Governo vai leiloar licenças para prospeção de lítio

O secretário de Estado da Energia revelou à Bloomberg que o Governo português vai avançar com leilões para fornecer aos investidores licenças de prospeção de lítio.

O Governo português pretende avançar com leilões para permitir aos investidores adquirirem licenças de prospeção de lítio este ano. O objetivo passa por capitalizar o interesse que tem vindo a crescer exponencialmente neste recurso natural, impulsionado pelo uso em baterias de veículos elétricos.

Portugal é um dos países no top 10 das reservas de lítio“, disse Jorge Seguro Sanches, secretário de Estado da Energia, em entrevista à Bloomberg. Assim, sublinhou ainda que, através deste recurso, o país poderia fazer parte da estratégia de baterias que a União Europeia está a desenvolver. No entanto, mesmo que se o Governo desenvolva as reservas de lítio, o mais provável é que estas correspondam a uma parte muito pequena do mercado mundial, uma vez que as nossas reservas são de 60 mil toneladas métricas, em comparação com as 16 milhões de toneladas do mundo, refere um relatório do Serviço de Pesquisa Geológica dos Estados Unidos.

Assim, com esta proposta do Governo em avançar com leilões, a ideia passa por atrair mais investimentos que não se limitem apenas à exploração das reservas de lítio, mas que também englobem o desenvolvimento de projetos industriais, que podem incluir, por exemplo, fábricas de baterias, conforme referiu o ministro português. “Queremos que o trabalho sobre o lítio seja realizado o mais cedo possível dentro da economia portuguesa”, disse, revelando que o Estado já está a organizar os primeiros leilões para prospeção do lítio, acontecendo posteriormente a fase da sua exploração.

Esta proposta foi apresentada por Jorge Seguro Sanches durante a Convenção da Associação de Prospetores do Canadá, em Toronto, onde referiu que “os mais de 40 pedidos de licenças mostram que há um grande interesse neste recurso”. “Estas empresas estão muito interessadas. Certamente veem viabilidade económica.”

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PS, PSD e CDS chumbam Carnaval como feriado obrigatório

  • Lusa
  • 9 Março 2018

A proposta apresentada pelo PAN e pel'Os Verdes de tornar a terça-feira de Carnaval um feriado obrigatório foi chumbada pelo PS, PSD e CDS.

O PS juntou-se esta sexta-feira ao PSD e CDS para chumbar dois projetos de lei, do Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV) e do partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), para tornar feriado nacional a terça-feira de Carnaval.

Dois meses depois de terem baixado à comissão sem votação, para se tentar um consenso, os votos do PCP, BE, PEV e PAN foram insuficientes para aprovar os dois projetos. A consagração da terça-feira de Carnaval como feriado obrigatório — para a qual é necessária uma alteração ao Código de Trabalho –, foi discutida em plenário da Assembleia da República, em 11 de janeiro.

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10 mandamentos de luxo, segundo a Claus Porto

Criada em 1887, a estrutura da marca não foi pensada de origem com visão de marketing mas qualidade e segmento sempre foram prioritários para a empresa.

Claus Porto produz sabonetes desde 1887.Claus Porto

Diz-se de uma forma geral que as marcas de luxo seguem as “anti-leis de marketing”, criadas pelo especialista em luxo Jean-Noel Kapferer. Uma das regras, explica Maria João Nogueira Mendes, diretora de comunicação e relações públicas da Claus Porto, “é precisamente a não venda”. “Em luxo, a melhor forma de chegar aos consumidores é deixá-los vir até nós. Por isso, no final do dia são os nossos consumidores que nos escolhem a nós. Porque se identificam com a marca, com os seus valores e com o estilo de vida que ela representa”.

Há mais de 130 anos no mercado, a Claus Porto tem sabido dar a conhecer a longa história da empresa. Sem nunca descurar aquilo que, ao longo dos anos, fez da marca o que ela é. “Apesar de, em 1887, ainda não podermos falar de estratégias de marketing propriamente ditas – ou pelo menos pensadas como tal -, a verdade é que a Claus Porto desde logo se destacou pela qualidade dos seus produtos, pelos seus aromas bem construídos e pelo design cuidado dos seus produtos, que sempre foram (e ainda são) embalados à mão”, detalha, em entrevista ao ECO.

Claus Porto produz em formato artesanal.Claus Porto

Por isso se, por um lado, a procura de clientes foi feita neste sentido, por outro, a própria natureza desses mesmos produtos situava-a num patamar superior. “A marca foi criada numa época em que os hábitos de higiene ainda eram bastante relativos — e facilmente suprimíveis com o uso de sabão, por exemplo. Ou seja, logo aquando da sua criação, a Claus Porto já vendia produtos que podiam ser considerados supérfluos o que, por si só, faz parte da definição de luxo”, explica a responsável.

No entanto, e mesmo desde o princípio empenhada em manter a marca reconhecida, o momento mais determinante — e feito conscientemente, assegura Maria João –, no estabelecimento da Claus Porto como uma marca de luxo terá sido, “talvez quando Achilles de Brito comprou aquilo que dela restava no final da primeira guerra mundial – e, em vez de incorporá-la na sua própria chancela [Ach Brito], optou por manter a respetiva identidade, com o objetivo de ter uma marca de luxo e uma outra mais acessível ao público em geral”.

Logo aquando da sua criação, a Claus Porto já vendia produtos que podiam ser considerados supérfluos, o que por si só faz parte da definição de luxo.

Maria João Nogueira Mendes

Diretora de comunicação e relações públicas da Claus Porto

Da compra ao salto

Grão a grão, enche a história o papo. E, no caso da Claus, o caminho fez-se de altos e baixos, e de “passos pequenos, lentos e ponderados”. Por isso, não fossem os fundadores da marca, Ferdinand Claus e Georges Schweder, conhecer a cidade do Porto e fundado a primeira fábrica de sabonetes e fragrâncias do País, nada seria como agora.

É praticamente impossível criar uma marca de luxo de um dia para o outro. Porque uma marca de luxo é diferente de qualquer outro tipo de marca: tem que conciliar substância e status, ou seja, tem que contribuir para a identidade do consumidor. Sendo que a substância provém da história e da artesanalidade, as quais levam tempo a criar. Daí o tempo ser, hoje em dia, a quintessência do luxo”, detalha a responsável de comunicação da Claus Porto.

Talvez também por esse caminho, a história da Claus Porto se misture com a história de Portugal. “Contar a história e, sobretudo, ter uma história como a da Claus Porto para contar é o maior luxo de todos. São poucas as marcas que têm 130 anos de história, estão na mesma família há quatro gerações e sobreviveram a um sem número de altos e baixos, tendo convivido com monarquias, ditaduras, repúblicas, revoluções, crises económicas e muito mais”, recorda Maria João. “É toda esta história que faz da Claus Porto aquilo que ela é hoje. Contar a história da marca é contar a história de Portugal e dos portugueses, e é isso que faz dela uma marca única e especial. Numa altura em que as marcas vivem obcecadas com o storytelling, é um verdadeiro luxo ter uma história como esta – longa, rica e verdadeira -, para contar”.

"Contar a história e sobretudo ter uma história como a da Claus Porto para contar é o maior luxo de todos.”

Maria João Nogueira Mendes

Diretora de comunicação e relações públicas da Claus Porto

Paredes contadoras de histórias

Na Flagship Store, um lavatório em pedra mármore maciça permite aos clientes reunir-se para testar produtos. Acima, um piso dedicado à história da Claus Porto expõe grande parte do património da marca. Aqui, para além de uma exposição de curadoria interna, que conta a história da Claus Porto através da presença de uma série de documentos, fotografias e objetos relacionados com os momentos mais importantes dos últimos 130 anos, há ainda duas exposições de design gráfico com curadoria e instalação do designer Eduardo Aires, uma sobre a evolução do logótipo da marca e outra sobre a imagem da coleção Musgo Real.

Fachada da loja Claus Porto: na loja, há um lavatório comum em pedra mármore maciça, em redor do qual os visitantes podem reunir-se para testar produtos.Claus Porto

E o último piso? Há um espaço multifunções, uma espécie de apartamento que visa “dar vida aos produtos” num espaço que em muito se assemelha ao o seu destino final: a casa dos consumidores.

“Um verdadeiro laboratório de ideias e produtos. Neste espaço existe uma cozinha-laboratório, uma grande mesa e uma zona de estar com vista privilegiada para a Sé do Porto, e é possível aprender, experimentar e conviver sob o signo da Claus Porto”. É aqui que, todos os meses, decorrem dois dos três workshops organizados pela marca: a “A Mini Fábrica de Sabonetes”, que permite descobrir como são produzidos os sabonetes Claus Porto, o “Laboratório de Aromas”, uma experiência sensorial que começa na planta e termina no perfume, e a “Tipografia Tradicional”, que permite descobrir as técnicas com que imprimíamos os nossos rótulos.

“Como marca portuguesa que somos, temos o maior carinho pelos consumidores nacionais, que estão a redescobrir a Claus Porto através das nossas duas lojas. Paralelamente, sabemos que o mercado norte-americano sempre gostou imenso de nós – e que os ingleses, franceses e alemães estão a passar por um verdadeiro processo de descoberta. Depois também temos os orientais, encabeçados pelos sul-coreanos, que adoram a Claus Porto. Esta é a nossa realidade de hoje, mas não será necessariamente a realidade de amanhã, até porque todos os dias somos surpreendidos com consumidores de diferentes nacionalidades – vendemos para aproximadamente 60 países -, idades e perfis socio-económicos. Daí ser tão importante não apontarmos para fora (para o cliente) e sim para dentro (para a marca)”, explica Maria João. Por isso, questionada sobre quem serão os clientes de futuro, a responsável de comunicação e marketing da Claus, diz sem dúvidas: “O futuro o dirá”.

Os 10 mandamentos do luxo para a Claus Porto

  1. Crie fatores de distinção da marca: “Os seus 130 anos de história, a qualidade dos produtos, o facto de sermos uma empresa familiar e o cuidado extremo com que selecionamos os pontos de venda onde estamos presentes”, são alguns dos que Maria João considera distintivos.
  2. Valorize a história. A loja da Claus Porto tem um piso inteiro dedicado à história da marca, e onde está exposto grande parte do património. “Para além de uma exposição de curadoria interna, que conta a história da Claus Porto através da presença de uma série de documentos, fotografias e objetos relacionados com os momentos mais importantes dos últimos 130 anos, encontramos ainda duas exposições de design gráfico com curadoria e instalação do designer Eduardo Aires, uma sobre a evolução do logótipo da Claus Porto e outra sobre a imagem da coleção Musgo Real”, explica Maria João.
  3. Trate a loja como o palco ideal da sua marca. “As lojas Claus Porto são o palco ideal para as pessoas emergirem no universo da marca e viverem-na como gostamos que ela seja vivida. E isto é conseguido através da experiência em loja, que vai muito mais além do que a componente transacional”.
  4. Crie dinâmicas. “Todas as semanas temos o Musgo Real Hot Towel Shave, tanto na loja do Porto como na de Lisboa, um serviço de barbearia tradicional que visa dar a conhecer e experimentar os produtos da coleção masculina da Claus Porto.
  5. Nunca comunique a marca com a intenção de vender. “É uma abordagem completamente diferente: uma marca de luxo nunca é comunicada com a intenção de vender. Neste mercado, a comunicação visa construir um sonho. E as pessoas, no fim do dia, acabam por comprar esse sonho”, explica.
  6. Deixe-se escolher pelos clientes. “Vamos apontando para os clientes conforme eles vão apontando naturalmente para nós”, diz Maria João.
  7. Dê valor às pessoas. Maria João diz que, na Claus Porto, “as pessoas são tudo”. “Se os fundadores da marca, Ferdinand Claus e Georges Schweder, não se tivessem conhecido na cidade do Porto e fundado a primeira fábrica de sabonetes e fragrâncias do país, nem sequer estaríamos aqui. Se Achilles de Brito não tivesse comprado aquilo que restava da Claus & Schweder após o final da primeira guerra mundial, a Claus Porto teria visto o fim dos seus dias em 1916. Da mesma forma, se as três gerações seguintes não tivessem dado continuidade ao negócio, a empresa teria certamente sucumbido. E se a sociedade de capital de risco portuguesa Menlo Capital não tivesse investido na Ach Brito, empresa à qual a Claus Porto pertence, em 2015, toda esta nova era nunca teria acontecido. Por outro lado, se estas pessoas não tivessem recorrido a outras igualmente importantes ao longo destes 130 anos – como por exemplo os desenhadores que criaram os padrões e os rótulos que tornaram a Claus Porto famosa ou os trabalhadores que embalam manualmente cada um dos nossos produtos, entre muitas outras – a marca nunca se teria transformado naquilo que é hoje em dia”.
  8. Atenção às soft skills. A escolha das pessoas que integram a empresa é feita “com base nas suas competências, na afinidade com os valores da marca e na paixão demonstrada pela mesma”.
  9. Faça pouca ou nenhuma publicidade. “Uma marca de luxo não precisa de pagar para ser falada, muito pelo contrário. Na Claus Porto não vamos à procura dos consumidores, eles é que vêm à nossa procura – e são eles que falam sobre nós a outros potenciais consumidores que com eles e connosco partilham valores semelhantes.
  10. Os seus clientes são os seus melhores anúncios. “Os consumidores, sim, são a maior e melhor publicidade que uma marca pode ter.

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Parlamento aprova alargamento dos serviços mínimos das contas bancárias

  • Lusa
  • 9 Março 2018

Os deputados aprovaram por unanimidade o aumento para 24 do número de transferências por ano entre bancos nas contas low cost e permitindo que os cartões de débito sejam usados fora da UE.

A Assembleia da República foi esta sexta-feira unânime na aprovação do alargamento dos serviços mínimos bancários, aumentando para 24 as transferências por ano entre bancos e permitindo que os cartões de débito sejam usados fora da União Europeia.

O projeto de lei em causa fora apresentado pelo grupo parlamentar do PCP e já tinha sido aprovado em sede de especialidade, contando com emendas de PS e BE, apesar do voto contra de PSD e da abstenção do CDS-PP, na generalidade.

Hoje, em votação final global, foi aprovado que o cartão de débito da conta de serviços mínimos bancários possa ser usado em todos os países (e não só na União Europeia), passando a poder fazer-se pagamentos de baixo valor, sem a inserção do número PIN, como nas portagens.

Esta aprovação deverá levar os bancos a terem de substituir os cartões que detêm os clientes com serviços mínimos bancários.

A proposta do PCP que pretendia que uma pessoa com conta de serviços mínimos bancários pudesse ser titular ou cotitular de outras contas não abrangidas pelo regime dos serviços mínimos bancários foi rejeitada, só tendo contado com votos favoráveis do PCP e do BE.

Atualmente, um cliente de serviços mínimos bancários não pode deter outra conta bancária.

Em contrapartida, fora aprovada por unanimidade a proposta do PS que permite que clientes com conta de serviços mínimos bancários até 65 anos possam ser cotitulares de uma conta em que o outro cotitular tenha pelo menos 65 anos ou uma incapacidade.

Os deputados tinham já aprovado por unanimidade a proposta de alteração do PS que alarga para 24, por ano, as transferências interbancárias através do homebanking (à distância).

Atualmente, quem tem conta de serviços mínimos bancários só pode fazer, por ano, 12 transferências para contas de outros bancos através da página do banco na Internet ou da aplicação móvel.

A proposta do BE, que previa o fim do limite nas transferências interbancárias por homebanking foi rejeitada, com votos contra do PS e PSD, abstenção do CDS-PP e favoráveis do BE e PCP.

As transferências feitas por multibanco continuam gratuitas, independentemente do seu número, sejam no âmbito das contas dos serviços mínimos bancários ou de outras contas, como decorre da lei geral.

Os deputados tinham aprovado ainda a proposta do BE que prevê o agravamento das contraordenações (de leves para graves, com consequente aumento das multas) para os bancos que não cumpram as regras dos serviços mínimos bancários e a obrigação de o Banco de Portugal no relatório de supervisão divulgar quais as instituições que incumpriram a lei.

Os serviços mínimos bancários são disponibilizados por todos os bancos e podem ser requisitados por qualquer cidadão, tendo um custo anual máximo de 1% do Indexante de Apoios Sociais (IAS), o que atualmente corresponde, no máximo, a menos de cinco euros por ano.

Estas contas incluem um conjunto de serviços bancários considerados essenciais, nomeadamente a abertura e manutenção de uma conta de depósitos à ordem, um cartão de débito, realização de débitos diretos, transferências ilimitadas para contas do mesmo banco e, de momento, 12 transferências entre bancos através do ‘homebanking’. Este serviço será alargado para 24 transferências.

No final de 2017, havia mais de 44 mil contas de serviços mínimos bancários.

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EatTasty alcança 370 mil euros em investimentos e chega a Oeiras

Esta startup portuguesa entrega em casa refeições idealizadas por um chef por um valor fixo de 5,90 euros. Anuncia agora uma nova ronda de investimentos e a expansão a seis novas zonas na capital.

Para comemorar os dois anos de nascimento na cidade de Lisboa, a startup portuguesa EatTasty, responsável pela produção e entrega de refeições caseiras, traz duas novidades: uma segunda ronda de investimento e seis novas zonas de entrega. Neste momento de expansão, a startup está ainda à procura de novos colaboradores, de maneira a conseguir atingir as 400 refeições entregues por dia.

A EatTasty veio revolucionar o serviço de entrega de comida nos escritórios dos lisboetas, ao entregar refeições idealizadas por um chef português e confecionadas por cozinheiros especializados na cidade. Assim, dois anos depois, a startup anuncia agora uma segunda ronda de investimentos, o que faz um total de 370 mil euros, que servirá para expandir as entregas a seis novas zonas da cidade — Tagus Park, Lagoas Park, Quinta da Fonte, Carnaxide, Miraflores e Alfragide –, que serão inauguradas de forma gradual até ao final de abril. Atualmente está presente nas zonas do Parque das Nações, Marvila, Saldanha, Amoreiras e Torres de Lisboa.

Refeições de chef a 5,90 euros

As refeições, entregues diariamente à hora de almoço, são idealizadas por um chef nacional e confecionadas por cozinheiros espalhados pelos vários bairros da capital. A startup procura frequentemente novos cozinheiros, oferecendo-lhes uma formação na área da cozinha. Os pedidos podem ser feitos em nome individual ou da empresa, sendo que, empresas como a Google, a Unbabel e a Talkdesk já fazem parte dos clientes da EatTasty.

Ao cliente são oferecidas três opções de comida por um valor fixo: 5,90 euros que incluem o transporte e ainda os talheres. Nos menus confecionados, há opções como bucatini com alho, camarão, gengibre, tomate e espinafres; arroz de pato com couve e chouriço; filetes de peixe panados com “pico de gallo” e arroz tostado com verduras; paella vegetariana com tofu fumado e All i Oli de açafrão, etc.

Paella Vegetariana com Tofu Fumado e All i Oli de AçafrãoEatTasty/Facebook

Desde a sua criação, a startup já produziu mais de 40 mil refeições, das quais 25% foram este ano. O ano passado, o melhor cliente encomendou 200 vezes em 231 dias úteis, sendo que 30% da carteira de clientes continua a comprar ao fim de 12 meses. Nos dois primeiros meses deste ano já produziu o equivalente a 50% da produção total de 2017 e, para este mês, está previsto um crescimento de 400% nas encomendas face a março do ano passado.

Mas não é tudo, com este novo aumento das zonas, a EatTasty está à procura de novos colaboradores para o serviço de entrega, uma vez que o objetivo, a curto prazo, é atingir as 400 refeições diárias, explica em comunicado. As candidaturas deverão ser feitas através deste link.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

O Novo Banco vai fechar já 30 balcões. São sobretudo agências localizadas nos centros urbanos e onde trabalham uma média de dois funcionários. Eduardo Catroga não pode renovar o seu mandato, enquanto presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Vai assumir um cargo internacional na China Three Gorges, a principal acionista da EDP.

O Novo Banco já sabe quais as agências que pretende encerrar até abril. São 30 balcões que vão fechar portas dentro de dois meses, na sua maioria localizados nos centros urbanos e onde trabalham dois funcionários. O ECO teve acesso à lista de encerramentos. Mas atenção: mais 43 fechos estão previstos até final ano. Onde? Ainda está em avaliação.

Eduardo Catroga vai deixar a presidência do Conselho Geral e de Supervisão da EDP em abril para se dedicar à gestão da parte internacional da China Three Gorges de quem é hoje representante na maior elétrica nacional, apurou o ECO.

Se puder esperar pela próxima semana para abastecer o depósito do seu carro, talvez seja uma boa ideia para poupar alguns euros. É que os combustíveis deverão ficar mais baratos a partir de segunda-feira. Tanto os preços da gasolina como do gasóleo têm margem para cair para mínimos de meio ano.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, vai reunir-se com o seu homólogo norte-coreano, Kim Jong-Un, em maio, anunciou um dirigente sul-coreano.

O antigo Presidente norte-americano, Barack Obama está em negociações avançadas com a Netflix para produzir uma série de emissões exclusivas, avançou o New York Times (conteúdo em inglês), citando fontes familiarizadas com o processo.

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Trump diz tarifas. Países afetados dizem “exceção” e preparam medidas

  • Lusa e ECO
  • 9 Março 2018

As reações às tarifas sobre as importações de aço e alumínio anunciadas por Trump multiplicam-se por todo o mundo. Ao mesmo tempo que tentam dissuadir Trump, economias preparam a retaliação.

Todos querem ser exceção. Desde quinta-feira que vozes de todos os cantos do mundo — Alemanha, Coreia do Sul, Japão, Brasil e Argentina — afirmam que esperam não ser visados pela taxa de Trump sobre as importações de aço, avança a Reuters. Para já, só Canadá e México viram abertura da parte dos EUA para negociar a aplicação das tarifas. A União Europeia chama ao diálogo ao mesmo tempo que anuncia “medidas de reequilíbrio” prontas a usar “se necessário”. Da indústria chinesa veio o aviso mais claro: a retaliação pode verificar-se ao nível das importações de carvão dos EUA.

Os EUA são o maior importador de aço do mundo. Só em 2017, abriram as suas fronteiras a 35 milhões de toneladas deste material — e, agora, quer impor uma tarifa de 25% sobre estas importações e de 10% sobre as de alumínio. Canadá, Brasil e Coreia do Sul, são, por esta ordem, os maiores vendedores, mas deste lado do Atlântico também as grandes potências europeias e a própria UE se fazem ouvir — tal como a China, que já ameaça.

 

União Europeia planeia sem querer executar

Ainda não ouvimos informações sobre os critérios… Precisamos de dialogar com os EUA, anunciou o vice-presidente da Comissão Europeia, Jyrki Katainen. “Mas também continuaremos o nosso trabalho em medidas de reequilíbrio, esperando que não sejamos forçados a usá-las”. As declarações de Katainen surgem em perfeita sintonia com as do próprio presidente, Jean-Claude Juncker, em reação ao anúncio de Trump, a 1 de março.

A União Europeia “vai reagir firme e proporcionalmente para defender os seus interesses”, afirmou o presidente da Comissão Europeia, garantindo uma proposta de contramedidas. Foi a comissária europeia para o Comércio, Cecilia Malmstrom, que enumerou as possíveis medidas a serem tomadas pela União Europeia, que vão desde tarifas de salvaguarda até uma lista de produtos a taxar. Insistiu, contudo, no caráter indesejável da situação. “Esta não é a maneira certa de lidar com o assunto”, defendeu, e acrescentou: “Temos sido claros que estas medidas não respeitam as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), então recorreremos a este organismo, possivelmente com outros amigos. Teremos de proteger a nossa indústria com medidas de salvaguarda”.

A diretora geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, preferiu também realçar os riscos desta disputa. “Numa guerra comercial – que seria alimentada por uma argumentação sobre tarifas aduaneiras – ninguém ganha”. “Estamos bastante preocupados e defendemos um acordo entre as partes. Negociações e consensos”, disse ainda Christine Lagarde. Reconhece, inclusivamente, algum mérito aos motivos de Trump: “A China não é o único país” que não respeitam os acordos no quadro da Organização Mundial do Comércio, nota.

Alemães receiam “espiral de protecionismo”

“É protecionismo, é uma afronta aos parceiros estreitos que representam a União Europeia e a Alemanha e ao livre-câmbio”, denunciou a ministra da Economia alemã, Brigitte Zypries. “Trump está a barricar o seu país contra a opinião do seu partido, de numerosas empresas e de economistas”, adiantou a ministra no comunicado, prometendo “uma resposta clara, equilibrada e coordenada com a Comissão Europeia”.

A indústria alemã também não fica indiferente e alerta para uma “espiral de protecionismo” que pode advir da decisão de Trump. Apelam por este motivo que a União Europeia e o Governo germânico se mantenham fiéis ao comércio livre. Foram quatro os representantes da indústria alemã a insurgirem-se: o grupo de comércio DIHK, a associação de trabalhadores BDA, o industrial BDI e a German Confederation of Skilled Crafts (ZDH).

A Alemanha foi um dos países aos quais Trump apontou o dedo: “Se se olhar para a Nato, a Alemanha paga 1% e nós pagamos 4,2% do Produto Interno Bruto (PIB) muito mais elevado. Não é justo”, declarou o presidente norte-americano.

Reino Unido considera “absurdo”

O aço britânico tem sido utilizado para fornecer as forças militares norte-americanas. “Então, é absurdo a dobrar que fossemos visados numa investigação de segurança nacional“, disse o secretário de Estado para o Comércio britânico, Liam Fox, na BBC, referindo-se ao artigo 232 invocado por Trump para justificar as tarifas, e que faz referencia a ameaças à segurança nacional. “Podemos lidar multilateralmente com a sobreprodução de aço, mas esta é a forma errada de tratar do assunto”. Fox planeia levantar esta questão numa visita que tem agendada na próxima semana, em Washington.

China faz pontaria ao carvão

A resposta mais explícita veio da indústria metalúrgica chinesa, que apressou Pequim a atuar com a seguinte sugestão: atacar o setor do carvão e outros que sejam chave para o eleitorado de Trump. Os produtos eletrónicos também estão na lista de possíveis alvos. Pequim já havia prometido esta quinta-feira adotar uma “resposta adequada e necessária”. “Num mundo globalizado, quem recorre a uma guerra comercial está a seguir a receita errada”, afirmou Wang Yi, durante uma conferência de imprensa. “A História ensinou-nos que as guerras comerciais nunca são o caminho correto para a resolução de problemas”, acrescentou. O ministro do Comércio veio mais recentemente assegurar que a nação iria avaliar os potenciais prejuízos e “defender firmemente os direitos e interesses legítimos”.

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Portugal regressa ao mercado. Vai emitir dívida a 10 e 27 anos

O IGCP anunciou esta sexta-feira um leilão a dez anos e outro a 27 anos. Ao todo, a entidade liderada por Cristina Casalinho quer levantar 1,25 mil milhões de euros.

Portugal vai regressar aos mercados de dívida na próxima semana. Um dos leilões tem como maturidade 17 de outubro de 2028 e o outro 15 de fevereiro de 2045, ou seja, obrigações do Tesouro (OT) de muito longo prazo. O montante indicativo global é entre mil milhões de euros e 1.250 milhões de euros.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 14 de março, pelas 10h30, dois leilões das OT com maturidade em 17 de outubro de 2028 e 15 de fevereiro de 2045, com um montante indicativo global entre 1.000 e 1.250 milhões de euros”, anunciou o IGCP. O Estado pretende ir aos mercados arrecadar 15 mil milhões de euros em OT durante 2018.

A última vez que Portugal foi aos mercados para emitir dívida como maturidade em 2045 aconteceu em julho de 2017. Nessa emissão, o IGCP levantou 315 milhões de euros, pagando uma taxa de 3,977%.

Já o leilão a 10 anos é mais recorrente. A entidade liderada por Cristina Casalinho arrecadou 760 milhões de euros a 14 de fevereiro deste ano a uma taxa de 2,08%, um leilão a 10 anos.

No mercado secundário, a linha a 10 anos está a ser transacionada com uma taxa implícita de 1,85% e a linha a 30 anos — que serve de referência por aproximação para aquilo que se espera que seja o preço a pagar na próxima semana — está nos 2,88%.

 

Neste momento, os investidores continuam a exigir juros baixos nestas emissões de dívida feitas por soberanos, mas tal deverá mudar em breve. Ainda esta quinta-feira o Banco Central Europeu deixou de falar da possibilidade de aumentar os estímulos à Zona Euro no seu discurso. Mario Draghi abriu a porta ao arranque do período de normalização da política monetária.

(Notícia atualizada às 13h25 com mais informação)

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Marcelo Rebelo de Sousa: “Temos de continuar a crescer. Senão é difícil descer a dívida”

  • ECO
  • 9 Março 2018

Marcelo Rebelo de Sousa está a fazer o balanço dos primeiros dois anos de mandato. Diz que o país tem de “continuar a crescer, senão é muito difícil corrigir desigualdades”.

Há dois anos, no dia 9 de março de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa tomava posse como Presidente da República. Numa conferência de balanço, na sala de jantar do Palácio de Belém, Marcelo diz que “temos de continuar a crescer. Senão é muito difícil corrigir as desigualdades e manter o equilibro financeiro, externo e interno, e a dívida”. Para o futuro garante que vai manter o mesmo tipo de comportamento.

Afetos e análise a frio. São estes os dois elementos que Marcelo Rebelo de Sousa quer continuar a usar na sua presidência. Marcelo prometeu ser “frio a pensar”, mas também estar “muito próximo das pessoas em termos afetivos”. Dois anos após ter tomado posse, o Presidente da República assegura esta sexta-feira, em declarações transmitidas pela RTP3, que “o afeto estar presente não quer dizer que deixe de ter uma análise muito calma e serena do que se passa e daquilo que é fundamental”.

E o que é fundamental? Marcelo começa por dar prioridade às negociações com a União Europeia para o próximo quadro comunitário. “Temos de fazer tudo para que corra bem a negociação a nível europeu“, pediu, referindo que essa matéria fará “diferença a partir de 2021”. “Com que Europa podemos contar?”, questionou, assegurando que “isso pesa na nossa economia muito aberta e na nossa sociedade”.

Marcelo Rebelo de Sousa considera que Portugal continua a ser um país “muito desigual” e, por isso, tem de continuar a crescer para corrigir essas desigualdades. O Presidente da República argumenta que é necessário que a economia cresça mais para “manter o equilíbrio financeiro interno e externo” e, por fim, reduzir a dívida pública.

Aos partidos exige “entendimento mínimo” na posição sobre a Europa, sobre as calamidades públicas, a correção da desigualdade e as diferenças territoriais. Estes são os pontos onde Marcelo Rebelo de Sousa considera que é possível haver consenso neste período pré-eleitoral. “As clivagens dos partidos são tantas que não me parece provável que em seis meses, no período que vai até ao início do ano que vem, haja entendimentos” mais profundos, disse.

Mas o foco de Marcelo vai além da economia. O Presidente da República colocou a tónica também na confiança dos portugueses nas instituições. “O pior que pode acontecer numa sociedade é começar a haver uma sensação de desconfiança dos governados“, disse, assinalando que “isso é um apelo imediato aos populismos”, algo que ainda não chegou a Portugal porque “temos estado atentos”, argumentou.

Esta sexta-feira o primeiro-ministro deixou uma mensagem ao Presidente da República para o saudar no segundo aniversário da sua posse. “Saúdo o Presidente da República no segundo aniversário da sua posse, com votos da continuação de um mandato marcado pela proximidade aos cidadãos, a solidariedade institucional e a concórdia nacional“, escreveu António Costa.

(Notícia atualizada às 12h48)

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Despesas de Portugal com proteção social abaixo da média da zona euro

  • Lusa
  • 9 Março 2018

A proteção social em Portugal teve um peso de 40% no total de gastos do Estado com a administração pública, um valor abaixo da média dos países da zona euro e da UE.

As despesas do Estado português com a proteção social ficaram abaixo da média da zona euro e da União Europeia em 2016, mas representaram 18% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, indicou esta sexta-feira o Eurostat.

De acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia (UE), a proteção social constituiu o mais importante setor de despesas da administração pública em todos os Estados-membros, representando um peso de 20% na zona euro e de 19,1% na UE. Em Portugal, a proteção social teve um peso de 40% no total de gastos do Estado com a administração pública, também abaixo da média da zona euro (42,1%) e da UE (41,2%).

Entre os países comunitários, a Finlândia foi aquele que maior percentagem do PIB canalizou para a proteção social, num total de 25,6%, seguindo-se a França (24,4%) e a Dinamarca (23,4%), enquanto Portugal ficou nos 18%. No polo oposto, encontraram-se a Irlanda (9,9%), a Lituânia (11,2%) e a Roménia (11,6%).

Segundo os dados divulgados esta sexta-feira, em 2016, a maior fatia de despesas com proteção social em todos os Estados-membros pertenceu ao setor “velhice”, que compreende as reformas, com Portugal a gastar uma percentagem de 12,1% do PIB, acima de média da zona euro (10,8%) e da UE (10,2%).

As despesas das administrações públicas ligadas a esta área foram mais elevadas na Grécia (16% do PIB), na Finlândia (13,7%), em França e na Itália (13,5% cada), e mais baixas na Irlanda (3,5%) e na Lituânia (5,9%). No desdobramento das despesas totais das administrações públicas por funções, em Portugal os serviços gerais representaram o segundo maior gasto em percentagem do PIB (8,3%), seguindo-se as despesas com saúde (5,9%) e educação (4,9%).

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Bahamas e Ilhas Virgens vão para a lista negra da União Europeia

  • ECO
  • 9 Março 2018

Há mais três jurisdições a caminho da lista negra da União Europeia. Já a lista cinzenta contará com mais cinco jurisdições.

Os ministros das Finanças da União Europeia vão adicionar as Bahamas, as Ilhas Virgens Americanas e São Cristóvão e Nevis à lista negra dos offshores criada no final do ano passado, avança esta sexta-feira a Reuters. Esta lista tem sido alvo de várias revisões desde a sua criação, por exemplo, com a saída de Macau. Além da lista negra existe também uma lista cinzenta com muitas mais jurisdições.

A lista negra da União Europeia inclui neste momento nove jurisdições: Samoa Americana, Bahrein, Guão, Ilhas Marshall, Namíbia, Palau, Santa Lúcia, Samoa e Trindade e Tobago. A estas vão somar-se as três ilhas caribenhas Bahamas, as Ilhas Virgens Americanas e São Cristóvão e Nevis — territórios que podem vir a ser penalizados pela UE. A decisão oficial deverá sair da reunião do ECOFIN na próxima terça-feira em Bruxelas.

Além da lista negra, a UE elaborou também uma lista cinzenta com jurisdições que se comprometeram a cumprir os critérios exigidos em termos de legislação fiscal. A estas jurisdições serão adicionadas, segundo a Reuters, o território britânico Anguilla, as Ilhas Virgens Britânicas, e as ilhas de Dominica, Antigua e Barbuda.

Portugal será afetado também por estas decisões uma vez que a lista adotada pela União Europeia terá de ser incluída na legislação portuguesa que, a este nível, abrange mais países.

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As tecnologias ao serviço da gestão do alojamento local

  • ECO + PT EMPRESAS
  • 9 Março 2018

Gerir um negócio de Alojamento Local requer disponibilidade e dedicação. E as tecnologias, mais do que tudo, podem ser um elemento facilitador.

Em 2008, longe estavam as cidades de imaginar o poder que o decreto-lei n.º 39 de 07 de março lhes iria conferir. Foi este decreto que apresentou, pela primeira vez aos empreendedores portugueses, a figura do alojamento local. E toda uma nova dinâmica urbana parece ter tomado conta das cidades. Legislação para cá, estudos para lá e polémicas quanto baste deram corpo e alma a um enredo novelesco que mudou o ritmo e o cenário das urbes.

Tomemos como exemplo Lisboa. O impacto do Alojamento Local (AL) na economia da Área Metropolitana de Lisboa (AML) em 2016 superou os 1.660 milhões de euros, representando 1% do PIB gerado nesta região, de acordo com um estudo do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa.

Este resultado advém de um impacto direto de 285,9 milhões de euros, do alojamento e outras prestações de serviços, de um impacto indireto de 549,6 milhões, relativo aos gastos pelos turistas em AL, e de um impacto induzido de 829,8 milhões, considerando o efeito multiplicador na economia e nos setores a montante e gastos de colaboradores.

Feitas as contas, e considerando o somatório dos seus benefícios diretos e indiretos, o peso do AL no Turismo da AML em 2016 foi de 18,3%, representando o tal 1% do PIB gerado nesta região. E, tão ou mais importante do que tudo isto, o Alojamento Local, em 2016, foi responsável pela criação de 5.706 postos de trabalho diretos e 13.439 indiretos, tendo pago 51,4 milhões de euros em salários e retribuições.

O “segredo” do SOHO

Mas gerir um negócio de Alojamento Local não é como alugar uma casa por seis meses ou um ano a um único inquilino, onde as necessidades de deslocação e disponibilidade são mínimas. No alojamento de duração temporária, ou curta duração, é necessária dedicação, organização e claramente disponibilidade. E, obviamente, tecnologia. Ou melhor, é precisamente essa tecnologia que lhe vai permitir e garantir a disponibilidade e organização necessárias para responder às solicitações dos potenciais utilizadores dos espaços locais.

Assim, as empresas mais pequenas ou empreendedores organizados de forma individual, muito têm a lucrar da contratação de uma série de serviços prestados por operadores de Tecnologias de Informação, denominados “As a Service”, que poderão ajudar a tornar o negócio num verdadeiro escritório virtual. Hoje, com a convergência de pacotes de comunicações com “tudo incluído”, os negócios conseguem, a preços altamente competitivos e que antes apenas estavam disponíveis para grandes estruturas, adequar os serviços às suas necessidades, pagando apenas o que se consome e garantindo segurança, ferramentas de produtividade, colaboração, equipamentos e, não menos importante, suporte técnico a qualquer hora.

Cloud “forever”

Uma das características que a gestão do Alojamento Local requer é a tal disponibilidade para responder aos emails, aos comentários, críticas e mensagens deixados nas plataformas, onde a Airbnb ganha particular destaque. Daí que poder fazê-lo em qualquer lado e a qualquer hora é deveras importante, a não ser que queiramos ficar “refém” de um escritório físico. A mobilidade, hoje, impõe-se, pelo que o alojamento e as tecnologias em cloud podem ser um excelente aliado. O baixo custo de investimento, a possibilidade de escalar a disponibilidade de forma fácil e rápida e as garantias de performance e segurança são fatores que atraem os gestores para estas opções, seja em novas soluções de software ou migrando as plataformas existentes. Grande parte das empresas já adotaram soluções baseadas em cloud computing, sobretudo em algumas áreas como o email, backup e disaster recovery, CRM e alojamento de sites ou bases de dados.

Todas estas ferramentas contribuem para, de alguma forma, aumentar a popularidade do seu imóvel e, consequentemente manter os níveis de ocupação elevados, mesmo em época baixa. E comunique. Utilize todos os meios e mais alguns para comunicar.

E se não tem essa disponibilidade para o fazer, mesmo com a ajuda da tecnologia, o melhor é mesmo equacionar recorrer aos serviços de uma empresa especializada em Alojamento Local.

Razões para investir em AL

Vamos outra vez a contas. Imaginemos um T1 de 45 m2. Se o arrendarmos a cerca de 7.200/ano no mercado de arrendamento, sensivelmente 600 euros por mês, a mesma unidade, no mercado do turismo e com uma taxa de ocupação média de 50%, poderá facilmente chegar aos 11.700 euros por ano. Uma diferença significativa que não é contrariada pela tributação fiscal.

Explicado de uma forma mais ou menos simples, os rendimentos obtidos por esta atividade podem ser tributados através da categoria B, como trabalhador independente, ou pela categoria F. Se optar pela B (regime simplificado), paga impostos sobre 35% do valor recebido e os restantes 65% são consideradas despesa inerentes à atividade. Caso opte pela tributação pela categoria F, poderá optar por englobar os rendimentos ou tributar os rendimentos prediais à taxa de 28%.

Especialistas defendem que mesmo considerando custos de manutenção muito mais elevados, típico dos alojamentos de curta duração, as vantagens económicas para os proprietários do negócio do arrendamento local podem ser significativas.

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