Santa Casa teve contrato para pôr 170 milhões no Montepio. Mas o negócio caiu
O documento preliminar incluía data, preço e pormenores do negócios, mas acabou por não ser viável porque, com os desentendimentos políticos, a operação não chegou a acontecer.
Chegou a estar pronto um esboço do contrato de compra de ações do Montepio pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), datado de dezembro do ano passado, no valor de 170 milhões de euros. Era suposto que a Santa Casa ficasse com 9,18% da Caixa Económica Montepio Geral, mas isso nunca aconteceu.
De acordo com o Jornal de Negócios (acesso condicionado), o documento preliminar incluía data, preço e pormenores, mas acabou por não ser viável porque, com os desentendimentos políticos, o negócio caiu.
Nessa versão preliminar e confidencial a que o Negócios teve acesso, faltavam ainda as assinaturas, tanto da mutualista presidida por António Tomás Correia — identificada por vendedora –, como da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa — anunciada como compradora. Tal significa que o documento, ainda que trabalhado, estava sujeito a alterações.
O provedor da SCML, Edmundo Martinho, terá dito que “uma das condições que estava colocada em cima da mesa desde o início era que a Misericórdia de Lisboa, a entrar, não entrasse sozinha”.
Quando questionada, a Santa Casa remeteu a responsabilidade do “esboço” para a Morais Leitão. “Importa clarificar que não se trata de um contrato de compra e venda, mas sim de um draft de trabalho co-redigido pela MLGTS [Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados], no âmbito das suas competências de assessoria jurídica à Santa Casa e com base na informação que, à época, era pública”. Já do lado do Montepio, não houve resposta às tentativas de contacto.
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