Louçã diz que “não se pode negociar um próximo Governo como se tratou o OE deste ano”
À chegada à XI Convenção bloquista, em Lisboa, o fundador do BE considerou que "o modelo do contrato que foi feito há três anos não se pode repetir", pedindo um "muito melhor".
O fundador do BE Francisco Louçã considerou hoje irrepetível a posição conjunta com o PS que viabilizou o Governo minoritário socialista e pediu um “contrato muito melhor”, à chegada à XI Convenção bloquista, em Lisboa.
“O modelo do contrato que foi feito há três anos… não se pode repetir. Tem de haver outro, e muito melhor, para responder muito melhor a problemas mais importantes do país. Há três anos, tratava-se de impedir que PSD e CDS continuassem a empobrecer Portugal”, lembrou o antigo líder do BE.
Louçã disse que “o BE fez muitíssimo bem em responder aos seus eleitores e ao país dizendo ‘parou, virou a página’ e ‘agora recuperam-se salários e pensões e as pessoas são respeitadas'”, referindo-se ao acordo celebrado há precisamente três anos, no parlamento.
“Daqui a um ano não é para correr com a direita que se vai votar. Vota-se para responder aos problemas de fundo do país. Continuamos a ser um país pobre: com muitos precários, em que os idosos – mais de um milhão – têm pensões abaixo dos 400 euros. Há muita pobreza e sofrimento no país, que é um dos mais desiguais da Europa se não o mais desigual”, continuou, relativamente às eleições legislativas de 2019.
Para o antigo deputado bloquista, “não se pode negociar um próximo Governo como se tratou o Orçamento do Estado deste ano“.
“Não é às 02:00 da manhã da véspera do dia que se decide como se vai governar os próximos quatro anos. É preciso trabalhar em profundidade e se um partido como o BE mostrar que quer fazer esse trabalho concreto, pensado, trabalhoso, então merece o voto das pessoas”, concluiu.
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