Padaria Portuguesa cria Academia. Quer ser referência na formação em restauração
Rede de padarias tem nova coqueluche: a Academia é a materialização de um sonho e uma útil evolução da empresa. A ideia é que todos os 1.200 colaboradores -- e os que hão-de vir -- passem por ela.
É diretora de Recursos Humanos mas, nos primeiros cinco dias de Padaria Portuguesa Mara Ângelo esteve atrás do balcão, em loja. “Foi uma amostra representativa: passei pela fábrica, centro logístico, supervisores”, conta, ao ECO. Desses dias, Mara recorda muitas coisas, sobretudo as que lhe repetiram muitas vezes. “Deu-me para perceber alegrias e desafios mas, sobretudo, para entender que as pessoas sentiam falta de desenvolvimento. E de uma abordagem à gestão do desenvolvimento e, não só à rentabilidade”, explica.
Mara, como muitos dos seus colegas, sentiu na pele aquilo que A Padaria sentia praticamente desde o início: a necessidade de formação estruturada e formal. Até agora, n’A Padaria Portuguesa havia formação mas “não havia uma estrutura agregadora”. “A passagem do conhecimento era muito informal e, por isso, havia muito trabalho a fazer”, clarifica Mara Ângelo. Mas isso mudou. É que A Padaria Portuguesa acaba de inaugurar a Academia da Padaria Portuguesa, uma plataforma de formação que sistematiza conhecimento e dá ferramentas aos mais de 1.200 trabalhadores da empresa, que conta já com mais de 50 lojas. Como que objetivo? Tornar-se uma referência no setor.
“A Academia é um sonho e tem a ver com a necessidade de estruturar a passagem do conhecimento”, explica a responsável. Mara Ângelo, n’A Padaria desde abril, ficou com a “pasta” da Academia. Mas a escola de formação, acrescenta, vai muito para além do espaço físico, que funciona no piso debaixo do Lab, o laboratório de experiências d’A Padaria Portuguesa, inaugurado este ano.
“A Academia foi feita a pensar nas pessoas que já cá estão. Tivemos muitas pessoas a serem promovidas ininterruptamente desde que começámos e que não foram acompanhadas como deveriam, de maneira a irem potenciando os seus conhecimentos. E temos também muitos recursos que nem sempre são especializados em restauração”, justifica. Por isso, o espaço é, além de um local de formação, a oportunidade ideal para partilhar experiências.
“Queremos que a academia possa ser uma referência para o mercado no setor. Não se trata só de dar aulas mas de ter formação teórica e mais estruturada. Sabe-se que 10% do que conhecemos aprende-se com um curso, 20% com outras pessoas e os restantes 70% com os desafios que colocamos a nós próprios. Queremos trabalhar nestes três formatos”, diz Mara.
Uma loja igual às outras
A formação e profissionalização dos trabalhadores começou em outubro com o “Sorria, está a ser filmado”. “Criámos o programa para fazer um refresh no atendimento. Não basta que as pessoas sejam simpáticas, é preciso haver formação em atendimento que conta com o conhecimento das pessoas. E espaço de treino para pensar a parte técnica e comportamental para dar uma estrutura ao atendimento”, explica. Daí que a Academia tenha também uma loja recriada: para que os formandos possam testar o que aprendem num ambiente a que estão já habituados.
“Queremos dar formação de acolhimento. As pessoas, quando chegam à Padaria, vão ter formação mais estruturada e inicial”, diz ainda. Os primeiros a terem formação foram as chefias (gerentes e subgerentes de loja e responsáveis de turno) mas a ideia é que seja transversal.
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