“A prioridade é a redução da fatura energética”, defende António Saraiva
Entre reduzir o IRC ou reduzir a fatura energética, António Saraiva, presidente da CIP, diz que escolheria baixar os encargos das empresas com a energia.
António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), considera o aumento da fatura energética um dos grandes problemas atuais. Por isso, mais importante que reduzir o Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), é reduzir a fatura energética, defende em entrevista ao jornal Público (acesso condicionado).
“As empresas que viram os seus contratos terminar e estão a negociar novos contratos, estão a sofrer aumentos brutais da fatura energética, estamos a falar de 25% a 30% de aumento o que é, para algumas, fatal para a sua sobrevivência.
O Governo tem de olhar para este problema e perceber que é incomportável para o tecido empresarial português. Da mesma maneira que Espanha tomou medidas, Portugal tem que as tomar e, por isso, reunimos de urgência com o secretário de Estado da Energia [Seguro Sanches] e com o conselho de administração da ERSE [Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos] e temos reunião pedida ao ministro das Finanças”, disse.
A resolução desta questão tem de passar, “forçosamente”, pela fiscalidade. António Saraiva considera que, “no quadro de uma regulação europeia que nos obriga a determinadas regras, os governos e os países têm de ser imaginativos”. “Se outros o fazem por que é que Portugal não o faz também? Às vezes somos demasiado bons alunos. Hoje as empresas concorrem por vários aspetos e quando comparamos a fatura energética, comparamos mal. A energia, como costumo dizer, não é cara, nem é barata; é competitiva ou não é competitiva. E para Portugal, neste momento, não é competitiva”, acrescentou.
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