Marcelo avalia aumento dos preços da EDP

  • Lusa e ECO
  • 6 Janeiro 2018

O Presidente poderá vir a pronunciar-se sobre o aumento dos preços da EDP, matéria que diz estar a estudar. Mas não quer comentar a notícia sobre o pedido de bilhetes ao Benfica por parte de Centeno.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou hoje que o aumento dos preços da eletricidade pela EDP no mercado livre é uma matéria que está a estudar e sobre a qual poderá vir a pronunciar-se.

“É uma matéria sobre a qual não me queria pronunciar já, uma vez que estou a estudá-la e a acompanhar o que se passa, porque ela é muito mais vasta e muito mais ampla. E quando tiver dados de facto para eventualmente me pronunciar, pronunciarei”, declarou o chefe de Estado, em resposta a questões dos jornalistas, na varanda do Palácio de Belém, em Lisboa.

 

Em 2018, no mercado livre, a EDP Comercial vai aumentar o preço da eletricidade em média 2,5% este ano.

Segundo o presidente da empresa, Miguel Stilwell, a principal razão para esta subida média de 2,5% das tarifas em 2018 é o “aumento de preços da energia no mercado grossista em 24% no último ano”, em grande parte devido à seca e ao incremento do preço do carvão.

 

Em outubro de 2017, a EDP Comercial era o principal operador no mercado livre de eletricidade em número de clientes (84% do total de clientes) e em consumos (cerca de 43% dos fornecimentos no mercado livre).

Na sequência deste aumento, que começou a ser comunicado aos clientes na quarta-feira, o Governo solicitou à Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) informação e análise sobre a existência de empresas em mercado livre a aumentar preços da eletricidade “em outras componentes que não a do custo unitário de energia”.

Marcelo não comenta pedido de Centeno ao Benfica

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava após ter ouvido cantar as Janeiras, em Dia de Reis, foi também questionado sobre a notícia do jornal ‘online’ Observador de que o ministro das Finanças pediu bilhetes ao Benfica para assistir a um jogo de futebol na bancada presidencial, mas recusou comentar este caso.

Interrogado sobre se vê razões para polémica nesse pedido do ministro Mário Centeno, o chefe de Estado disse: “Eu não vou comentar agora casos avulsos dessa natureza”.

Questionado sobre se considera que os responsáveis políticos devem ter este tipo de benesses, respondeu: “Não vou comentar uma matéria que, primeiro, é pontual, e relativamente à qual não tenho dados, de facto, para poder comentar”.

O Observador noticiou na sexta-feira que Mário Centeno “pediu lugares para si e para o filho para o Benfica-Porto da época passada”, disputado no dia 1 de abril de 2017, referindo que o gabinete do ministro das Finanças confirmou esse pedido de “dois lugares para a bancada presidencial” e justificou-o com razões de segurança.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

ISP, IVA e outros levam mais de metade de cada litro de combustível

Ano novo, preços mais altos... nos combustíveis. A fiscalidade agravou-se, colocando Portugal entre os países europeus que mais impostos cobra por cada litro abastecido.

Quase tudo ficou mais caro com a chegada do novo ano. Da água à luz e, claro, os combustíveis. Por causa da subida das cotações nos mercados internacionais, mas também devido ao agravamento da fiscalidade que recai sobre a gasolina e o gasóleo. O Imposto Sobre produtos Petrolíferos (ISP) foi atualizado à taxa de inflação esperada, levando o valor de venda a subir alguns cêntimos. Entre ISP e outros, mas também o IVA, bem mais de metade do que abastece de diesel vai para os cofres públicos. No caso da gasolina, os impostos levam quase dois terços do valor.

“No Orçamento do Estado para 2018 seguiu-se uma política de estabilização ao nível da tributação indireta, procedendo-se a uma mera atualização de taxas no que respeita aos impostos especiais de consumo, que foi efetuada tendo por referência o valor da inflação previsto. Importa, pois, proceder à atualização, ao nível da inflação, do valor das taxas de ISP a aplicar no ano de 2018 a estes produtos”, lê-se na portaria que entrou em vigor a 1 de janeiro.

Assim, e tendo em conta que a expectativa é de um aumento de 1,4% dos preços, a taxa do ISP aplicável à gasolina (com teor de chumbo igual ou inferior a 0,013 gramas por litro) é de 556,64 euros por 1.000 litros (0,556 euros por litro). No caso do gasóleo, a taxa de imposto é de 343,15 euros por 1.000 litros (0,343 euros por litro). E “mantém-se em vigor o adicional às taxas do ISP, no montante de 0,007 euros por litro para a gasolina e, no de 0,0035 euros por litro para o gasóleo”, além de outras taxas extra. O Governo estima arrecadar 3,553 mil milhões de euros, este ano.

"No Orçamento do Estado para 2018 seguiu-se uma política de estabilização ao nível da tributação indireta, procedendo-se a uma mera atualização de taxas no que respeita aos impostos especiais de consumo, que foi efetuada tendo por referência o valor da inflação previsto. Importa, pois, proceder à atualização, ao nível da inflação, do valor das taxas de ISP a aplicar no ano de 2018 a estes produtos.”

Governo

Perante esta atualização, como fica o peso da fiscalidade sobre os combustíveis? De acordo com os dados da Comissão Europeia, Portugal está à porta do top 10 na Europa. O país surge na 11ª posição, sempre ligeiramente abaixo da média dos 28 da União Europeia, bem como da média dos países da Zona Euro. Se no caso do gasóleo, a fiscalidade representa 55% do total pago pelos consumidores nos postos de abastecimento, no caso da gasolina a fatura é bem mais pesada.

Por cada litro de gasolina, praticamente 63% do custo são impostos, bem mais do que os 55% em Espanha — estando ao nível de países bem mais ricos, casos de França e Alemanha. Este peso reflete a manutenção do benefício fiscal dado ao gasóleo em detrimento da gasolina, combustível que é menos poluente. No ano passado, o Governo reduziu em dois cêntimos o ISP da gasolina, onerando noutros dois o gasóleo, apontando para o início do processo de harmonização fiscal, algo que este ano não prosseguiu.

Tendo em conta a elevada fiscalidade sobre a gasolina, os portugueses são dos europeus que mais pagam por cada litro nos postos de abastecimento. De acordo com os dados da Comissão Europeia, com um valor médio perto dos 1,50 euros por litro, Portugal está no quinto lugar do ranking, atrás da Holanda, Itália, Dinamarca e da Grécia. Na União Europeia, o valor médio está em 1,40 euros por cada litro, sendo de 1,36 euros entre os países que partilham a moeda única.

No caso do diesel, o valor de venda ao público é o oitavo mais alto no contexto europeu, com o valor de cerca de 1,30 euros a ficar bem aquém de valores acima dos 1,40 euros praticados na Suécia, Itália e no Reino Unido. A média europeia é de cerca de 1,25 euros, com Espanha a figurar entre os países com preços mais baixos. No país vizinho, o litro de gasóleo é vendido a cerca de 1,14 euros, já o litro de gasolina de 95 octanas é vendido a cerca de 1,24 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Financiamento dos partidos: Marcelo “feliz” porque todos compreenderam a mensagem

  • Lusa e ECO
  • 6 Janeiro 2018

O Presidente da República entende que o Parlamento "percebeu tudo" o que queria transmitir quando vetou as alterações ao financiamento dos partidos. Este sábado repetiu os pontos principais.

O Presidente da República considerou hoje que “todos perceberam” o que queria transmitir na sua mensagem à Assembleia da República que acompanhou o veto das alterações ao financiamento dos partidos e declarou-se feliz por isso.

“Como imaginam, não comento o que se passa nos trabalhos parlamentares, mas penso que o parlamento percebeu tudo o que eu queria transmitir na minha mensagem. Isso, naturalmente, deixa-me feliz”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na varanda do Palácio de Belém, em Lisboa, após ter ouvido cantar as janeiras, em Dia de Reis.

O chefe de Estado aproveitou, no entanto, para repetir os pontos principais da sua mensagem.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a Assembleia da República compreendeu que, no seu entender, “era fundamental reforçar o controlo do Tribunal Constitucional” e, por outro lado, que “não considerava que houvesse violação da Constituição”.

“Percebeu que eu não entendia que a minha opinião pessoal devesse prevalecer sobre a posição do parlamento, não fazia sentido. E percebeu também aquilo que eu considerava importante, que nalguns pontos da matéria era importante haver uma palavra escrita ou uma palavra dita que os portugueses pudessem entender como explicação do que se tinha passado”, completou.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, “todos perceberam isso”. “E, portanto, se perceberam, quer dizer que o objetivo da minha mensagem foi atingido”, considerou.

O diploma vetado pelo Presidente da República tinha sido aprovado no parlamento por PSD, PS, BE, PCP e PEV no dia 21 de dezembro, com votos contra de CDS-PP e PAN.

O chefe de Estado anunciou o seu veto na terça-feira, invocando a “ausência de fundamentação publicamente escrutinável quanto à mudança introduzida no modo de financiamento dos partidos políticos”.

Pacto de Justiça é muito positivo

Também hoje, o Presidente da República, considerou que o chamado Pacto de Justiça acordado entre os agentes judiciários é “muito positivo” e salientou que “nunca tinha acontecido em Portugal”.

“Eu ainda não o conheço em pormenor. Recebo no fim da semana que vem os parceiros da justiça, que certamente me virão trazer as várias propostas aprovadas, mas considero muito positivo, primeiro, o trabalho de um ano, depois, ter acontecido o que nunca tinha acontecido em Portugal”, declarou.

O chefe de Estado destacou o facto de ter havido acordo “quanto a pontos tão importantes quanto a organização dos tribunais, ou como o custo do acesso à justiça por parte dos portugueses, ou como a execução das sentenças dos tribunais e a cobrança de dívidas e a justiça económica”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Incêndios: indemnizações começam a ser pagas na próxima semana

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2018

Já estão concluídos 25 processos de indemnização relativos às vítimas mortais dos incêndios de 2017. Pagamento começará a ser feito na próxima semana, afirmou António Costa este sábado.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou hoje que já estão concluídos 25 processos de indemnização relativos às vítimas mortais dos incêndios de 2017 e que o pagamento será feito pelo Ministério das Finanças durante a próxima semana.

Em declarações aos jornalistas, no final de uma visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, António Costa disse que a provedora de Justiça, Maria Lúcia Amaral, fez chegar ao seu gabinete, na sexta-feira, “primeiro, de manhã, os primeiros 16 processos que estavam concluídos, e ao fim do dia mais nove processos que estão concluídos”.

“E foi proferido já o despacho para se proceder ao pagamento por parte do Ministério das Finanças, que ocorrerá durante a próxima semana, e, em segundo lugar, para a senhora ministra da Justiça transmitir à senhora procuradora-geral da República esses processos para eventual exercício do direito de regresso”, acrescentou.

António Costa explicou que o direito de regresso será exercido “se vierem a ser identificadas responsabilidades que possam levar o Estado a exigir o direito de regresso destas indemnizações que adianta”.

O primeiro-ministro disse que estes 25 processos concluídos são relativos “a 25 vítimas mortais”.

Questionado sobre os valores já aprovados, respondeu que “essas informações serão transmitidas exclusivamente pela senhora provedora de Justiça”, porque assim ficou estabelecido.

A Provedoria de Justiça fixa os montantes e o Governo procede ao pagamento, salientou António Costa: “A nós cumpre-nos exclusivamente executar aquilo que foi determinado pela senhora provedora e é isso que faremos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Operação Marquês: MP pede ao tribunal que decida data de início de instrução só no dia 19

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2018

Alegando que a entrega de ficheiros informáticos de prova aos arguidos é demorada, MP solicitou ao tribunal que só no dia 19 decida o início da contagem do prazo para a abertura de instrução.

O Ministério Público solicitou ao tribunal que só no dia 19 decida o início da contagem do prazo para a abertura de instrução da ‘Operação Marquês’, alegando que a entrega de ficheiros informáticos de prova aos arguidos é demorada.

Num esclarecimento publicado na página na internet, o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) explica que a entrega dos ficheiros informáticos de prova aos arguidos é uma “tarefa morosa, atendendo à dimensão da prova a copiar e também ao facto de os pedidos dos diversos arguidos não serem coincidentes”.

“Não está ainda cumprida a autorizada entrega das cópias informáticas a alguns dos arguidos, sendo previsível que esses trabalhos estejam concluídos até 19 de janeiro”, lê-se na nota.

Assim, o DCIAP solicitou ao Tribunal Central de Instrução Criminal “que seja diferida para 19 de janeiro a decisão da fixação do prazo para ser requerida a abertura da instrução […] por subsistir a verificação de justo impedimento”.

O juiz Carlos Alexandre decidiu que a definição do prazo para que os arguidos requeressem a abertura da instrução (fase facultativa do processo) pressupunha o “cumprimento de todos os despachos que autorizam a entrega de cópias de elementos informáticos aos arguidos”, refere a nota.

O primo do antigo primeiro-ministro José Sócrates, José Paulo Pinto de Sousa, foi o último dos 28 arguidos a ser notificado da acusação de dois crimes de branqueamento de capitais, a 24 de novembro.

A ‘Operação Marquês’ tem 28 arguidos acusados18 pessoas e nove empresas -– e está relacionada com a prática de quase duas centenas de crimes económico-financeiros.

O antigo primeiro-ministro está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no GES e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da CGD ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

Além de Sócrates, estão acusados o empresário Carlos Santos Silva, amigo de longa data e alegado testa de ferro do antigo primeiro-ministro, o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, os antigos administradores da PT Henrique Granadeiro e Zeinal Bava e o ex-ministro e antigo administrador da CGD Armando Vara, entre outros.

A acusação deduziu também um pedido de indemnização cível a favor do Estado de 58 milhões de euros a pagar por José Sócrates, Ricardo Salgado, Carlos Santos Silva, Armando Vara, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava e outros arguidos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trump diz que é um “génio muito estável” depois de publicado livro polémico

  • ECO
  • 6 Janeiro 2018

Publicado o livro que questiona as suas capacidades como presidente dos Estados Unidos, Trump diz que a "estabilidade mental" e o facto de ser "muito esperto" são as suas grandes características.

Um dia depois de ter sido publicado o livro que questiona a sua capacidade para liderar os destinos dos Estados Unidos, Donald Trump usou as redes sociais para se definir como um “génio muito estável”.

O comentário, deixado na manhã deste sábado no Twitter, não passou despercebido. O presidente Trump afirma que, na sua vida, as suas duas grandes características passam pela “estabilidade mental” e pelo facto de ser “muito esperto”. E nota que passou de empresário muito bem sucedido a estrela de televisão e daí a presidente dos Estados Unidos, logo na primeira tentativa. “Penso que isso me qualificaria não como esperto, mas génio” e um génio “muito estável”, afirmou.

Comentários que se seguem à publicação do livro “Fire and Fury”, de Michael Wolff, que aponta para o caos e a incompetência na Casa Branca, escreve a Bloomberg. O autor do livro já disse, em entrevista à NBC, que “100% das pessoas” que trabalham com Trump questionam a sua inteligência e a sua capacidade para o cargo.

No Twitter, Trump sublinha que os Democratas e os media de “notícias falsas” estão agora a mudar de histórias “sobre a colusão russa” para se focarem nas suas capacidades para o cargo.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prendas pelo caminho? Transportadoras falham entregas. No caso dos CTT, há reembolsos

  • ECO
  • 6 Janeiro 2018

As reclamações têm chovido na Internet nas últimas semanas. Os CTT garantem o reembolso dos portes de envio para os clientes que não tenham recebido as suas encomendas, conforme estipulado.

Se encomendou os seus presentes online este Natal e ainda não chegou nada à sua caixa do correio, saiba que não é o único. É um entre as centenas de pessoas que foram afetadas pelos atrasos das transportadoras, motivado pelo aumento das compras a partir da Internet na época natalícia. A Seur, a DHL e a MRW, todas responsáveis pelo transporte de mercadorias para a Amazon a partir de Espanha, são apenas alguns dos alvos das queixas dos consumidores. Os CTT também não escapam. Para compensar o prejuízo, vão devolver o valor dos portes.

As empresas de transporte de encomendas receberam mais 212% de reclamações entre outubro e 14 de dezembro, face ao período homólogo de 2016. Trata-se de um total de 2.165 queixas, na sua maioria relacionadas com atrasos nas entregas, problemas no apoio ao cliente, entregas falhadas, dificuldades de contacto com os clientes e entregas danificadas, avança o Portal da Queixa. Só nos primeiros 14 dias de dezembro, o portal recebeu mais de 500 reclamações. Em causa estão atrasos nas encomendas, que não chegaram a tempo do Natal.

Quem registou mais queixas entre outubro e 14 de dezembro?

  1. CTT – 964
  2. GLS – 257
  3. Chronopost – 173
  4. Seur – 152
  5. MRW – 88
  6. DHL – 37

Por que reclamam os portugueses?

A Seur, empresa responsável pelo transporte de encomendas em envio regular a partir da Amazon em Espanha, regista um total de 546 reclamações desde que há registo no Portal da Queixa. Em causa estão informações erradas no rastreamento das encomendas, que são dadas como entregues e na verdade ainda não viram a caixa de correio do destinatário. A Seur é ainda acusada de um mau serviço ao cliente, com uma linha telefónica que entrega os clientes a um atendedor automático durante largos minutos ou até horas, e quando a chamada é reencaminhada para um operador, a ligação é cortada.

A Chronopost, responsável pelos serviços da Seur em Portugal, tem vindo a receber um crescendo de queixas no mesmo portal desde setembro. No Facebook, as críticas dos consumidores tomam um tom mais alarmante, como é o caso de um cliente, que chega a queixar-se de ter sido bloqueado pela empresa de transporte de mercadorias na rede social:

Também no Facebook, um outro cliente enviou uma fotografia onde mostra ter esperado quase meia hora para ser atendido por um funcionário da Chronopost, através de uma linha telefónica de valor acrescentado.

Embora a GLS não permita a publicação por outros na sua página no Facebook, foram os próprios clientes insatisfeitos que se juntaram e criaram a página Não à operação da GLS em Portugal. A página, segundo consta, pretende reportar as situações de má conduta da transportadora internacional. No portal da queixa, a GLS soma já 1143 reclamações. Encomendas que não chegam a passar nos destinos e um número de apoio ao cliente indisponível são apenas algumas das situações reportadas.

A última coisa que se espera de um serviço de transporte urgente de mercadorias é um atraso na entrega. Pois é nesse sentido que apontam as recentes queixas da MRW. No mesmo portal, uma das mais recentes denúncias data de 23 de dezembro. Em questão está uma encomenda efetuada a no dia 20, com previsão de chegada para o dia seguinte. No dia em que descreve a situação, o queixoso afirma, a partir da morada indicada, que recebeu uma mensagem a informar que a encomenda já tinha sido entregue sem, na verdade, ter recebido qualquer mercadoria.

Destino da entrega: “um carro branco”

A DHL é alvo de críticas relacionadas com os preços de desalfandegamento. Os clientes não são notificados dos custos acrescidos impostos pela transportadora, e na hora da entrega são surpreendidos com quantias extra de, no mínimo, 30 euros.

Contudo, o caso mais gritante relacionado com a DHL é relatado a 20 de dezembro. O cliente refere que foi surpreendido com uma notificação de que a sua encomenda tinha sido entregue no destino onde, na realidade, não se encontrava ninguém para a receber. Ao contactar a empresa de transporte de mercadorias, o queixoso cita a seguinte resposta: “…informamos que o motorista indicou que entregou a sua encomenda ao vizinho da frente, da sua morada, indicou ainda que o Sr. tinha um carro branco”. O e-mail da transportadora continha ainda uma cópia da fatura, com uma assinatura falsificada do cliente em questão.

O cliente afirma ter sido vítima de um furto que a DHL não reconhece. “Na ausência de resposta, resta-me apresentar queixa contra a DHL na PSP, por furto no valor de 385 euros e crime de falsificação de assinatura, queixa na Anacom por incumprimento das obrigações da empresa, e aguardar o desfecho”, termina assim a denúncia.

Um tsunami de consumo acima do esperado

Apesar dos preparativos para a quadra natalícia com três meses de antecedência, a SEUR afirma que as previsões de crescimento da atividade em 20% foram “amplamente excedidas”, afirma Mónica Rufino, diretora geral da transportadora em Portugal.

Em causa, refere, estão “promoções mais agressivas e de duração alargada, face anos anteriores”. A região de Lisboa foi a que registou um maior aumento da atividade em toda a península ibérica, com uma subida de 95%, acima do esperado, refere.

"Este enquadramento provocou um aumento generalizado da atividade para todo o setor de transporte urgente, com um caráter absolutamente excecional especialmente na região de Lisboa, que cresceu mais de 95% da média do ano.”

Mónica Rufino

Diretora geral da SEUR Portugal

De modo a fazer frente a esta situação, a transportadora garante que já contratou mais de 60 profissionais na área da distribuição, “representando um aumento de 20% em relação à força de trabalho usual”. Reforço é também a palavra de ordem no serviço ao cliente, quer seja por telefone ou pelas redes sociais, bem como nas entregas, que passarão a ser feitas nos feriados. Contudo, ressalva que as novas contratações pressupõem um período de formação, pelo que a resposta não será “tão imediata quanto o desejado”.

A Amazon também se pronunciou sobre a situação. Em resposta ao ECO, o retalhista admite que algumas encomendas “podem atrasar-se para além do normal”. “Os clientes podem obter informação sobre o tempo de entrega no momento da compra e posteriormente acompanhar o seguimento do envio”, acrescenta.

O ECO tentou contactar a UPS, mas a empresa apenas forneceu um endereço de e-mail que não funciona. Após várias tentativas, o e-mail com as questões destinadas à empresa acabaram por retornar com uma mensagem de erro.

Já no caso da GLS, a empresa foi contactada por telefone várias vezes. Quer na linha para obter “outras informações”, quer para saber o estado de uma encomenda, as chamadas nunca chegaram a ser atendidas. O tempo de espera “preso” a um atendedor automático chegou a ultrapassar meia hora.

Em resposta às questões enviadas pelo ECO, os CTT afirmam que “reforçaram e alargaram a sua capacidade de resposta nos vários períodos de distribuição, inclusivamente aos sábados durante todo o dia e no dia 24 de dezembro”. De forma a compensar os consumidores lesados, o serviço de correios garante o reembolso dos custos dos portes de envio.

"O serviço CTT Expresso garante a política de money back guarantee, assegurando que os clientes cujas entregas possam não ter cumprido os padrões contratados por sua responsabilidade, sejam reembolsados com o valor pago relativo aos portes.”

CTT

Já a DHL e a MRW foram igualmente contactadas, mas não forneceram respostas em tempo útil.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Veto à lei de financiamento dos partidos: “Assembleia resolverá isso com certeza”, diz Costa

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2018

António Costa ainda não tinha comentado o veto presidencial às alterações à lei do financiamento dos partidos e este sábado também não quis alongar-se no assunto. "Isso já foi há tanto tempo", disse.

O primeiro-ministro desdramatizou hoje o veto do Presidente da República às alterações à lei do financiamento dos partidos aprovadas no parlamento, manifestando-se confiante de que “a Assembleia resolverá isso com certeza”.

António Costa, que ainda não tinha comentado o veto presidencial anunciado na terça-feira, foi questionado sobre a decisão de Marcelo Rebelo de Sousa à saída de uma visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, e não quis alongar-se no assunto.

“Isso já foi há tanto tempo”, respondeu o primeiro-ministro aos jornalistas, acrescentando apenas: “A Assembleia resolverá isso com certeza”.

O diploma em causa foi aprovado no parlamento por PSD, PS, BE, PCP e PEV a 21 de dezembro, com votos contra de CDS-PP e PAN.

O chefe de Estado vetou-o invocando a “ausência de fundamentação publicamente escrutinável” no caso das normas que põem fim ao limite fixado para a angariação de fundos e isentam de IVA todas as aquisições de bens e serviços pelos partidos para a sua atividade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa diz que se Centeno pediu bilhetes ao Benfica, “certamente tinha boas razões”

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2018

António Costa defendeu este sábado que "não há polémica nenhuma". Se o ministro das Finanças pediu bilhetes ao Benfica para assistir a um jogo na bancada presidencial, "certamente tinha boas razões".

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu hoje que se o ministro das Finanças, Mário Centeno, pediu bilhetes ao Benfica para assistir a um jogo de futebol na bancada presidencial, “certamente tinha boas razões” para isso.

Em declarações aos jornalistas, à saída de uma visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, António Costa considerou que “não há polémica nenhuma” nessa notícia, avançada na sexta-feira pelo jornal ‘online’ Observador.

“Não há polémica nenhuma. Se o fez, é porque certamente tinha boas razões para o fazer”, afirmou o primeiro-ministro.

O Observador noticiou na sexta-feira que Mário Centeno “pediu lugares para si e para o filho para o Benfica-Porto da época passada”, disputado a 1 de abril de 2017, tendo o gabinete do ministro das Finanças confirmado esse pedido de “dois lugares para a bancada presidencial”, que justificou com razões de segurança.

“O pedido, apurou o Observador, foi feito através do assessor diplomático do ministro das Finanças e incluía um segundo lugar naquela bancada, que seria para o filho de Centeno, um pedido que pode configurar recebimento indevido de vantagem ou colidir com o Código de Conduta do Governo”, lê-se na notícia.

Segundo o esclarecimento do gabinete de Mário Centeno, “a notoriedade pública” do ministro “coloca exigências à sua participação em eventos públicos como jogos de futebol no que concerne a garantir a sua segurança pessoal” e “foi neste contexto que foram solicitados dois acessos” à bancada presidencial do estádio do Benfica para o jogo de 1 de abril de 2017.

“Os acessos em causa, que eram para assistir ao jogo na tribuna presidencial, não são comercializáveis, pelo que não têm um preço de venda definido”, lê-se ainda no esclarecimento do gabinete do ministro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primeiro-ministro lamenta “atitude hostil” da EDP para com o atual Governo

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2018

António Costa afirmou este sábado que a EDP tem uma "atitude hostil" com o Executivo em funções, considerando, aliás, que isso configura "uma alteração da política que tinha com o anterior Governo".

O primeiro-ministro considerou hoje que a EDP tem mantido uma “atitude hostil” em relação ao atual Governo, o que lamentou, afirmando que representa “uma alteração da política” que tinha com o anterior executivo PSD/CDS-PP.

António Costa assumiu esta posição no final de uma visita ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em declarações aos jornalistas, que o questionaram sobre a notícia de que a EDP se vai juntar à Galp e deixar de pagar a contribuição extraordinária sobre o setor energético.

“Eu não vou comentar. Só lamento a atitude hostil que a EDP tem mantido e que representa, aliás, uma alteração da política que tinha com o anterior Governo”, respondeu o primeiro-ministro.

A notícia de que EDP decidiu deixar de pagar a contribuição extraordinária sobre o setor energético foi avançada na sexta-feira pelo jornal ‘online’ Observador.

Segundo o Observador, em causa “cerca de 69 milhões de euros devidos em 2017 que assim se somam aos valores que já estavam por cobrar desta contribuição sobre as grandes empresas de energia”.

“Galp, EDP e REN têm contestado cobrança nos tribunais, pondo em causa a sua legalidade”, refere o jornal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo acredita em acordo na Autoeuropa

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2018

Com base nos dados que tem e na “experiência do passado”, o ministro do Trabalho mostra-se convicto num novo acordo entre os trabalhadores e a administração da Autoeuropa.

O ministro do Trabalho, José Vieira da Silva, confia num novo acordo entre os trabalhadores e a administração da Autoeuropa, fábrica do grupo Volkswagen, com base nos dados que tem e na “experiência do passado”.

“Com os dados que tenho e com a experiência do passado acho que vai acabar por acontecer um novo acordo entre os trabalhadores e a administração” da fábrica localizada em Palmela, referiu o governante, em entrevista à Antena 1, que será transmitida a partir das 12:00 de hoje.

Vieira da Silva afirmou perceber as razões de ambos, comentando que um aumento na produção de “800 carros num dia é uma mudança de escala com impacto não apenas na Autoeuropa, mas também no ecossistema” em redor da fábrica.

Com o aumento de escala, devido à produção do modelo da Volkswagen T-Roc, a fábrica já contratou mais dois mil trabalhadores e “há mais umas centenas previstos para a escala de produção”, disse.

“Ora, se se tornar impossível responder a esta escala, a empresa continuará a ser muito importante, mas não se posicionará para o futuro com a mesma robustez que poderia fazer”, acrescentou Vieira da Silva.

Depois da rejeição de dois pré-acordos sobre os novos horários negociados previamente com os representantes dos trabalhadores, a administração da Autoeuropa anunciou a imposição de um novo horário transitório, para vigorar no primeiro semestre de 2018, e a intenção de dialogar com a Comissão de Trabalhadores (CT) no que respeita ao horário de laboração contínua, que deverá ser implementado em agosto, depois do período de férias.

O novo horário transitório, que entra em vigor nos últimos dias deste mês, com 17 turnos semanais, prevê o pagamento dos sábados a 100%, equivalente ao pagamento como trabalho extraordinário, acrescidos de mais 25%, caso sejam cumpridos os objetivos de produção trimestrais.

Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram em dezembro uma proposta para uma greve de dois dias, em 2 e 3 fevereiro.

A CT e a administração têm uma reunião sobre os novos horários marcada para terça-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Incubadora de empresas Startup Angra, nos Açores, acolhe 30 projetos

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2018

Incubadora de empresas StartUp Angra, na ilha Terceira, foi inaugurada há seis meses, mas o regulamento só agora foi publicado no Jornal Oficial.

A incubadora de empresas StartUp Angra, na ilha Terceira, nos Açores, foi inaugurada há seis meses, mas só agora chegou a uma fase de formalização de funcionamento, contando já com três dezenas de projetos.

“Estamos com cerca de 30 projetos, alguns deles com empresa criada, mas a maior parte ainda em fase de desenvolvimento da ideia de negócio”, adiantou à agência Lusa Guido Teles, vereador da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, que gere a StartUp Angra.

Instalada na antiga Casa do Capitão Donatário, junto ao futuro Centro Interpretativo de Angra do Heroísmo, a incubadora de empresas ganhou um espaço físico em julho, mas só esta semana foi publicado em Jornal Oficial o seu regulamento e os cerca de 30 projetos já ligados à StartUp Angra terão de apresentar também a sua candidatura.

“Com a aprovação do regulamento da incubadora e com a sua publicação agora, o que nós pretendemos no fundo é fazer um ponto de situação do que foi desenvolvido até agora e formalizar as regras de funcionamento e as regras de acesso, bem como os preços praticados, que serão aprovados em reunião de câmara”, adiantou Guido Teles.

Segundo o vereador, os valores cobrados ficarão “um pouco abaixo daquilo que é praticado em grande parte das incubadoras no país”, tendo em conta as especificidades da região.

A StartUp Angra arrancou com 13 projetos, oito dos quais provenientes do programa Ideia Jovem Invest, desenvolvido em parceria com o Governo Regional e destinado a jovens em situação de desemprego de longo prazo.

“Tentámos, através desse tipo de serviços, atrair pessoas que tinham algumas ideias de negócios interessantes, mas que nunca tinha avançado, porque não tinham as condições ideais para esse arranque”, disse Guido Teles, realçando que, para além do apoio no acesso a financiamento, a incubadora presta consultadoria jurídica e económica, através de uma parceria com a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo.

Atualmente, a incubadora tem os quatro gabinetes individuais preenchidos e algumas vagas disponíveis entre os 12 espaços de dois metros quadrados que compõem a sala comum.

No entanto, para o vereador da autarquia de Angra do Heroísmo a falta de espaço não é uma preocupação, já que o parque de ciência e tecnologia do concelho, construído pelo Governo Regional, deverá estar pronto “no primeiro trimestre de 2018”.

“Caso haja um aumento de procura por parte das empresas, existirá em poucos meses um novo espaço com mais postos disponíveis onde se poderão instalar”, salientou.

Segundo Guido Teles, as duas infraestruturas estarão ligadas e a incubadora, como iniciou atividade mais cedo, deverá alimentar numa fase inicial o parque com alguns projetos.

Quando o espaço físico foi inaugurado, a StartUp Angra contava com 50 projetos de incubação física e virtual, a maior parte em fase de pré-incubação, ainda em preparação da ideia de negócio, mas cerca de uma dezena já tinha a empresa constituída.

Nem todos os projetos tiveram continuidade, mas dos cerca de 30 que se mantêm, sobretudo nas áreas do turismo, da indústria e das novas tecnologias, Guido Teles acredita que há “projetos interessantes”, capazes de evoluir.

“Eu considero que qualquer concelho neste momento necessita deste tipo de facilitadores para o arranque dos negócios. O que se verifica em vários países – e Portugal é um dos principais exemplos disso – é que as incubadoras e as ‘start ups’ são cada vez mais relevantes no que diz respeito ao peso do crescimento económico que tem existido”, frisou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.