Saída da crise e rigor orçamental superaram expectativas em 2018
"O cuidado com a dívida pública, o crescimento, o emprego, a estabilidade governativa, a credibilidade económica e financeira externa" superaram as expectativas, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República considerou esta segunda-feira que a saída da crise, o rigor orçamental, a gestão da dívida pública, o crescimento e o emprego “superaram as expectativas” em 2018 e que Portugal constitui atualmente “uma referência internacional”.
Marcelo Rebelo de Sousa falava no Palácio da Ajuda, em Lisboa, na tradicional cerimónia de apresentação de cumprimentos de ano novo pelo corpo diplomático acreditado em Portugal, num balanço da situação interna. “Olhando para o ano de 2018, podemos dizer com justiça que, nele, superaram as expectativas a saída da crise, o rigor orçamental, o cuidado com a dívida pública, o crescimento, o emprego, a estabilidade governativa, a credibilidade económica e financeira externa”, declarou.
No seu entender, “o peso nos ‘fora’ mais variado, a resiliência da rede de solidariedade social, e ainda sucessos de tomo como a Web Summit por mais dez anos, a qualificação do turismo, as novas gerações de exportações, a atratividade de pessoas e investimentos vindos de economias de peso” também “superaram as expectativas” no ano passado.
“Ao mesmo tempo, toda a atenção tem sido pouca à necessidade da inversão demográfica, à atualização de certas instituições, à construção de consensos explícitos de regime, à prevenção de apelos antissistémicos tão sedutores um pouco por toda a parte”, advertiu, em seguida. Segundo o chefe de Estado, em resumo, “Portugal é hoje uma referência internacional, e tudo faz e deve fazer para que nada limite o que constitui uma posição singular que importa manter e reforçar”.
Antes, discursou o núncio apostólico em Portugal, Rino Passigato, decano do corpo diplomático, que disse que “todo o mundo está enamorado de Portugal” e mencionou que o país registou “um número recorde de visitas de chefes de Estado e de Governo estrangeiros” em 2018: “Dois reis, seis presidentes da República, um governador-geral, 16 primeiros-ministros e chefes de organizações internacionais, uma dúzia de ministros dos Negócios Estrangeiros”.
De acordo com o embaixador da Santa Sé, tendo em conta o contexto global, “Portugal relativamente está bem, sobretudo quando tudo está como está, mantém-se unido e estável”. Referindo que 2019 é ano eleitoral em Portugal, Rino Passigato acrescentou que, “mantendo absoluta neutralidade, os representantes de países amigos acompanham com interesse e confiam na maturidade da democracia portuguesa e dos seus cidadãos”.
No início do seu discurso, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu as palavras do núncio apostólico e fez alusão à sua visita ao Panamá, no final deste mês, para participar na 34.ª Jornada Mundial da Juventude, um encontro de jovens católicos, com o papa Francisco. O Presidente da República lembrou as visitas passadas dos papas Bento XVI e Francisco a Portugal e manifestou “a esperança de uma boa notícia” nesse encontro “com a juventude de todos os cantos da terra” no Panamá.
Relativamente às relações internacionais no ano que passou, o chefe de Estado destacou, entre outros, os seus encontros com os presidentes dos Estados Unidos da América, da Federação Russa e a visita de Estado do Presidente da República Popular da China a Portugal. Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que em 2018 se confirmou “o papel crescentemente ativo de Portugal”, que prossegue “uma política externa caracterizada pela continuidade e pela unidade” e se assume como “ponte à escala continental e universal”.
(Notícia atualizada às 21h11 com mais informação)
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