Depois da greve dos estivadores, Governo volta a escolher Guilherme Dray para negociar com sindicato de matérias perigosas
O Governo está reunido com o sindicato que parou o país com a falta de combustível. A representar o Estado está o advogado Guilherme Dray, que já esteve nas negociações com os estivadores.
O Governo voltou a recorrer aos serviços de Guilherme Dray para representar o Estado em negociações laborais. O advogado esteve nas negociações com os estivadores, que no final do ano passado pararam o porto de Setúbal, e agora volta a representar o Estado nas negociações com o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) que na Páscoa paralisaram o país com a falta de combustível.
“Como decorre do protocolo assinado entre as partes, o Governo está representado nas negociações por um mediador, sendo neste caso o dr. Guilherme Dray”, disse fonte oficial do Governo ao ECO.
No ano passado, Guilherme Dray tornou-se membro do escritório Macedo Vitorino e Associados. É especialista em direito do trabalho e foi o coordenador científico do Livro Verde das Relações Laborais, em 2016, elaborado pelo ministério do Trabalho, liderado por Vieira da Silva.
O advogado é especialista em Direito do Trabalho e já em 2018 o Governo recorreu aos seus serviços para mediar uma batalha entre estivadores e a administração portuária. O porto de Setúbal esteve parado, provocando demora nas exportações de carros da Autoeuropa. O acordo alcançado previa a passagem imediata a efetivos de 56 trabalhadores precários (mais 10 a 37 numa segunda fase). Dray tem também experiência em funções governativas, já que foi chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro José Sócrates.
O sindicato começou as negociações com a ANTRAM esta segunda-feira, tal como foi acordado depois da greve que afetou a distribuição de combustíveis em todo o país. O sindicato vai pedir salário base de 1.200 euros para os profissionais do setor, um subsídio de 240 euros e a redução da idade de reforma.
A 15 de abril, os motoristas de matérias perigosas iniciaram uma greve na distribuição de combustíveis que afetou o país todo, e que acabou por obrigar o Governo a decretar requisição civil. A paralisação terminou a 18, tendo ficado definido que as negociações entre o SNMMP e a ANTRAM, com o Governo como mediador, começavam a 29 de abril, prolongando-se até ao final do ano.
(Notícia atualizada às 16h45)
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