Airbus A380: o gigante dos céus vai aterrar de vez
A franco-alemã Airbus anunciou que vai deixar de produzir o A380 depois de a Emirates ter reduzido significativamente o volume da encomendas.
O Airbus A380, o maior avião de passageiros do mundo, vai deixar de voar, depois de a Emirates ter reduzido as encomendas.
Descolou pela primeira vez em 2005 com a promessa de desenhar o futuro, mas acaba por marcar o fracasso de um modelo que pretendia competir com o icónico Boeing 747, que celebra 50 anos este mês.
A redução dos pedidos da transportadora dos Emirados Árabes Unidos, de 162 para 123 — devido às dificuldades em encher as aeronaves em algumas rotas –, ditou a decisão fatal.
É preciso ter em conta que colocar 500 toneladas a voar não se faz por um preço modesto, ainda para mais um mercado que, em 2007, se começou a ressentir dos efeitos da crise económico-financeira, enquanto as companhias low cost conquistaram terreno ao luxo e à opulência.
A decisão “dolorosa”, como lhe chama o diretor financeiro da Airbus, Harald Wilhelm, vai ter lugar em 2021, ano em que a produção termina. Mas até lá, ainda vão sair para o mercado mais 17 Airbus A380 — 14 para a Emirates e três para a japonesa ANA.
Apesar da insustentabilidade económica, o Airbus A380 continua a fascinar passageiros e amantes de aeronáutica. Com dois luxuosos andares, a aeronave franco-alemã consegue sentar entre 575 a 853 passageiros, dependendo da configuração. O equipamento movimentado a quatro motores é capaz de atingir uma velocidade de 1.080 Km/h. Com uma capacidade de armazenamento de 320 mil litros de combustível, o Airbus A380 possui uma autonomia de 14.800 Km.
Apesar do luxo, o gigante dos céus vai aterrar de vez. Portugal chegou a conhecê-lo por um breve período de tempo quando, no ano passado, aterrou no aeroporto de Beja para manutenção.
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