Banco CTT atira para Bruxelas eventual nacionalização dos correios
O facto dos CTT terem uma licença bancária obrigaria a que Bruxelas fosse chamada a autorizar eventual processo de nacionalização. Reversão da privatização é pedida por alguns setores do PS.
Uma eventual reversão da privatização dos CTT, como defendem alguns membros do PS, entre os quais o líder da distrital do Porto, Manuel Pizarro, teria que ter o aval de Bruxelas. Em causa está o Banco CTT.
Segundo o Público (acesso condicionado), que cita o coordenador da bancada parlamentar do PS para os assuntos económicos, Carlos Pereira, a entrada de dinheiro no capital dos CTT precisaria de uma autorização das entidades europeias, porque a injeção de dinheiros públicos num banco só pode ocorrer em circunstâncias especiais.
“À partida, teria que ser este o procedimento, o que se traduz num constrangimento muito grande. Seria muito complicado, quase impossível”, explica o deputado.
Aliás, Carlos Pereira recusou-se a afirmar se é ou não defensor da nacionalização, dizendo apenas “a questão que se coloca não é se somos ou não favoráveis, mas se temos condições para isso“.
A questão da nacionalização dos CTT, surgiu depois de vários membros do PS, se terem juntado ao Bloco de Esquerda e ao PCP, a pedir a reversão da privatização. Manuel Pizarro, ainda esta segunda-feira, em declarações ao ECO, adiantava que a continuar assim “arriscámo-nos a não ter CTT num futuro próximo”.
Ainda assim, Manuel Pizarro não defende a nacionalização dos CTT, mas sim uma entrada no capital da empresa por parte do Estado, de modo a assegurar o serviço postal universal de forma mais eficiente.
Os CTT foram privatizados pelo governo de Passos Coelho, em 2013, sendo que a atual concessão do serviço postal universal termina em 2020.
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