Recrutar perfis na área das TIC é difícil em toda a UE. Mas Portugal é o segundo país com maior facilidade
Em Portugal só 35% das empresas sentiram dificuldade em recrutar perfis tech em 2017. Já na República Checa, quase 80% das organizações tiveram essa mesma dificuldade.
Em 2017, mais de metade das empresas da União Europeia (UE) que recrutaram ou tentaram recrutar especialistas na área das tecnologias da informação e comunicação (TIC) tiveram dificuldade em preencher essas mesmas vagas. Entre os Estados-membros, Portugal ocupa uma das melhores posições do ranking, tendo sido o segundo país que sentiu menos dificuldade em recrutar na área das tech.
De acordo com o Gabinete de Estatísticas da UE (o Eurostat), em 2017, na União Europeia, 53% das empresas tiveram dificuldade em preencher as vagas na área das TIC. A média europeia é significativamente superior à verificada em Portugal, onde 35% das empresas disseram ter sentido, também, essa dificuldade.
Apenas Espanha registou uma melhor percentagem, com apenas 25% das empresas a declarem não ser fácil recrutar profissionais com este perfil. Ainda no pódio, juntamente com Espanha e Portugal, está a Polónia, onde 37% das organizações também sentiu o mesmo entrave.
Pelo contrário, a República Checa foi o país da UE onde houve mais dificuldade em recrutar especialistas na área das TIC, com 79% das empresas a confirmarem-no. Segue-se a Áustria (78%) e Malta (73%).
Ainda esta terça-feira, Andriana Sukova, diretora-geral adjunta da DG Emprego, elogiou os progressos que Portugal tem feito nos últimos anos ao nível do investimento nas qualificações. Contudo, a responsável sublinhou que, embora os números globais do país estejam bem, quando “vistos à lupa”, há coisas que têm de ser melhoradas. “Portugal tem um problema de adequação entre aquilo que o mercado necessita e as qualificações existentes”, disse.
Andriana Sukova, durante o encontro com jornalistas sobre as orientações para o investimento e a Política de Coesão em Portugal no período 2021-2027, afirmou, ainda, que a necessidade de investir nas qualificações é, neste momento, transversal a todos os Estados-membros.
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