Conselheiro afirma que “80% da comunidade portuguesa vai votar em Bolsonaro”

  • Lusa
  • 5 Outubro 2018

O presidente do Conselho Permanente das Comunidades Portuguesas no estrangeiro, Flávio Martins, afirmou hoje que cerca de 80% da comunidade portuguesa a viver no Brasil vai votar em Jair Bolsonaro.

“A grande maioria, eu diria que 80%, da nossa comunidade” no país “tem manifestado o apoio, e mesmo feito campanha, em torno candidato Jair Bolsonaro“, disse Flávio Martins, que é conselheiro eleito pelo Brasil, onde vive, acrescentando que geograficamente essa tendência se tem sentido de norte a sul do país, em grandes estados como Rio de Janeiro, São Paulo ou Minas Gerais.

O presidente do órgão representativo dos portugueses emigrantes acredita que a concentração das intenções de voto no candidato da extrema-direita se deve, em parte, à insegurança sentida, ao “descontentamento geral com os partidos políticos tradicionais”, mas também por questões históricas.

“São pessoas que não foram habituadas a viver com a diversidade, com a democracia e com a diferença, e para mim isso está muito claro”, disse.

A viver no Rio de Janeiro, Flávio Martins afirmou à agência Lusa não partilhar da mesma opinião da comunidade portuguesa, acerca do candidato Jair Bolsonaro.

“Pessoalmente, eu vejo isso muito mal (escolha de Bolsonaro para Presidente). Primeiro porque ele se apresenta como um candidato novo e para mim não é. É igual aos outros. Em segundo, desconfio muito desse discurso do ‘Brasil acima de todos’ (lema de campanha de Bolsonaro), porque, inclusive, é um lema que se usava muito na Alemanha nazista”, comparou Flávio Martins.

Acrescentou ainda que desconfia muito do método defendido por Bolsonaro, de armar a população para resolver o problema da segurança. O conselheiro acredita que essa grande problemática que afeta o Brasil não irá ser resolvida pelo uso da força.

Flávio Martins comparou ainda Jair Bolsonaro ao ex-governante português António de Oliveira Salazar.

“A nossa comunidade, infelizmente, gosta mesmo de alguém que exiba muita força e que seja um novo Salazar, ou algo parecido. Infelizmente, eu acho que o que vai acontecer é ele (Bolsonaro) ter um grande apoio da quase totalidade das nossas comunidades aqui no Brasil”, afirmou.

À semelhança de Flávio Martins, também Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência brasileira, traçou comparações entre Bolsonaro e o antigo governo ditatorial português do Estado Novo.

“Acho que os portugueses que conhecem o salazarismo e sabem tudo de ruim que o fascismo traz para o mundo, deviam ficar preocupados com a eleição no Brasil”, disse Haddad à imprensa portuguesa, durante um ato de campanha no Rio de Janeiro.

Flávio Martins acredita ainda que, caso Bolsonaro vença as eleições, o Brasil corre o risco de entrar numa “ditadura disfarçada”, onde as “liberdades pessoais serão suprimidas”.

O Conselho das Comunidades Portuguesas é o órgão consultivo do Governo para as políticas relativas às comunidades portuguesas no estrangeiro. É composto por 12 conselheiros das comunidades, e é liderado, pelo terceiro ano consecutivo, por Flávio Martins (Brasil), como presidente; Nelson Ponta Garça (Estados Unidos da América), na vice-presidência, e Manuel Coelho (Namíbia), como secretário.

O Brasil realiza no domingo eleições presidenciais, para o parlamento (Câmara dos Deputados e Senado) e para representantes dos governos regionais.

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Espanha reduz durante seis meses preço da eletricidade com implicações em Portugal

  • Lusa
  • 5 Outubro 2018

A suspensão por 6 meses dos impostos sobre o valor da produção de eletricidade terá um impacto de 4% na fatura dos consumidores espanhóis. Mas também poderá ter impacto nas tarifas nacionais.

O Governo espanhol decidiu hoje suspender durante seis meses os impostos sobre o valor da produção de eletricidade, a fim de baixar o preço da conta de eletricidade, uma medida que deverá ter repercussões em Portugal.

A ministra da Transição Ecológica, Teresa Ribera, explicou na habitual conferência de imprensa depois do Conselho de Ministros que a eliminação temporária desses impostos terá um impacto de 4% na fatura dos consumidores domésticos.

Este decreto-lei é uma das medidas com caráter de urgência que o Governo socialista espanhol aprovou para combater a escassez energética, coincidindo a suspensão com os meses de maior procura de eletricidade.

A interrupção do imposto especial de 7% que incide sobre os produtores de eletricidade desde 2012, criada no âmbito de uma reforma do setor energético visando angariar receita para diminuir a dívida tarifária da eletricidade em Espanha, foi na altura muito contestada pelos produtores, que acabaram por repercuti-la nos preços praticados no mercado ibérico de eletricidade (Mibel).

Em declarações à Lusa quando a medida foi anunciada, em 20 de setembro último, o secretário de Estado da Energia português, Jorge Seguro Sanches, disse que a suspensão de impostos sobre produtores de eletricidade em Espanha iria levar a que “todos os mecanismos do sistema elétrico [português] sejam revisitados nos próximos tempos”.

O responsável governamental explicou na altura que os dois impostos em causa (um sobre a produção de eletricidade e o outro chamado “imposto do sol” que incide sobre os produtores de energia fotovoltaica) eram “o fator que levava a que o preço estivesse mais alto no mercado ibérico e era por isso que o clawback era fundamental para o equilíbrio dos produtores entre Portugal e Espanha“.

Jorge Seguro Sanches admitiu que, se a medida fosse aprovada por Madrid, poderia haver alterações neste mecanismo, o que poderia ter impacto nas tarifas da eletricidade em Portugal.

O mecanismo clawback foi criado em 2013 para travar ganhos dos produtores portugueses no mercado ibérico de eletricidade, obrigando as elétricas a devolver ao sistema uma parte dos ganhos que resultassem desses desequilíbrios regulatórios em relação a Espanha.

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1,4 a 1,65 mil milhões. Sonae MC pode valer tanto em bolsa como a Sonae

A Sonae MC vai para a bolsa. Serão colocados no mercado até 33% do capital da empresa da Sonae que poderá ficar avaliada em bolsa a um valor quase igual ao da "casa mãe".

A Sonae MC não será uma gigante na bolsa nacional. Cada ação da nova cotada vai ser vendida entre 1,40 e 1,65 euros, o que a avaliará, ao preço máximo, em 1,65 mil milhões de euros. Olhando apenas para o PSI-20, é uma capitalização que a põe no 10.º lugar entre as 18 maiores empresas portuguesas, ficando praticamente empatada com a “casa mãe”.

O valor final a que cada ação da Sonae MC será vendido só ficará definido a 18 de outubro, estando dependente da procura a que se assistir durante o período de subscrição das ações. Mas ao preço mínimo, de 1,40 euros, os mil milhões de títulos que representam a totalidade do capital da empresa atribuem-lhe uma avaliação de 1,4 mil milhões.

Esta avaliação é mais de dez vezes inferior à atribuída pelos investidores às grandes cotadas do PSI-20, — a Galp Energia, avaliada em 13 mil milhões, e a EDP, que tem um valor em bolsa de 11,6 mil milhões. Não chega ao top 3, nem entra sequer no top 10 — num índice que apesar de se chamar PSI-20 só tem 18 cotadas.

A 1,4 mil milhões de euros, a Sonae MC ficaria no 13.º lugar, atrás da Semapa, Corticeira Amorim e REN, mas a valer quase o triplo da cotada imediatamente abaixo, os CTT. No entanto, se os títulos acabarem por ser vendidos ao preço máximo, a nova cotada pode dar um salto na classificação. Pode passar para 10.º, olhando apenas para o PSI-20 — fora do índice principal o BPI põe a Sonae MC em 11.º.

Capitalização das empresas do PSI-20

Os 1,65 mil milhões de euros seriam suficientes para que a Sonae MC superasse a Semapa, Corticeira Amorim e a REN, ficando praticamente empatada com a Sonae, empresa que a está a colocar no mercado de capitais através de uma oferta mínima inicial de 217 milhões de títulos.

A Sonae está avaliada na bolsa nacional em 1,76 mil milhões, ou seja, apenas 90 milhões acima da capitalização máxima potencial da nova cotada. Esta capitalização da Sonae reflete, contudo, a queda acentuada que holding regista desde o início do ano. Enquanto o PSI-20 cai 2,5%, a Sonae perde quase dez vezes mais em 2018. O saldo é negativo em 22,9%.

Sonae afunda em bolsa. Cai 23% em 2018

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Jerónimo de Sousa: “50 milhões para aumentar Função Pública é claramente insuficiente”

  • ECO
  • 5 Outubro 2018

O líder do PCP considera que 50 milhões de euros é um valor insuficiente para aumentar os salários dos funcionários públicos, acrescentando ainda que este deve abranger todos os trabalhadores.

Claramente insuficiente“. São as palavras utilizadas por Jerónimo de Sousa para classificar um eventual aumento global de 50 milhões de euros nos salários dos funcionários públicos no Orçamento de Estado de 2019. A posição do líder do PCP foi defendida em entrevista ao Observador (acesso grátis).

Questionado sobre se estaria confortável com a proposta do Governo para aumentos nos funcionários públicos, que poderão não chegar aos 50 milhões de euros, Jerónimo de Sousa começou por afirmar que “ninguém entenderia que durante toda uma legislatura não se concretizasse esse justo objetivo de um aumento salarial“.

Apesar de deixar o tema dos aumentos salariais dos funcionários públicos para a mesa de discussão entre o Governo e os sindicatos, o líder comunista disse, contudo, ser “claramente insuficiente [os 50 milhões de euros] tendo em conta o ponto de partida, foram nove anos”.

Em termos da forma de distribuição, disse ser contra um aumento salários apenas para alguns. “Nós consideramos importante que a haver um aumento salarial, deva ser para todos. Pela nossa proposta de valorização do salário mínimo estamos a pensar nos salários mais baixos, mas isso não deve implicar que outros escalões e outros trabalhadores, com salários médios ou com salários razoáveis, sejam postos de parte. Se é aumento salarial, deve ser considerado para todos os trabalhadores”, disse Jerónimo de Sousa.

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Quantos embaixadores tem Portugal no mundo?

São 193 os Estados que fazem parte das Nações Unidas. Não é comportável para um pequeno país como Portugal ter representações diplomáticas em todo o lado. Saiba em quantos países há.

Sabe quantos embaixadores Portugal tem? Se não sabe a resposta poderá ser levado a pensar que o número terá alguma relação com o número de países que existe no mundo. E quantos são esses? Para esta pergunta não há uma resposta óbvia (sobretudo por causa das disputas territoriais), mas poderemos tomar como ponto de partida os 193 Estados que fazem parte das Nações Unidas.

Perante um tão elevado número não é certamente comportável para um pequeno país como Portugal ter representações diplomáticas em todo o lado. Basta recordar que no Orçamento do Estado para 2018, ao Ministério dos Negócios Estrangeiros coube uma dotação de 396,2 milhões de euros (um aumento de 38,8 milhões de euros face ao ano anterior). O país teve de fazer opções.

Portugal tem 71 embaixadores “acreditados junto de um Estado estrangeiro soberano, um Governo ou uma organização internacional que funciona como representante oficial do seu próprio país”, revela o Instituto Nacional de Estatística, citando dados de junho de 2018. O detalhe da informação revela que 58 são homens e 13 mulheres. Em contrapartida, Portugal conta com 137 membros do corpo diplomático acreditados em Portugal.

Os embaixadores, para além da componente política da sua função, há muito que lhes tem sido exigido um foco na economia. A expressão diplomacia económica ganhou força com a globalização e a necessidade de ajudar as empresas nacionais a conquistar novos mercados ou vender a imagem do país além-fronteiras.

Esta preocupação com a ajuda às empresas ditou a redefinição da rede externa ao longo dos anos, mas também as limitações económicas. Por exemplo, o que é hoje tido como normal — delegações da Aicep nas embaixadas — foi um esforço de rentabilização de recursos, mas também de empowerment dos delegados da agência.

Os 71 embaixadores que Portugal tem neste momento são um reforço face aos 68 que havia em 2015 ou os 57 em 2013, por exemplo. Mas ainda estão longe dos 77 que o país tinha acreditados em 2006.

Evolução do número de embaixadores

Fonte. INE

Como termo de comparação, Espanha tem 128 embaixadores (117 em embaixadas e 11 em representações permanentes), o Reino unido tem 152 e França tem 176 (160 em embaixadas e 16 em representações permanentes), confirmou o ECO junto das respetivas embaixadas.

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Portugal volta ao mercado na quarta-feira para obter financiamento a 10 anos

  • Lusa
  • 5 Outubro 2018

A agência responsável pela gestão da dívida pública realiza uma emissão de obrigações a dez anos, operação onde pretende conseguir entre 750 milhões e mil milhões de euros de financiamento.

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) regressa ao mercado na quarta-feira para uma emissão de obrigações a dez anos, com um montante indicativo entre 750 e 1.000 milhões de euros.

O leilão destas obrigações, que têm maturidade em 17 de outubro de 2028, realiza-se pelas 10:30.

Na última emissão comparável, realizada em 12 de setembro, o organismo liderado por Cristina Casalinho colocou 672 milhões de euros com uma taxa de juro de 1,854%, acima da de 11 de julho (1,727%) e da mínima de 1,670% verificada em 9 de maio.

A procura das Obrigações do Tesouro a 10 anos cifrou-se em 1.557 milhões de euros, 2,32 vezes o montante colocado.

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Governo propõe 150 milhões do Orçamento para baixar a luz

  • ECO
  • 5 Outubro 2018

Em vez de baixar o IVA sobre a eletricidade o Governo estará a ponderar desviar 150 milhões de euros da contribuição extraordinária sobre as energéticas para conseguir baixar o preço da luz.

Nesta semana, em entrevista à TVI, António Costa negou a possibilidade de uma redução do IVA, da atual taxa de 23% para 13% ou para 6%, sobre a fatura da luz. Mas o Governo estará a avaliar uma solução alternativa que passa por canalizar 150 milhões de euros para baixar o défice tarifário e, assim, baixar a fatura com a eletricidade, avança o Observador (acesso grátis), com base em várias fontes.

De acordo com aquele jornal, aquilo que estará a ser ponderado é a transferência do Orçamento do Estado de 2019 de parte da receita proveniente da contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE) por parte das empresas energéticas.

Segundo os cálculos já efetuados, caso essa medida avance terá um impacto entre 2% e 4% sobre o preço final da eletricidade pago pelos consumidores domésticos. Já a taxa sobre as renováveis que o Governo propõe teria uma receita muito reduzida: inferior a 30 milhões de euros.

Já aquando da entrevista à TVI, apesar de o primeiro-ministro ter afastado a descida da taxa de IVA, apontou para a redução do défice tarifário como uma forma indireta de beneficiar as tarifas elétricas.

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Combustíveis em máximos de mais de três anos. Gasolina acima dos 1,60 euros, gasóleo supera 1,42 euros

Fontes do setor adiantaram que o litro de gasolina sobe dois cêntimos, enquanto o gasóleo fica três cêntimos mais caro a partir desta segunda-feira. Combustíveis estão em máximos de mais de três anos.

Os combustíveis voltam a ficar mais caros esta segunda-feira, com os preços da gasolina e do gasóleo a subirem para o valor mais elevado desde, pelo menos, 2015, refletindo a escalada dos preços do petróleo nos mercados internacionais.

De acordo com fontes do setor, na gasolina, a subida deverá rondar os dois cêntimos por litro, na maior subida desde o início do ano. No gasóleo, o agravamento será de três cêntimos, representando o maior aumento desde maio deste ano.

Neste cenário, tudo aponta para que o litro de diesel, o combustível mais usado pelos portugueses, suba para os 1,428 euros na próxima semana. Já no caso da gasolina, o preço do litro deverá aumentar até aos 1,60 euros.

Para qualquer dos dois tipos de combustível, as subidas previstas para a partir da meia-noite da próxima segunda-feira, representam máximos de pelo menos desde abril de 2015, tendo em conta o histórico dos dados oficiais divulgados pela Direção Geral de Energia.

A evolução dos preços dos combustíveis reflete o comportamento do petróleo e derivados petrolíferos nos mercados internacionais durante a última semana. O barril de brent negociou acima dos 85 dólares, registo que sinalizou na passada terça-feira e que representa um máximo que não era alcançado já desde 2014. A matéria-prima tem estado sob pressão altista devido aos persistentes receios dos investidores quanto à escassez de oferta global.

(Notícia atualizada às 09h28 do dia 08/10/2018 com mais informação)

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Juventus perde 10% em bolsa após acusações a Ronaldo

  • ECO e Lusa
  • 5 Outubro 2018

O título do clube de futebol da Juventus desvalorizou perto de 10% nesta sessão, na Bolsa de Milão, quando cresce o mal-estar à volta de Cristiano Ronaldo, acusado de violação nos Estados Unidos.

A Juventus entrou em campo na sessão bolsista desta sexta-feira com o pé esquerdo, mas à medida que o dia foi passando o resultado foi piorando. Após perdas em torno de 5% na primeira parte da sessão, as ações que tinham escalado desde a chegada de Cristiano Ronaldo a Turim, em julho, acabaram por fechar com um tombo de 9,92%, para 1,19 euros, num mercado em queda de 1,3%.

A polícia de Las Vegas anunciou na segunda-feira que abriu uma investigação às acusações feitas por Kathryn Mayorga, de 34 anos, que alega, numa denúncia civil, que Ronaldo a sodomizou sem consentimento em junho de 2009.

O jogador negou “vigorosamente” estas acusações, dizendo que a violação é “um crime abominável”, mas os seus principais patrocinadores começaram a fazer-se ouvir: a Nike disse estar “profundamente preocupada” e a EA Sports (editora de videojogos como o FIFA), por sua vez, falou de uma situação “preocupante”.

Ronaldo estará ausente dos próximos jogos da seleção portuguesa.

Na quinta-feira à noite, o clube sete vezes campeão italiano deu um forte apoio ao atacante Português, que contratou por 100 milhões de euros.

“Cristiano Ronaldo mostrou o seu grande profissionalismo e dedicação nos últimos meses, o que é muito apreciado por todos na Juventus, e os fatos incriminatórios que remontam a quase dez anos não mudam essa opinião”, disse a Juve, no Twitter.

Na Bolsa de Valores de Milão, a chegada de Ronaldo fez voar o título de Juventus, que foi negociado a 0,64% a 28 de junho, quando surgiram os rumores sobre a sua ida para o clube italiano.

A 20 de setembro o título subiu para 1,8064 euros (+ 180%), seu máximo histórico desde a entrada da Juve na bolsa, em 2001.

(Notícia atualizada com os valores de fecho na Bolsa de Milão)

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Os recados de Marcelo: “Não há democracia sem combate à corrupção e entidades estruturantes como as Forças Armadas”

O caso de Tancos marcou as intervenções na Praça do Município, em Lisboa. O Presidente disse que "não há democracia sem entidades estruturantes, como as Forças Armadas”.

“Não há verdadeira democracia sem democratas, não há democracia sem condições económicas e sociais que lhe confiram legitimidade. Não há democracia sem combate à corrupção. Não há democracia sem um sistema político dinâmico e gerador de alternativa. Não há democracia sem entidades estruturantes, como as Forças Armadas”. Foram estes os recados mais fortes do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no tradicional discurso nas comemorações que marcam o 108.º aniversário da Implantação da República.

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Portugal com 3.ª maior subida de preços da habitação no segundo trimestre

  • Lusa
  • 5 Outubro 2018

Os preços da habitação aumentaram, no segundo trimestre, 4,3% quer na zona euro quer na União Europeia (UE) face ao período homólogo, com Portugal a registar a terceira maior subida (11,2%) na União.

Os preços da habitação aumentaram, no segundo trimestre, 4,3% quer na zona euro quer na União Europeia (UE) face ao período homólogo, com Portugal a registar a terceira maior subida (11,2%) entre os Estados-membros, segundo o Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico da UE, na comparação com os primeiros três meses do ano, no segundo trimestre os preços da habitação aumentaram 1,4% na zona euro e na UE.

Face ao período homólogo, entre abril e junho as maiores subidas do indicador observaram-se na Eslovénia (13,4%), na Irlanda (12,6%), em Portugal (11,2%) e na Hungria (10,4%), tendo sido registados dois recuos: na Suécia (-1,7%) e em Itália (-0,2%).

Comparando com os primeiros três meses do ano, as subidas mais significativas aconteceram na Eslovénia (4,2%), em Malta (3,2%), na Letónia e Roménia (3,1% cada), e a única baixa foi registada na Croácia (-0,2%).

Em Portugal, os preços da habitação subiram 2,3% do primeiro para o segundo trimestre do ano.

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Nobel da Paz vai para os congoleses Denis Mukwege e Nadia Murad

  • Lusa
  • 5 Outubro 2018

O prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao médico congolês Denis Mukwege e à ativista de direitos humanos Nadia Murad, informou o Comité Nobel norueguês.

O prémio Nobel da Paz foi hoje atribuído ao médico congolês Denis Mukwege e à ativista de direitos humanos Nadia Murad, informou o Comité Nobel norueguês.

Denis Mukwege, com 63 anos, é um médico ginecologista congolês que tem desenvolvido uma ação humanitária na República Democrática do Congo, onde trata mulheres vítimas de violação. Durante os 12 anos de guerra tratou mais de 21.000 mulheres, algumas mais do que uma vez, chegando a fazer mais de 10 cirurgias por dia.

Mukwege também já foi galardoado com os prémios Olof Palme (2008), Sakharov (2014) e veio a Portugal receber o Prémio Calouste Gulbenkian em 2015.

Murad, então com 21 anos, foi sequestrada pelo grupo terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante em agosto de 2014 e mantida como escrava sexual na cidade de Mossul. Nadia Murad fugiu em novembro de 2014, conseguindo chegar a um campo de refugiados no norte do Iraque, e, em seguida, a Estugarda, na Alemanha.

Desde então tem sido porta-voz da causa yazidi, tal como a sua amiga Lamia Haji Bachar, com a qual venceu, em conjunto, o Prémio Sakharov do Parlamento Europeu em 2016. Estima-se que mais de 3.000 yazidis permaneçam desaparecidos.

No ano passado, o prémio foi atribuído à Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares (ICAN, em inglês), pelo trabalho feito para a eliminação de armamento nuclear no mundo.

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