Portugal contraria tendência europeia e não cria emprego no segundo trimestre
Eurostat compara aos dados da criação de emprego na União Europeia. Malta e Estónia são os campeões na criação de emprego no segundo trimestre. Portugal, Letónia e Roménia estão no extremo oposto.
Portugal é um dos quatro países europeus onde não houve criação de postos de trabalho, no segundo trimestre deste ano. O pior desempenho é da Letónia, Portugal e Roménia, todos com uma quebra de 0,3% face ao trimestre anterior, revela o Eurostat. Tanto na União Europeia como na zona euro, em abril, maio e junho houve um crescimento de 0,4% na criação de emprego de acordo com os dados ajustados de sazonalidade divulgados esta terça-feira.
De acordo com o Eurostat, Malta e Estónia são os países onde a criação de emprego foi mais significativa, com um crescimento de 1,3% face ao primeiro trimestre, logo seguido da Polónia (1,2%), de Chipre (1%) e do Luxemburgo (0,9%). Uma comparação feira com base nos dados que estão disponíveis. Estes cinco países registam taxas de crescimento superiores a 3%, este ano. Nas previsões de verão, a Comissão Europeia espera que Malta cresça 5,4% este ano, uma revisão em baixa face aos 5,8% previstos na primavera; Estónia e Luxemburgo deverão crescer este ano 3,5%, menos 0,2 pontos percentuais face às previsões avançadas na primavera, a Polónia 4,6%, e neste caso trata-se de uma revisão em alta face às estimativas anteriores, e Chipre 3,6%.
Portugal perde na comparação europeia de criação de postos de trabalho
No espetro oposto estão Letónia, Portugal e Roménia, todos com uma quebra de 0,3% face ao trimestre anterior, logo seguidos da Bulgária com uma quebra de 0,2%. Estes países também apresentam previsões de taxas de crescimento robustas para este ano: Roménia 4,1%, Bulgária 3,8%, Letónia 3,3% e Portugal 2,2%, de acordo com as previsões da Comissão. No caso de Portugal houve uma revisão em baixa de uma décima face às previsões de primavera.
Estes dados do Eurostat não coincidem com os do INE, divulgados a 8 de agosto, onde o instituto de estatística nacional apontava para um crescimento da população empregada de 1,4% do primeiro para o segundo trimestre, fixando-se em 4.874.100 pessoas. Esta diferença é justifica pelas diferentes metodologias seguidas por ambas as instituições.
Já em termos homólogos, a taxa de emprego aumentou, no segundo trimestre, 1,5% na zona euro e 1,4% na União Europeia a 28. Neste período, 238,9 milhões de pessoas estavam empregadas na UE, sendo que 158 milhões se encontravam na zona euro. Face ao mesmo período do ano passado, Malta (5,5%), Chipre (4,3%), Luxemburgo (3,8%) registaram as maiores subidas na taxa de emprego entre julho e setembro, tendo havido uma diminuição, na Roménia (-1,5%).
Na comparação homóloga, Portugal registou um crescimento de 2,1% na criação de emprego. No trimestre anterior tinha sido de 3,2%.
(Notícia atualizada às 12h28 com os novos dados enviados pelo Eurostat relativos a Malta)
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