“Autoeuropa tem alternativas ao escoamento da sua produção”, diz Siza Vieira
Para o ministro da Economia, a situação entre a Autoeuropa e os estivadores de Setúbal é uma situação na qual "o Governo não se deve intrometer".
Numa altura em que a Autoeuropa se viu prejudicada pela greve dos estivadores do porto de Setúbal, Pedro Siza Vieira diz que esse é um assunto no qual o Governo não se deve intrometer. Contudo, defende que a fábrica de Palmela “tem alternativas ao escoamento da sua produção”. Em declarações à Renascença, o ministro da Economia falou ainda sobre a entrevista de João Lourenço, ao Expresso, afirmando que “não conhece as intenções da Sonangol”, por isso prefere não comentar.
“O sistema portuário nacional tem capacidade de assegurar que a Autoeuropa consegue exportar a sua produção”, começou por afirmar Siza Vieira, na sequência dos 8.000 automóveis que ficaram acumulados no Porto de Setúbal devido à paralisação dos estivadores. Embora não tenha negado que exista um “conflito laboral que tem de ter o seu desenrolar normal”, o ministro disse que isso “não é uma questão que diga diretamente respeito ao Governo”.
Questionado sobre se há possibilidade do Governo e a Autoeuropa entrarem em conversações para encontrarem alternativas à exportação dos automóveis, Siza Vieira reforçou a ideia de que “não é uma questão em que o Governo se tenha que intrometer”.
“Não conheço as intenções da Sonangol”
Depois de João Lourenço ter dito, em entrevista ao Expresso, que a Sonangol vai sair da Galp e do BCP, o ministro da Economia disse “não conhecer as intenções” da empresa angolana e, por isso, não as poderia comentar. Contudo, sublinhou que “as relações políticas entre Portugal e Angola podem entrar numa fase excelente, mas também as relações económicas são muito importantes para os dois países”.
Pouco antes da visita do Presidente de Angola a Portugal, que vai acontecer na próxima semana, Siza Vieira classifica isso como “um passo muito significativo no aprofundamento e desenvolvimento das relações entre os dois países”.
Sublinhando que ambos os países são “parceiros muito importantes”, o ministro afirmou que o país “espera que Angola possa também encontrar nesta fase um novo surto de desenvolvimento”, algo que pode revelar-se uma “oportunidade para os profissionais portugueses em vários setores”.
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