Wall Street resiste à nova vaga de tarifas. Tecnológicas ajudam
Setores da tecnologia e petrolífero animam bolsas norte-americanas, isto apesar de nova vaga de tarifas na guerra comercial entre EUA e China.
Apesar da nova onda de tarifas no comércio entre EUA e China, as bolsas norte-americanas iniciaram o dia com ganhos, com Wall Street a ser impulsionado sobretudo pelos setores petrolífero e tecnológicos.
O S&P 500 caiu esta segunda-feira pela primeira vez em seis sessões, depois de se saber que Donald Trump iria impor taxas alfandegárias sobre exportações de bens chineses avaliadas em 200 mil milhões de dólares. Mas já após a China anunciar que vai retaliar, este índice de referência mundial avança 0,15% para 2.893,67 pontos. Também os outros dois principais índices americanos apresentam ganhos: o tecnológico Nasdaq sobe 0,63% e o industrial Dow Jones valoriza 0,37%.
Washington vai impor uma tarifa alfandegária de 10% sobre vários produtos importados da China, medida que entrará em vigor no próximo dia 2. Estava prevista uma taxa de 25% até final do ano, mas esse aumento só deverá ocorrer no final do ano, minimizando para já o impacto deste novo capítulo na guerra comercial dos EUA com vários dos seus parceiros.
“Há uma esperança no mercado de que esta decisão deverá levar a China à mesa das negociações novamente e a maioria dos participantes do mercado acreditam que tudo vai ficar bem”, explicou Scott Brown, economista chefe da Raymond James, citado pela Reuters.
Há dois setores em destaque: o tecnológico, onde as ações da Apple somam 1,41% para 220,95, depois de o iPhone ter ficado de fora da lista de produtos que poderiam vir a ser afetados por esta nova ronda de tarifas; também o petrolífera regista ganhos, após a Arábia Saudita ter dito que estava confortável com um intervalo de preços mais elevado para o barril de petróleo, uma notícia que está a puxar pelos preços do ouro negro nos mercados internacionais. O Brent avança mais de 1,5% para perto dos 79,30 dólares.
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