Tem 18 anos? Entrada em museus, palácios e teatros vai continuar a ser gratuita
O programa que permite o acesso gratuito à cultura para jovens de 18 anos, incluindo museus, monumentos, palácios ou teatros, vai tornar-se permanente a partir de maio.
O programa “És.Cultura’18”, que permite o acesso anual gratuito a equipamentos e atividades culturais para jovens de 18 anos, vai passar a ser permanente, anunciou esta sexta-feira, em Lisboa, a secretária de Estado da Cultura, Ângela Ferreira.
O programa nacional, uma das medidas vencedoras do Orçamento Participativo Portugal de 2017, em vigor desde abril de 2018, e que deveria terminar agora, vai prosseguir e tornar-se permanente a partir de maio, segundo a governante.
Em declarações à agência Lusa no final da apresentação de um balanço do programa, no espaço Cooltura do evento Futurália, a decorrer na Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, a secretária de Estado da Cultura indicou que mais de 3.000 jovens participaram ao longo de 12 meses.
“Pelos efeitos positivos do programa no acesso dos jovens à cultura e criação de novos públicos, foi decidido prolongar o programa”, justificou a governante. Além dos organismos tutelados pelo Ministério da Cultura, o programa tem também a adesão de 64 municípios e 11 entidades privadas.
Entre museus, monumentos, palácios ou teatros, a oferta total ultrapassa os 350 equipamentos e, para obter a entrada gratuita, o jovem de 18 anos só precisa de apresentar o cartão do cidadão.
Com a continuação do “És.Cultura’18”, o Ministério da Cultura pretende “abrir os horizontes dos jovens que atingiram a maioridade”, proporcionando a entrada gratuita a um consumo cultural menos habitual nesta idade, nomeadamente a teatro, ópera, exposições e concertos sinfónicos.
Questionada sobre o investimento aplicado neste programa, Ângela Ferreira indicou que ascendeu a 36.800 euros, nas três componentes, mas “recaiu principalmente nas plataformas informáticas”.
“As entradas nos organismos tutelados ficaram a seu cargo, o que provocou alguma quebra nas receitas, mas vale a pena o investimento, porque haverá um retorno na criação de novos públicos, com o fomento de novos hábitos culturais”, justificou. Na próxima edição, está prevista a adesão de mais 19 municípios a juntarem-se aos 64 já dentro do programa.
Da autoria de João Gonçalo Pereira e Tiago Veloso, o programa “Cultura para Todos” foi o mais votado na edição de 2017 do Orçamento Participativo Portugal e inclui ainda a plataforma “Livrar” (livrar.pt), lançada em 13 de dezembro de 2018, que permite a disponibilização gratuita de livros entre utilizadores registados.
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