Anunciantes reprovam acordo entre RTP, SIC e TVI com Gfk
Para os anunciantes, é lamentável que CAEM, uma instituição de autorregulação que "tem dado provas da sua utilidade", seja colocada em causa.
Os anunciantes estão em rota de colisão com as três principais estações de televisão portuguesas. Perante o acordo estabelecido à margem da Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM), entre as televisões RTP, SIC e TVI com a Gfk — para que a empresa continue a medir as audiências televisivas por mais um ano — a Associação Portuguesa de Anunciantes (APAN) diz-se surpreendida e lamenta a decisão.
Para a APAN, o acordo “materializa o rompimento unilateral por parte dos operadores televisivos em sinal aberto do consenso entre os principais stakeholders do mercado, mantido desde há oito anos no seio da CAEM”, pode ler-se no comunicado.
O acordo “permitiu o estabelecimento de soluções técnicas merecedoras da confiança de todos os interessados, contribuindo para o desenvolvimento da atividade publicitária e facilitando o financiamento da atividade televisiva”. Por esse motivo, os anunciantes não aceitam e lamentam que a CAEM, uma instituição de autorregulação que “tem dado provas da sua utilidade”, seja colocada em causa.
Manuela Botelho, secretária-geral da APAN, afirma que a associação “foi sempre intransigente na defesa de um modelo de medição de audiências fiável e transparente, adaptado aos novos desenvolvimentos tecnológicos, já que eles são incontornáveis para planear e aferir os resultados dos investimentos feitos na promoção de produtos e serviços”.
A RTP, SIC e TVI anunciaram na semana passada o acordo com GfK, de forma de garantir a estabilidade no mercado. Na altura, num comunicado conjunto, as três televisões generalistas “reiteram a importância da existência de um serviço de medição de audiências televisivas que seja transparente, fiável e independente”.
Esta decisão surgiu na sequência do fim, no próximo dia 31 de dezembro, do contrato de prestação de serviços de medição de audiências celebrado entre a CAEM e tendo em conta que não havia “um entendimento relativamente à renovação ou prorrogação do mesmo”, entre as partes.
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