Governo aciona mecanismos de apoio aos portugueses na Venezuela. Há confrontos nas ruas de Caracas

Ministro dos Negócios Estrangeiros disse esta terça-feira que o Executivo já "pré-ativou os mecanismos de apoio" aos portugueses que residem na Venezuela.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, garantiu esta terça-feira a partir de Xangai, que já foram acionados os mecanismos necessários para apoiar os portugueses que residem na Venezuela. O dia amanheceu em Caracas com a libertação de Leopoldo López, que se encontrava em prisão domiciliária, por forças anti-chavistas. Juan Guaidó, líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, instou a população e os militares a juntarem-se e há relatos de trocas de tiros entre os militares afetos ao regime e a população.

Augusto Santos Silva garante estar em contacto com o embaixador português na Venezuela, e que apesar de não terem ainda “compreendido a verdadeira dimensão” dos acontecimentos, Carlos Sousa Amaro terá determinado “que todo o pessoal dos consulados e da embaixada ficasse nas respetivas casas, visto que a insegurança é evidente”.

“Queria deixar sobretudo uma palavra dirigida aos nossos concidadãos, recomendar o que eles já sabem: que tomem as medidas de segurança indispensáveis nestas ocasiões, mas também dizer-lhes que já pré-activámos os mecanismos de apoio à nossa disposição”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros a partir da China, onde está a acompanhar a visita do Presidente da República. Em causa estará, nomeadamente, “o apoio previsto no plano de regresso se for necessário ativá-lo”, disse Augusto Santos Silva, sem detalhar.

De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros, o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, que estava a caminho do Canadá, estará de regresso a Lisboa, para acompanhar a situação. “Os diferentes departamentos encarregues de providenciar apoio se for necessário já estão a trabalhar nesse sentido”, diz o ministro.

O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse na madrugada desta terça-feira que se encontra na “fase final” do seu plano para destituir Nicolas Maduro do poder, e instou a população e o Exército do país, que têm sido o garante de Maduro, a apoiar o seu plano e acabar com o que chama de usurpação pelo sucessor de Hugo Chávez.

 

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