Dulce Mota abandona presidência do ActivoBank e vai para o Banco Montepio

Regressada há um ano ao ActivoBank, Dulce Mota aceitou o convite de Carlos Tavares para integrar administração do Banco Montepio. Deixa banco online quando o BCP prepara a sua internacionalização.

Dulce Mota vai abandonar o cargo de presidente executiva do ActivoBank, o banco online do BCP, para assumir funções de administradora executiva no Banco Montepio, apurou o ECO. Será a segunda mulher na equipa liderada por Carlos Tavares.

A responsável tinha sido novamente nomeada CEO do ActivoBank há apenas um ano, substituindo António Henrique na liderança do banco online, isto depois de ter passado por lá com as mesmas funções entre 2005 e 2009.

Agora, Dulce Mota deixa a liderança do banco online numa altura em que Miguel Maya, CEO do BCP, tem planos ambiciosos para o ActivoBank, como alavanca de crescimento do número de clientes através do digital e como um dos motores de expansão internacional da instituição.

Questionado pelo ECO sobre quem vai suceder a Dulce Mota no cargo de CEO do ActivoBank, o BCP não esteve disponível para responder em tempo útil. Por seu turno, o Banco Montepio não quis comentar a informação. O ECO sabe que Dulce Mota vai ter responsabilidade sobre a rede de retalho do Montepio.

Dulce Mota tem um passado muito ligado ao BCP. Exercia funções como chefe de gabinete de Nuno Amado antes de ter regressado à liderança do banco online do BCP no ano passado, tendo sido responsável pela área de comunicação e agenda estratégica da instituição financeira. Mas há mais de 20 anos que está no BCP, onde se iniciou em 1996 para ocupar um cargo no conselho de administração da AF Investimentos. Foi diretora em vários departamentos no BCP: Trading, Hipotecas, Depósitos e Produtos de Investimento foram alguns dos departamentos que liderou ao longo das últimas duas décadas.

Antes do BCP, Dulce Mota esteve 16 anos nos CTT, onde chegou a exercer o cargo de diretora geral. Foi também professora de Investigação Operacional e Matemática no ISCTE entre 1980 e 1995.

Em relação ao novo trabalho que vai ter no Montepio, Dulce Mota vai ficar a cargo de uma rede composta por 324 balcões em Portugal, isto numa altura em que o banco tem em curso um plano de transformação que, entre outros aspetos, inclui a mudança da designação comercial e também um projeto-piloto para a abertura de mais dez agências “low cost” até final do ano, localizadas no interior do país ou em localidades sem serviços bancários.

Ainda esta semana, o Banco Montepio anunciou uma subida de 10% dos lucros para 22,4 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, beneficiando da redução das imparidades para crédito.

(Notícia atualizada às 14h31)

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Marriott alvo de ataque informático. Fuga afeta 500 milhões de clientes

O grupo de hotelaria Marriott, que também gere hotéis em Portugal, anunciou ter sido alvo de um ataque informático que pode ter comprometido dados pessoais de 500 milhões de clientes.

A subsidiária Starwood, do grupo Marriott International, foi alvo de um ataque informático. Responsáveis podem ter roubado dados de cartões de crédito.Wikimedia Commons

A cadeia de hotelaria Marriott International revelou ter sido alvo de um ataque informático que pode ter comprometido os dados pessoais de 500 milhões de clientes, num período de tempo que recua até 2014. A notícia está a ser avançada pela imprensa internacional.

Entre as informações que poderão estar em mãos criminosas estão nomes, moradas, datas de nascimento, números de passaporte, endereços de e-mail e números de telefone de milhões de clientes dos hotéis Marriott.

Além disso, os criminosos conseguiram criar uma cópia de uma base de dados encriptados com informação relativa a cartões de crédito. A empresa encontrou indícios de que os hackers tentaram, pelo menos, quebrar a cifra que protegia essa informação. Mas não é claro se os responsáveis pelo ataque informático tiveram acesso efetivo aos dados pessoais.

De acordo com o The New York Times, o grupo tem mais de 6.700 hotéis espalhados por todo o mundo, incluindo em Portugal, e terá dado conta do problema em setembro deste ano. Segundo a empresa, o ataque informático terá acontecido numa data anterior a 10 de setembro.

O ECO contactou o grupo no sentido de apurar se os clientes em Portugal também podem ter sido afetados. Fonte oficial do grupo Marriott respondeu apenas que “a situação tem um impacto global”, mas que, “neste momento”, o grupo ainda não tem condições para avançar com informações detalhadas para cada mercado.

Citada pelo mesmo jornal, a empresa “lamenta profundamente” o incidente e já criou um portal dedicado a ajudar os clientes a perceberem se poderão estar entre as vítimas. “Tomámos as devidas medidas para investigar e encarar este incidente se segurança que envolve a base de dados da Starwood [subsidiária do grupo Marriott]”, referea empresa nesse portal.

(Notícia atualizada às 14h45 com reação do grupo Marriott International)

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

No próximo ano, quem se reformar antecipadamente vai sofrer um corte de 14,7% na pensão, valor que compara com o corte atual de 14,5% associado ao fator de sustentabilidade.

Mais uma semana, mais um trambolhão nos preços dos combustíveis. Tanto o gasóleo como a gasolina vão ver os preços cair na próxima segunda-feira, com descidas de três cêntimos em ambos os casos.

A taxa de desemprego fixou-se, em outubro, em 6,7% na União Europeia. Portugal é dos países que conseguiu uma redução homóloga mais acentuada.

O INE confirmou que o PIB travou no terceiro trimestre. Economia cresceu 2,1% em relação ao período homólogo e 0,3% em cadeia. A procura interna deu um contributo mais fraco.

Nos três dias de debate do Orçamento, Paulo Trigo Pereira apresentou 20 declarações de voto. Dos professores aos touros, o ECO põe debaixo da lupa as explicações do deputado “mais desalinhado”.

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Decisão da Operação Fizz marcada para 7 de dezembro

  • Lusa
  • 30 Novembro 2018

A leitura do acórdão do processo Operação Fizz, que tem como um dos arguidos o ex procurador Orlando Figueira e que envolve o crime de corrupção, foi hoje marcada para 7 de dezembro.

A leitura do acórdão do processo Operação Fizz, que tem como um dos arguidos o ex procurador Orlando Figueira e que envolve o crime de corrupção, foi hoje marcada para 07 de dezembro.

A marcação da data da leitura do acórdão foi feita pelo coletivo de juízes na sessão desexta-feira de alegações finais do julgamento.

O processo Operação Fizz, cujo julgamento começou a 22 de janeiro, tem como arguidos o ex-procurador do Ministério Público Orlando Figueira, o empresário Armindo Pires e o advogado Paulo Blanco, que respondem por crimes económicos financeiros.

Este caso assenta na acusação de que o ex-vice-Presidente angolano, Manuel Vicente, corrompeu Orlando Figueira, com o pagamento de 760 mil euros, para que este arquivasse dois inquéritos em que estava a ser investigado, um deles o caso da empresa Portmill, relacionado com a aquisição de um imóvel de luxo no Estoril em 2008.

O processo relativo a Manuel Vicente, acusado de corrupção ativa, foi separado e entregue às autoridades angolanas.

 

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Quatro anos de Operação Marquês. Em que ponto se encontra o “megaprocesso”?

28 arguidos, entre eles Sócrates, 500 contas bancárias analisadas e 200 testemunhas ouvidas depois, a Operação Marquês é hoje o megaprocesso mais mediático de sempre. Saiba em que ponto está.

Fotomontagem: Lídia Leão

Foi há quatro anos que o ex-primeiro-ministro José Sócrates foi preso no aeroporto de Lisboa, vindo de Paris, por suspeitas de fraude fiscal, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influências. Nesse 21 de novembro, o Ministério Público arrancava com a Operação Marquês, hoje transformada num megaprocesso, que envolve 28 arguidos. Feita a acusação, e a aguardar julgamento, em que ponto está agora um dos mais mediáticos casos da justiça portuguesa?

28 arguidos, mais de 200 crimes, e 500 contas depois…

O caso está relacionado com a prática de quase duas centenas de crimes de natureza económico-financeira. Segundo a acusação, Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santo (GES) e na PT, bem como garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

A Operação Marquês segue agora para a fase de instrução, quase um ano depois de, em outubro de 2017, o Ministério Público ter concluído a investigação do caso, acusando 28 arguidos, dos quais 19 pessoas e nove empresas, incluindo o ex-primeiro-ministro José Sócrates; o antigo ministro Armando Vara; os antigos CEO e chairman da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava; e ainda Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo.

Vamos a números. Ao longo da fase de inquérito foram efetuadas cerca de duas centenas de buscas, inquiridas mais de 200 testemunhas e recolhidos dados bancários sobre cerca de 500 contas, quer domiciliadas em Portugal quer no estrangeiro. Foi igualmente recolhida vasta documentação quer em suporte de papel, quer digital. O despacho final tem mais de quatro mil de páginas.

A abertura de instrução foi requerida por 19 dos 28 arguidos e Ivo Rosa foi o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC) sorteado para a decisão desta fase. O magistrado já fez saber entretanto que os quatros meses estipulados por lei não chegarão, e que “a reprodução de peças processuais, incluindo gravações áudio de diligências, ou documentos incorporados no processo” fica “proibida, sob pena de cometimento de crime de desobediência simples”.

Depois de um pedido de exclusividade ao Conselho Superior da Magistratura, Ivo Rosa ficará apenas com a instrução do Marquês e dos colégios GPS, perdendo assim o processo dos CMEC.

O calendário das diligências a realizar no âmbito da fase de instrução foi decidido em reunião com as defesas. Esta fase do processo está marcada para a última semana de janeiro de 2019.

Numa recente entrevista à RTP, Carlos Alexandre pôs em causa a aleatoriedade do sorteio, afirmando que “há uma aleatoriedade que pode ser maior ou menor” de acordo com o número de processos atribuídos a cada juiz. Quando questionado sobre se a distribuição de processos consecutivos a um determinado juiz pode colocar em causa a aleatoriedade do sorteio, o juiz respondeu que sim, “pode alterar-se significativamente”. O juiz será agora alvo de um inquérito disciplinar pelo Conselho Superior de Magistratura “dada a gravidade das declarações prestadas”.

Ivo Rosa decide instrução

“Calhou-me a mim”. Foram as palavras de Ivo Rosa, que a 28 de setembro foi sorteado para decidir a fase de instrução da Operação Marquês — o que significa que terá em mãos a decisão de dar seguimento ou não ao caso para a fase seguinte, a de julgamento.

O juiz era a escolha mais esperada entre os arguidos deste megaprocesso, depois de Carlos Alexandre ter estado à frente da fase de inquérito, por ser conhecido por dar algum “travão” às teses defendidas pelos procuradores do Ministério Público.

O magistrado madeirense é conhecido por ser reservado, mas polémico, já que é habitual recusar as diligências dos procuradores nas suas decisões, o que lhe tem valido vários recursos e a fama de “persona non grata” entre o Ministério Público. Exemplo mais recente disso foi com o caso dos CMEC, da EDP, em que Ivo Rosa não autorizou buscas ao ex-ministro da economia Manuel Pinho e invalidou a sua constituição como arguido.

As posições de Ivo Rosa já lhe valeram várias participações de procuradores ao Conselho Superior de Magistratura, além de vários recursos para a Relação de Lisboa, muito dos quais alteraram as suas decisões.

Perfil: de aluno certinho a juiz pontual

Ivo Rosa nasceu a 17 de setembro de 1966, e é natural de Santana, na Madeira. É o quarto de cinco irmãos. Deixou a Madeira em 1985 para se ir formar em Direito, em Coimbra. Aos 26 anos tornou-se juiz, destino que concretizou depois de ter decidido que queria ser magistrado no fim do liceu.

Ser advogado nunca foi sequer uma opção. “Já fui com esse objetivo de ser juiz, nunca tive a pretensão de ser advogado”, declarou numa entrevista à RTP Madeira, em setembro do ano passado. O interesse pela carreira surgiu só no 12º ano, quando uma amiga, cujo pai era advogado, o levou a assistir a um julgamento no Funchal.

O bichinho manifestou-se com a encenação em tribunal. “É isso que impressiona mais as pessoas. E a mim, na altura, sobretudo, que devia ter 16 ou 17 anos. Foi o momento que me despertou a atenção”, contou.

Um “jovem regrado e caseiro”. Assim é descrito por Paulo Prada, um colega seu da faculdade, em declarações prestadas ao jornal Público. “Era muito certinho”, um bom aluno que saía pouco à noite.

Entre 1993 e 1999 foi juiz de primeira instância no Funchal, onde julgou processos-crime, cíveis, de família e de trabalho. Ficou conhecido pelas comarcas locais onde passou por concluir sentenças em três ou quatro dias, o que diminuiu o número de processos pendentes nesses tribunais.

Créditos: Nuno Pinto Fernandes

Regressa em 1999 a Lisboa, por um ano, mas volta à Madeira, por mais dois anos, de onde volta em definitivo em 2002. Passou uma temporada por dois tribunais de Timor-Leste, entre 2006 e 2009, num de primeira instância e noutro de recurso. Em 2010 regressa às Varas Criminais.

Ivo Rosa tornou-se no primeiro juiz português a ser eleito pela Assembleia Geral das Nações Unidas para o Mecanismo Internacional para os Tribunais Penais Internacionais em 2012. Desde 2015 que divide os processos do TCIC com o “super juiz” Carlos Alexandre.

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Risco de pobreza em Portugal cai pelo 3º ano. Foi de 17,3% em 2017

A população desempregada e inativa apresenta a maior taxa de risco de pobreza, que aumentou de 44,8% em 2016 para 45,7% em 2017.

A população em risco de pobreza em Portugal recuou pelo terceiro ano consecutivo, para 17,3% em 2017. Os habitantes da capital foram os menos afetados, enquanto nas ilhas se registou a incidência mais alta. Idosos, reformados e desempregados são os grupos onde o perigo aumentou.

A população desempregada e inativa apresenta a maior taxa de risco de pobreza, que aumentou de 44,8% em 2016 para 45,7% em 2017. Entre os idosos e reformados existe também mais risco. Os dados, do Instituto Nacional de Estatística, medem a proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos inferiores a 5.610 euros anuais (468 euros por mês).

Pelo inverso, as taxas de risco de pobreza para os menores de 18 anos e adultos em idade ativa diminuíram. Também nas famílias existe menos perigo de pobreza, tanto naquelas que têm crianças dependentes, onde caiu 1,16 pontos percentuais, como para aquelas sem crianças.

“Considerando apenas os rendimentos do trabalho, de capital e transferências privadas, 43,7% da população residente em Portugal estaria em risco de pobreza em 2017“, indica o INE. Isto porque as transferências sociais relacionadas com a doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social, fizeram reduzir o risco de pobreza, bem como os rendimentos provenientes de pensões de reforma e sobrevivência.

Diferenças regionais

É em Lisboa que se encontra menos população em risco (12,3%), tomando como referência a linha de pobreza nacional. Já pelo lado contrário, nos Açores a taxa chegou aos 31,5%, e na Madeira fixou-se nos 27,4%. Mas se tivermos em conta a linha de pobreza regional, as taxas nas Regiões Autónomas rondam os 21%. Foi a primeira vez que o Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgou resultados regionais.

Taxa de risco de pobreza em Portugal, em 2017INE

Em termos de distribuição dos rendimentos monetários, apenas o rendimento mediano na Área Metropolitana de Lisboa é superior à média nacional. Já o rendimento mediano nos Açores corresponde a 80% do valor nacional, aponta o INE.

Mais de 40% dos portugueses vivem em agregados sem capacidade para pagar uma semana de férias por ano fora de casa em 2018. Este valor decresceu em relação ao ano anterior, apesar de se manter elevado. Também o número daqueles que não têm capacidade para assegurar o pagamento imediato, sem recorrer a empréstimo, de uma despesa inesperada próxima do valor mensal da linha de pobreza caiu, de 36,9% para 34,7%.

Vieira da Silva considera dados “globalmente positivos”

O ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social considerou que os dados sobre os níveis de pobreza em Portugal são “globalmente muito positivos”, destacando que cerca de 100 mil portugueses deixaram de estar abaixo da linha de pobreza. “Estes dados são globalmente muito positivos já que, apesar de ter evoluído em 3% o chamado limiar de pobreza, a percentagem de portugueses que está abaixo desse limiar caiu um ponto percentual, o que significa, mais ou menos, 100 mil portugueses”, disse o ministro Vieira da Silva.

O governante, que falava aos jornalistas à entrada de uma reunião da Concertação Social, reagia aos dados divulgados pelo INE. O valor dos níveis de pobreza é “o mais baixo da série”, afirmou o ministro do Trabalho, acrescentando que houve também uma redução “talvez ainda mais significativa dos indicadores da desigualdade”. Segundo disse, todos os indicadores da desigualdade “evoluíram positivamente”, com destaque para aquele que se refere à relação entre o rendimento dos 10% mais ricos face ao rendimento dos 10% dos mais pobres.

“Essa relação era de 10 para 1 e passou para 8,9, ou seja, houve uma aproximação significativa, ainda que mantendo uma distância grande”, sublinhou. “Obviamente que Portugal continua a ter problemas de pobreza, principalmente problemas de desigualdade”, mas os dados hoje divulgados “apontam no sentido de reforçar o nosso otimismo sobre a capacidade de coletivamente sermos um país mais coeso, mais igual, mais desenvolvido”, afirmou o ministro.

O indicador que melhor contribui para reduzir as desigualdades e os níveis de pobreza “é a criação de emprego”, explicou Vieira da Silva. Já do lado da proteção social, o governante lembrou que há medidas em curso para reforçar a melhoria, como é o caso do reforço do abono de família para as crianças mais jovens (até aos 6 anos), uma vez que as famílias com mais crianças continuam a ser as que têm mais risco de ficarem abaixo do limiar da pobreza.

(Notícia atualizada às 16h26 com declarações de Vieira da Silva)

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Telles apoia IPO da Science4You

A equipa de Financeiro, Projetos e Mercado de Capitais atuou como assessor jurídico do processo que poderá conduzir à entrada no sistema de negociação multilateral Euronext Growth da Science4You S.A.

A equipa de Financeiro, Projetos e Mercado de Capitais da TELLES atuou enquanto assessor jurídico do processo que poderá conduzir, no próximo mês de dezembro, à entrada no sistema de negociação multilateral Euronext Growth da Science4you, S.A. (Science4you), uma empresa portuguesa dedicada ao desenvolvimento, produção e comercialização de brinquedos. Recorde-se que já esta semana o mercado ficou a saber da aprovação por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) do Prospeto de Oferta Pública de Distribuição sobre ações representativas de até 44,11% do capital social da Science4you e respetiva admissão à negociação no sistema de negociação multilateral Euronext Growth.

Para Márcio Carreira Nobre, Of Counsel da TELLES, “A recolha de capitais junto do público é um passo de grande importância e impacto no negócio, pelo que o apoio jurídico é indispensável, tanto na preparação e estruturação da operação, como no período seguinte à oferta.”

A equipa da TELLES responsável pela assessoria jurídica da transação contou ainda com os associados Frederico Félix Alves e André Magalhães.

Conforme comunicou a empresa, o aumento de capital visa a obtenção de fundos para financiamento da estratégia de negócio da Science4you, através do reforço do seu capital social, financiamento da sua atividade geral e de investimentos futuros, nomeadamente tendo em vista a prossecução do processo de internacionalização e um modelo de negócio focado no e-commerce.

Para Miguel Pina Martins, Presidente e fundador da Science4you, “Estamos confiantes que esta operação terá uma recetividade muito positiva junto dos investidores, e contribuirá para a continuação do percurso de sucesso que tem sido trilhado ao longo dos últimos dez anos”.

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Antigo presidente da Nissan continuará detido em Tóquio

  • Lusa
  • 30 Novembro 2018

Carlos Ghosn, antigo presidente do grupo Nissan é suspeito de falsificação de informação financeira e vai continuar detido por mais 10 dias.

Carlos Ghosn, antigo presidente do grupo Nissan suspeito de falsificação de informação financeira, vai continuar detido por mais 10 dias, segundo decisão de um tribunal japonês citada pela imprensa local.

Um tribunal de Tóquio deu provimento ao pedido do Ministério Público de manter o dirigente franco-brasileiro, de origem libanesa, detido na capital japonesa por suspeita de não ter declarado rendimentos.

O limite para a detenção preventiva é de 48 horas no Japão, mas o prazo pode prolongar-se por solicitação da procuradoria, como neste processo.

Ghosn está detido desde o passado dia 19 por não ter declarado rendimentos no valor de cerca de 38 milhões de euros (cinco milhões de ienes), que terá declarado entre 2011 e 2014.

A imprensa local tem ainda referido outras eventuais fugas fiscais no valor de 23 milhões de euros (três milhões de ienes).

Na semana passada, Ghosn foi destituído das suas funções na Nissan e na segunda-feira substituído na presidência da Mitsubishi.

A extensão da detenção também abrangeu Greg Kelly, outro antigo alto dirigente da Nissan, suspeito igualmente de fraude fiscal.

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Penalização das pensões pelo fator de sustentabilidade sobe para 14,7% em 2019

No próximo ano, quem se reformar antecipadamente vai sofrer um corte de 14,7% na pensão, valor que compara com o corte atual de 14,5% associado ao fator de sustentabilidade.

No próximo ano, quem se reformar antecipadamente vai sofrer um corte de 14,7% na pensão, valor que compara com o corte atual de 14,5% associado ao fator de sustentabilidade. Este agravamento explica-se pelo aumento da esperança média de vida aos 65 anos, indicador que, segundo os dados divulgados pelo INE esta sexta-feira, subiu para 19,49 anos.

O fator de sustentabilidade é calculado através de um rácio entre a esperança média de vida aos 65 anos em 2000 (16,63 anos) e a esperança média de vida no ano anterior ao início da pensão, isto é, em 2018 para quem se reformar no próximo ano. De acordo com o INE, este ano, o indicador em causa subiu para 19,49 anos, puxando o corte a aplicar às pensões antecipadas para 14,7%.

Excluídos desse corte — que se tem vindo a agravar — ficam as muito longas carreiras contributivas e aqueles que se reformem, em janeiro, com 63 anos e que aos 60 já reuniam 40 anos de descontos ou, em outubro, com 60 anos e 40 de descontos. Isto ao abrigo do novo regime de flexibilização de idade da reforma apresentado pelo Executivo de António Costa no Orçamento do Estado para 2019. De notar que, apesar de não sofrerem este corte pela via do fator de sustentabilidade, os pensionistas em causa continuarão a sofrer um corte mensal de 0,5% por cada mês antecipado à idade legal da reforma.

Este aumento do fator de sustentabilidade irá, assim, afetar apenas aqueles que não se enquadrem nos regimes das muito longas e das longas carreiras contributivas, ou seja, que peçam a antecipação da reforma ao abrigo do regime atual, que exige que tenham aos 60 anos, pelo menos, 40 de contribuições. Não é obrigatória, contudo, a coincidência temporal da concretização desses critérios. Recorde-se que o ministro do Trabalho chegou a propor extinguir este regime, mas acabou por atirar essa discussão para “futuras” iniciativas legislativas.

O fator de sustentabilidade foi criado pelo ministro Vieira da Silva, no Governo de José Sócrates, tendo começado a ser aplicado em 2008. Na altura, estava em causa um corte de 4,78%, que se foi agravando nos últimos anos. Foi em 2014 que se deu o maior salto, de 4,78% em 2013 para 12,34% em 2014. O corte está ligado à evolução da longevidade em Portugal.

Idade da reforma sobe para 66 anos e cinco meses

De acordo com os cálculos do Jorge Bravo, professor de Economia da Universidade Nova de Lisboa, o aumento da esperança média de vida indicado, esta sexta-feira, pelo INE permite concluir que a idade legal da reforma deverá subir para 66 anos e cinco meses, em 2019, mantendo-se inalterada em 2020. Em 2018, a idade da reforma subir para 66 anos e quatro meses.

Foi em 2013, o Governo PSD/CDS-PP reviu o regime e fez depender a idade da reforma dos ganhos na esperança de vida aos 65 anos. Desde essa altura, o apuramento desse patamar etário passou a ser apurado pelo cálculo de dois terços da evolução registada a partir de 2012 aos quais se somam 66 anos.

(Notícia atualizada às 12h15).

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Peso da habitação nos rendimentos em Portugal é o quinto mais baixo na UE

O peso dos gastos com a habitação, água, eletricidade, gás e outras energias nos rendimentos das famílias portuguesas ficam abaixo da média da UE, que foi de 24,2% em 2017.

Em Portugal, os preços das casas têm vindo a acelerar, tocando máximos sucessivos. Com a escalada, torna-se mais difícil o acesso das famílias ao alojamento, principalmente nas grandes cidades. Mesmo assim, quando comparadas com o resto da Europa, as famílias portuguesas estão entre as que menos sentem o peso da habitação nos rendimentos.

Os gastos com a habitação, água, eletricidade, gás e outras energias não chegam a representar 20% das despesas dos agregados familiares em Portugal, de acordo com os dados do Eurostat. As famílias alocaram cerca de 18,3% dos rendimentos para estas despesas em 2017, posicionando-as como as quintas que menos gastam na União Europeia (UE).

Portugal fica também abaixo da média da UE, que é de 24,2%. Entre os países onde a renda e contas da casa pesam mais no ordenado encontra-se a Finlândia e a Dinamarca. Quase 30% do rendimento das famílias nórdicas vai para o lar. A França e o Reino Unido estão também acima da média da UE, gastando 26,7% e 26,2%, respetivamente. Aqui ao lado, as famílias espanholas gastam mais de um quinto do seu orçamento em despesas de habitação (21,7%).

Peso dos gastos com habitação, água, eletricidade, gás e outras energias no rendimento das famílias, na UEEurostat

Apenas as famílias estónias, cipriotas, lituanas e maltesas gastaram menos nas contas da casa do que as portuguesas. Em Malta, apenas 10% das despesas foram com a habitação.

Entre 2007 e 2017, o peso dos gastos com habitação aumentou em quase todos os Estados-membros. Foi na Finlândia que a fatia destinada às contas da casa cresceu mais, passando de 24% para 28.8%. Já em Portugal, a subida foi de 3,8 pontos percentuais, a segunda maior na UE nestes dez anos. De facto, de 2016 para este ano, os preços das casas aumentaram mais de 40% na capital e mais de 30% no Porto.

Também os preços da eletricidade, incluídos nestas despesas, têm pesado para os portugueses. Portugal ficou em terceiro lugar no ranking dos preços da eletricidade e do gás mais caros em toda a Europa, em 2017, no que diz respeito aos preços pagos pelas famílias.

As famílias dos Estados-membros gastaram o equivalente a 13,1% do PIB da UE em despesas com a casa, no ano passado. O dinheiro que sobrou teve como destino despesas de transporte (13%), alimentação e bebidas, restaurantes e hotéis. Atividades recreativas e culturais representaram a menor fatia.

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Combustíveis descem 3 cêntimos. Gasolina já baixou 15 cêntimos em dois meses

Mais uma semana, mais um trambolhão nos preços dos combustíveis. Tanto o gasóleo como a gasolina vão ver os preços cair na próxima segunda-feira, com descidas de três cêntimos em ambos os casos.

Mais uma semana, mais um trambolhão nos preços dos combustíveis. Tanto o gasóleo como a gasolina vão ver os preços cair na próxima segunda-feira, com descidas de três cêntimos em ambos os casos. Com esta nova descida, a gasolina simples de 95 octanas eleva para 15 cêntimos a queda no espaço de apenas dois meses.

Fonte do setor adiantou ao ECO que os preços dos combustíveis vão registar nova queda a partir da meia-noite de segunda-feira, isto face à evolução dos preços dos petróleo e derivados nos mercados internacionais na última semana. Em Nova Iorque, o barril de crude atingiu esta semana um valor abaixo dos 50 dólares, o que não acontecia há mais de um ano.

No caso da gasolina, vai ser a oitava semana de descidas, com o preço do litro deste combustível a cair para os 1,4514 euros, o valor mais baixo desde outubro de 2017, de acordo com as estatísticas oficiais da Direção Geral de Energia e Geologia.

Para o gasóleo, o combustível mais usado pelos portugueses, tudo aponta para uma descida para os 1,3366 euros por litro, para mínimos de abril deste ano, tratando-se da quinta semana consecutiva em que o preço recua.

A evolução dos preços dos combustíveis tem por base a cotação do ouro negro e derivados nos mercados. Nas últimas semanas os preços têm estado sob pressão devido à situação de excesso de oferta de barris no mercado mundial, um desequilíbrio que a OPEP está a tentar resolver com um corte na produção no seio dos membros deste cartel. Os países da OPEP têm reunião agendada para a próxima semana.

Entretanto, nos EUA, um dos maiores consumidores mundiais de energia, as reservas de crude aumentaram pela décima semana consecutiva, num sinal de menor procura que deixa os investidores com reservas quanto ao impacto da decisão da OPEP no reequilíbrio do mercado petrolífero.

(Notícia atualizada às 11h38)

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FOX Life | New Amsterdam – ESTREIA 6 de Dezembro

  • ECO + FOX
  • 30 Novembro 2018

Dr. Max Goodwin, o novo diretor clínico de New Amsterdam, o mais antigo dos hospitais públicos dos EUA é o protagonista deste novo drama médico.

Inspirada pelo mais antigo hospital da América, este incrível drama médico segue o brilhante e charmoso Dr. Max Goodwin (Ryan Eggold), o novo diretor médico da instituição, que tem como objetivo acabar com a burocracia e fornecer o melhor tratamento possível aos doentes. Como pode ele ajudar? Bem, os médicos e enfermeiros já ouviram este tipo de discurso antes…

Não aceitando um “não” como resposta, o Dr. Goodwin terá de acabar com o status quo e provar que não irá parar por nada até dar uma nova vida a este hospital com falta de staff, sem fundos e pouco apreciado – mas que é o único no mundo capaz de tratar pacientes com o Ébola, prisioneiros de Rikers e o presidente dos Estados Unidos, todos debaixo do mesmo teto – e voltar à antiga glória que o colocou no mapa.

‘New Amsterdam’ é inspirada na memória do Dr. Eric Manheimer ‘Twelve Patients: Life and Death at Bellevue Hospital’ e nos seus quinze anos como diretor médico no hospital.

Uma série a não perder, Terças-feiras às 22:20 na FOX Life.

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