Tesouro captou 1.316 milhões em certificados. Foi mais do que previa
A meta do Executivo era captar mil milhões de euros, em 2018, através das aplicações em certificados. Subida acima do previsto deveu-se ao crescimento do investimento em certificados do Tesouro.
O Tesouro superou o objetivo de captação de poupanças das famílias através do investimento em certificados, em 2018. O investimento nestes produtos de poupança do Estado cresceu 1.316 milhões de euros, acima dos mil milhões de euros pretendidos para a totalidade do ano, mostram dados divulgados pelo Banco de Portugal nesta terça-feira. As aplicações em certificados do Tesouro justificam esta evolução.
Segundo o Boletim Estatístico de janeiro do Banco de Portugal, o investimento em certificados do Tesouro aumentou 100 milhões de euros no último mês do ano passado, montante que permite elevar para 1.385 milhões o valor angariado através deste produto de poupança na totalidade do ano.
Este montante supera em 635 milhões de euros, os 750 milhões que o executivo de António Costa tinha previsto angariar através dos Certificados do Tesouro Poupança Crescimento.
Evolução do investimento em certificados
Fonte: Banco de Portugal
Aquém do previsto ficou o montante captado através de certificados de Aforro na totalidade do ano. O objetivo previsto no Orçamento do Estado de 2018 era angariar 250 milhões de euros através do mais antigo produto de poupança do Estado. Mas o saldo anual acabou por ser negativo. O investimento em certificados de Aforro encolheu em 69 milhões de euros na totalidade do ano passado.
Algo que não surpreende já que à exceção dos últimos dois meses de 2018, período em que o investimento aumentou, os certificados de Aforro perdem dinheiro desde novembro de 2016. Quebras que têm resultado da fraca atratividade da rentabilidade oferecida nas novas aplicações neste produto.
Retalho deu mais 566 milhões que o esperado
Se formos somar os 1.316 milhões de euros que entraram para os certificados aos mil milhões de euros investidos em Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), na totalidade do ano o Tesouro captou 2.316 milhões de euros junto do retalho. Ou seja, 566 milhões de euros acima do objetivo traçado para o ano.
Ao contrário do que tem acontecido ao longo dos últimos anos, este ano o Estado antecipa uma procura líquida negativa em mil milhões de euros para os certificados. Tal é antecipado face às amortizações de 2.900 milhões de euros de que deverão ser alvo os primeiros Certificados do Tesouro Poupança Mais que vencem este ano.
A expectativa do Governo é de que essa perda venha a ser compensada pela captação de mil milhões de euros através das OTRV.
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