Nos aumenta lucros em 16% e propõe aumentar dividendos para 35 cêntimos. Receitas crescem “apesar da continuada queda dos preços”
A operadora liderada por Miguel Almeida apresentou um crescimento de 15,8% nos resultados líquidos. Apesar da queda dos preços, as receitas ascenderam a 1.576 milhões de euros.
A Nos aumentou os lucros. A empresa liderada por Miguel Almeida registou um crescimento de mais de 15% nos resultados líquidos, num ano em que as receitas ascenderam a mais de 1.500 milhões de euros e por isso propõe pagar um dividendo de 35 cêntimos por ação. Houve um incremento, “apesar da continuada queda dos preços” num “mercado que atingiu a sua maturidade”.
O resultado consolidado líquido atingiu 141,4 milhões, um crescimento de 15,8% face aos 122,1 milhões alcançados em 2017. “O EBITDA consolidado apresentou uma variação positiva de 2,8%, para 591,8 milhões de euros, com a margem EBITDA a atingir 37,5%, mais 0,6 pp que em 2017″, nota a Nos.
As “receitas cresceram, neste período, 1,1%, face a 2017, atingindo 1.576 milhões de euros“, refere a empresa, salientando este feito num “num mercado que atingiu a sua maturidade”. Miguel Almeida destaca o crescimento das “suas receitas, apesar da continuada queda dos preços e melhorando os seus resultados, fruto do processo de digitalização das suas operações que leva a melhorias de eficiência”.
AS perspetivas operacionais e financeiras levaram o Conselho de Administração a aprovar uma proposta de dividendo ordinário de 35 cêntimos de euro por ação, que representa um acréscimo de 16,7% face ao dividendo pago no ano anterior. A proposta deve agora ser votada em assembleia geral de acionistas.
“Sendo a Nos a única empresa portuguesa a atuar no setor das comunicações, estes resultados são o testemunho da qualidade e dedicação de todos os nossos colaboradores”, diz o CEO da Nos, rematando que o sucesso da empresa de telecomunicações “a eles se deve”.
Mais clientes, alguns “muito importantes”
Miguel Almeida agradece aos colaboradores, especialmente pela capacidade de continuarem a fazer crescer a “base de clientes e a incrementar o número serviços” comercializados. Estes serviços aumentaram “2,1% ou 193 mil, contando com 9,605 milhões de serviços prestados no final de 2018”.
A Nos nota “um aumento do número de clientes de TV por subscrição atingindo 1,623 milhões. “O número de serviços de televisão através de acesso fixo aumentou 2,5% para 1,325 milhões”, diz.
"Nos serviços empresariais, a Nos continua a conquistar clientes muito importantes no segmento corporate, quer no setor público quer no setor privado.”
Em termos de serviços móveis houve um crescimento de 2,3% para 4,779 milhões, já na “internet fixa de banda larga e nos serviços de voz fixa, registou igualmente crescimentos de 4,2% e de 1,3%, respetivamente”. Conta com 1,389 e 1,781 milhões de clientes, respetivamente.
A Nos destaca o crescimento entre os clientes empresariais. “Nos serviços empresariais, a Nos continua a conquistar clientes muito importantes no segmento corporate, quer no setor público quer no setor privado. O número de serviços empresariais atingiu 1,507 milhões, face aos 1,459 verificados no final de 2017″, nota.
Investimento estável. Dívida também
Este crescimento do negócio aconteceu num ano em que a Nos continuou a investir centenas de milhões de euros. “O investimento (CAPEX total) manteve-se ao nível do ano anterior atingindo 375,7 milhões de euros“, refere a empresa, salientando que este dinheiro foi gasto no sentido de “melhorar e levar as suas redes de nova geração a todo o país”.
Mesmo com mais investimento, tendo em conta o crescimento dos resultados, a dívida da Nos manteve-se reduzida. “No final do período em análise, a dívida financeira líquida situou-se nos 1.066 milhões de euros“, valor que compara com os 1.085 milhões um ano antes. Esta dívida representa “1,8x o EBITDA, um rácio conservador face às congéneres do setor”, remata.
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