“Dececionante evolução da indústria” trava economia alemã. Produção automóvel está “débil”
A economia alemã não regressou, como se esperava, ao forte ritmo de expansão no primeiro semestre. A "debilidade" do setor automóvel está a pesar sobre a economia.
O Bundesbank considera que a debilidade da produção do setor automobilístico se está a prolongar mais do que o esperado e só se normalizou de forma “muito vacilante”, depois das significativas quedas do verão.
No boletim mensal de janeiro, publicado esta segunda-feira, o banco central alemão afirma que a economia alemã cresceu de novo no quarto trimestre de 2018, mas de forma contida, devido à “dececionante evolução da indústria”. Não se alcançou o regresso que se esperava ao forte ritmo de expansão do primeiro semestre depois da travagem que a economia alemã sofreu no trimestre estival, adianta a instituição.
A produção industrial da Alemanha contraiu-se em novembro 1,75% face ao mês anterior, adianta o Bundesbank. “O recuo produziu-se de forma ampla em todos os setores”, segundo os economistas do banco central. A entrada de encomendas à indústria alemã também recuou significativamente em novembro, designadamente 1% face a outubro.
O Bundesbank sublinha que no setor automobilístico a debilidade da produção se está a prolongar mais do que o esperado e que se está a normalizar de forma “muito vacilante”, depois das quedas significativas nos meses de verão devido à adoção de novos testes de homologação. Os indicadores conjunturais, a entrada de encomendas e as novas matrículas indicam que a produção automobilística será maior em breve, adianta.
Contudo, a produção de automóveis foi em dezembro último apenas um pouco mais elevada em novembro e significativamente mais baixa do que em dezembro de 2017, segundo a associação alemã da indústria automóvel.
Noutros setores industriais a produção recuou fortemente em novembro fazendo com o Bundesbank preveja uma “queda significativa” da produção industrial no quarto trimestre.
No entanto, a economia alemã registou impulsos positivos do consumo privado porque a situação do mercado laboral na Alemanha é muito boa e os salários subiram, sublinha.
O Bundesbank assegura que estes são os elementos que explicam o forte aumento das vendas a retalho em novembro na Alemanha.
O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha cresceu 1,5% em 2018, face a 2017, ano em que tinha crescido 2,2%.
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