Último OE de Centeno vai ser “histórico”. Governo aponta a défice de 0,2%
Luís Marques Mendes revela que a proposta de Orçamento do Estado para 2019 vai apontar a um défice de 0,2%. E naquele que será o último OE de Centeno, Portugal pode mesmo ter superávit.
O Orçamento do Estado para 2019 vai apontar para um défice de apenas 0,2%. É Luís Marques Mendes que revela o número que constará da proposta que será entregue pelo Governo de António Costa até meados de outubro, acrescentado que Portugal poderá mesmo apontar a um excedente. Será uma saída em grande para Mário Centeno que deverá tentar ou o cargo de Comissário Europeu ou de Presidente do Fundo Monetário Europeu.
Começando por dizer que vai ser um orçamento eleitoralista, em particular nas pensões, nos impostos, na energia, nos passes sociais e em vários outros domínios, Marques Mendes salienta que apesar de abrir os “cordões à bolsa”, António Costa vai conseguir manter o rigor nas contas públicas, tornando mais difícil o trabalho da oposição. “No OE, o défice vai ser histórico”, diz no comentário semanal na SIC.
“O valor do défice que constará do OE será 0,2% do PIB (o que já é tecnicamente défice zero) mas, ao longo de 2019, o mais provável é que chegue mesmo a zero ou que o ano termine com um ligeiro excedente orçamental”, notou. “Vai ser, na prática, um orçamento de défice zero“, salientando que “em 44 anos de democracia nunca tivemos défice zero. Nunca”.
"O valor do défice que constará do OE será 0,2% do PIB (o que já é tecnicamente défice zero) mas, ao longo de 2019, o mais provável é que chegue mesmo a zero ou que o ano termine com um ligeiro excedente orçamental.”
É um grande trunfo para Costa, mas também para Mário Centeno que deverá apresentar o seu último OE. “Ele não ficará no próximo Governo”, diz Marques Mendes, salientando que o ministro das Finanças, que ocupa também o cargo de presidente do Eurogrupo, está a trabalhar para o seu curriculum e imagem para a sua futura carreira internacional.
Marques Mendes nota que Centeno quererá posicionar-se para um de dois cargos: ou como futuro Comissário Europeu ou como Presidente Fundo Monetário Europeu. “São os seus desejos, em termos de futuro imediato”, diz o comentador, notando que Centeno sairá em alta, mas o seu sucessor num próximo Executivo terá grandes dificuldades para, em 2020, fazer um orçamento já com a economia europeia em acentuada desaceleração.
(Notícia atualizada às 21h52 com mais informação)
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