Bolsas resistem à guerra comercial. Em Lisboa, Sonae brilha
Lisboa avançou 0,6%, com a retalhista Sonae a liderar as subidas. BCP e papeleiras ajudaram a travar o impacto da queda da Galp Energia.
Washington falou, Pequim respondeu, mas as bolsas europeias ignoraram. Os investidores parecem estar a “fazer ouvidos moucos” a mais um episódio da guerra comercial entre os EUA e a China. Em Lisboa o sentimento foi semelhante. A bolsa nacional encerrou em alta pela segunda sessão consecutiva, com a Sonae a ser a estrela. As ações dispararam mais de 4%.
O PSI-20 terminou a sessão a ganhar 0,61%, para os 5.361,16 pontos, com a grande maioria dos seus títulos em terreno positivo. O índice português acompanhou os pares europeus, num dia em que o IBEX-35 foi o índice que mais subiu.
Os índices europeus não se deixaram intimidar pelo anúncio de Washington de novas taxas aduaneiras às importações chinesas. Os EUA vão impor uma tarifa alfandegária de 10% sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares de produtos chineses importados, já a partir de 24 de setembro. Pequim prontamente respondeu esta terça-feira a imposição de novas taxas alfandegárias a bens norte-americanos que representam 60 mil milhões de dólares (51 mil milhões de euros) de importações anuais na China, em resposta ao anúncio norte-americano no mesmo sentido.
Sonae acelera mais de 4%
Em Lisboa, esses anúncios não fizeram mossa. Dos 18 títulos do PSI-20 apenas cinco encerraram em terreno negativo, enquanto dois ficaram inalterados. A Sonae foi a cotada a registar ganhos mais acentuados, com as suas ações a somarem 4,39%, para os 95,20 cêntimos.
O avanço do BCP foi um dos principais motores da subida do PSI-20, com as ações do banco liderado por Miguel Maya a somarem 1,63%, para os 24,94 cêntimos.
Destaque positivo ainda para o setor das papeleiras. As ações da Altri ganharam 3,2%, encerrando a cotar nos 8,39 euros, enquanto as da Navigator apreciaram 1,6%, para os 4,31 euros.
Os ganhos do índice nacional só não foram mais pronunciados devido ao recuo de duas cotadas de peso do setor energético: a EDP e a Galp Energia.
As ações da elétrica liderada por António Mexia deslizaram 0,43%, para os 3,25%. Já as ações da Galp Energia recuaram 0,73%, para os 16,33 euros, condicionadas pela entrada em ex-dividendo. A petrolífera vai distribuir um dividendo intercalar de 27,5 cêntimos a partir de 20 de setembro.
(Notícia atualizada às 17h10 com mais informação)
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