“Sólida procura” de papel puxa pelos lucros da Europac
A empresa viu os lucros crescerem 36%, para 79 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano apoiados na “sólida procura” de papel, na alta dos preços de venda e baixos custos da matéria-prima.
O lucro da Europac aumentou 35,8% para 79,1 milhões de euros, de janeiro a setembro em termos homólogos, impulsionado pela “sólida procura” de papel, alta dos preços de venda e baixos custos da matéria-prima, anunciou a empresa.
Em comunicado, a Europac reporta hoje uma subida de 7,6% das vendas agregadas, para 943,6 milhões de euros, e uma evolução de 27,0% e de 50,9% dos EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) consolidado e recorrente, respetivamente para 150,2 e 157 milhões de euros.
O EBIT (resultados operacionais) consolidado no período foi de 113,6 milhões de euros, um crescimento de 45,7% face aos nove primeiros meses de 2017.
“Num quadro de crescimento moderado da atividade económica, a evolução dos resultados continua favorecida pela sólida procura de papel, pela estabilidade dos preços de venda em níveis altos após as subidas acumuladas ao longo deste ano e da manutenção dos preços baixos da matéria-prima”, refere a Europac.
“Estas circunstâncias – acrescenta – juntamente com o aumento dos preços de venda das embalagens em linha com as previsões do grupo, traduzem-se numa margem de EBITDA consolidado de 21,1%, o que representa um aumento de 2,6 pontos percentuais em relação aos primeiros nove meses do último exercício”.
Citado no comunicado, o presidente da Europac afirma que estes resultados “respondem à subida dos preços de venda de papel num contexto de preços baixos da matéria-prima e ao esforço realizado pela divisão “Packaging” (papel para embalagens) para repercutir no mercado as subidas de preços da sua matéria-prima”.
“Tanto os projetos de gestão executados nos últimos exercícios como o modelo de negócio integrado que define a Europac permitem-nos otimizar os resultados num contexto de mercado favorável como o que se viveu entre janeiro e setembro deste ano”, refere José Miguel Isidro.
Na divisão “Papel”, as receitas cresceram 11% no período, em resultado da subida dos preços de venda em relação a 2017 e do aumento do volume de produção de 7% para o papel ‘kraftliner’ e de 1% para o papel reciclado.
Segundo a empresa, entre 1 de janeiro e 30 de setembro o preço de venda do papel ‘kraftliner’ (Papel para fabrico de cartão ondulado) cresceu 43 euros por tonelada e 25 euros por tonelada no papel reciclado, enquanto a matéria-prima baixou em 40 euros por tonelada no mesmo período.
Já na divisão “Packaging” as receitas cresceram 2%, devido ao incremento dos preços de venda face aos primeiros noves meses do exercício anterior.
“Em linha com a previsão da empresa, o negócio continua a repercutir no mercado as subidas do preço do papel, a sua matéria-prima”, remata a Europac.
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