Finanças veem Portugal preparado para continuar a convergir com o euro apesar dos riscos externos
O Ministério das Finanças argumenta que há "bases sólidas" para que no futuro a economia nacional continue a convergir e cresça acima da Zona Euro.
Portugal está a crescer mais que a Zona Euro e deverá continuar a convergir com os parceiros comerciais nos próximos anos apesar do ambiente externo mais adverso, admite o Ministério das Finanças, num comunicado enviado esta quarta-feira, sobre os números do PIB para o primeiro trimestre que mostram uma aceleração e um crescimento económico superior ao registado na média dos países que formam o bloco do euro.
“A economia portuguesa tem hoje bases sólidas para continuar a crescer e a convergir com a Europa no futuro, mesmo num contexto de maiores dificuldades decorrentes da deterioração do ambiente económico externo”, lê-se no comunicado do ministério de Mário Centeno.
Arranque do ano, Portugal cresceu 1,8%, acima dos 1,2% registados na Zona Euro e dos 1,5% observados no conjunto da União Europeia.
No mesmo comunicado, as Finanças destacam a convergência obtida até agora. “Portugal mantém uma trajetória de convergência face à Europa, trajetória essa que perdura já há mais de dois anos.”
Quanto ao facto de a economia estar a crescer apoiada na procura interna, as Finanças desvalorizam tendo em conta que, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE) foi graças ao investimento que a procura interna ganhou um novo impulso. E destacam o impacto que o aumento do investimento tem nas importações.
“A aceleração do investimento no primeiro trimestre é o principal destaque da aceleração da economia. Este maior crescimento reflete-se no aumento das importações, onde se destaca o crescimento expressivo da importação de bens de investimento, como é o caso de máquinas e outros bens de capital, material de transporte e produtos transformados destinados à indústria”.
Por outro lado, o abrandamento das exportações resulta, “sobretudo, do aumento da incerteza geopolítica e das tensões comerciais globais, que tem impactado em especial as maiores economias da Europa”, acrescenta o Ministério das Finanças.
O INE revelou esta quarta-feira que o PIB cresceu 0,5% nos primeiros três meses do ano face ao anterior, o que permitiu uma aceleração da taxa de variação homóloga de 1,7% para 1,8%.
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