ADSE e privados retomam diálogo. “Todos perderiam com um não acordo”, diz João Proença
O presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE reconhece que "é preciso rever as tabelas para preços justos". As reuniões entre a ADSE e os privados terão recomeçado na quinta-feira.
Depois de ameaças de alguns grupos privados de saúde, como a Luz Saúde e a José de Mello Saúde, de romper as convenções acordadas com a ADSE, o diálogo terá sido retomado. O presidente do Conselho Geral e de Supervisão do subsistema de saúde do Estado mostra-se confiante de que as conversas terão um resultado positivo.
“Todos perderiam com um não acordo: ADSE, Serviço Nacional de Saúde e grupos privados”, defende João Proença, em declarações à Renascença (acesso livre). Para alcançar um entendimento, as conversações já terão recomeçado na passada quinta-feira, com a presidente do Conselho Diretivo da ADSE, Sofia Portela, a reunir com os grupos privados.
Apesar de ter sido a exigência da ADSE que os privados paguem 38 milhões de euros por excesso de faturação que levou às tensões, os temas centrais das discussões serão a tabela de preços e a regularização dos preços dos atos médicos a posteriori. João Proença admite que “é preciso rever as tabelas para preços justos. Até porque desde 2004 que não são mexidas”.
Para o presidente do Conselho Geral e de Supervisão da ADSE, o Governo está a “tentar limitar as capacidades de gestão do instituto público, ao não ter inscrito no Orçamento do Estado o prometido reforço de meios humanos”. João Proença acusa ainda o Executivo de “bloquear todas as propostas feitas pela ADSE”, nomeadamente a abertura do subsistema aos funcionários com contrato individual.
“O problema da ADSE é que as despesas estão a crescer a 6,2% ao ano e as receitas a menos de 1%. Se nada for feito, o sistema torna-se insustentável”, conclui João Proença.
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