicado nos Estados Unidos.
Passados 47 anos, que fizeram da Starbucks uma marca presente em cerca de 50 países, nomeadamente em Portugal com mais de uma dezena de lojas, vem aí um novo desafio.
Café custa o dobro. Mas há wi-fi
Habituados a beber um café pela manhã, muito rapidamente e de pé ao balcão, há algum ceticismo de que os italianos troquem este ritual pela loja americana, também conhecida pelo sofás e acesso livre a uma rede wi-fi. Começando pelo preço que, nas cafetarias da Starbucks, é quase o dobro. Um café expresso custa cerca de dois euros e os italianos estão habituados a pagar metade do preço.
Liz Muller, chief design officer da Starbucks, revela que a intenção da marca não é ensinar nada sobre café aos italianos, que vivem no país “onde o café nasceu”, acrescenta. “O que queremos é proporcionar uma experiência premium, diferente daquela a que os italianos estão habituados“, explica.
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De acordo com a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês), os proprietários dos tradicionais estabelecimentos italianos não parecem estar muito preocupados com a competição que o novo rival americano pode trazer.
No que toca aos consumidores, de acordo com as primeiras reações que a Bloomberg (acesso livre, conteúdo em inglês) apurou, o Starbucks ainda precisa de encantar os nativos do país que inventou o café expresso. “Os americanos não sabem fazer café”, disse um deles.
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