Economia arranca o ano a acelerar. PIB cresce 1,8% no primeiro trimestre
Economia começa 2019 a acelerar graças ao investimento. Para atingir a meta do Governo para o conjunto do ano, PIB terá de crescer mais nos próximos trimestres.
A economia portuguesa cresceu 0,5% nos primeiros três meses do ano face ao final de 2018, o que levou a uma subida do PIB de 1,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira. Os números saíram acima do previsto pelos economistas.
No final de 2018, a economia avançou 0,4% na taxa de variação em cadeia e 1,7% em termos homólogos.
Os economistas contactados pela Lusa antecipavam que no arranque do ano o PIB aumentasse 0,5% face aos últimos três meses do ano passado e 1,7% em relação ao período homólogo.
Em abril, o Governo reviu em baixa a previsão de crescimento para 2019, dos anteriores 2,2% para 1,9%. O ministro das Finanças acredita que a economia no primeiro trimestre tem revelado alguns sinais de estar a resistir ao abrandamento mundial. Ainda assim, os próximos trimestres terão de ser melhores para atingir a meta do Governo para o conjunto do ano.
Evolução da economia portuguesa
Fonte: INE; Taxa de variação homóloga
O que explica a aceleração do PIB no início de 2019?
O INE revela que o “contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou, refletindo uma aceleração significativa do investimento“.
“Em sentido contrário, o contributo da procura externa líquida foi mais negativo que o observado no trimestre anterior, em resultado da aceleração mais intensa das importações de bens e serviços que das exportações de bens e serviços”, acrescenta o instituto estatístico.
Este tem sido o padrão de crescimento da economia portuguesa, que se mantém apoiada na frente interna – embora desta vez o INE indique que seja graças ao investimento e não ao consumo privado. A desaceleração a nível mundial tem penalizado a Zona Euro, para onde Portugal dirige a grande fatia das exportações, e consequentemente a economia portuguesa.
Também na taxa de variação em cadeia – que mede a evolução da economia em relação aos três meses imediatamente anteriores -, o PIB avançou graças ao contributo da procura interna que “aumentou”, enquanto o contributo da procura externa líquida foi “mais negativo que o registado no trimestre precedente”.
Estas indicações do INE terão de ser confirmadas a 31 de maio, quando forem publicados os dados completos referentes ao primeiro trimestre. As informações publicadas esta quarta-feira fazem parte de uma estimativa rápida, onde foi revista em uma décima a taxa de variação homóloga do primeiro trimestre do ano passado (de 2,2% para 2,3%), embora sem reflexos na evolução anual da economia que se manteve em 2,1%.
(Notícia atualizada)
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