Última temporada de Game of Thrones registou pico de ciberataques a quem tentou descarregar episódios
Os utilizadores que tentaram ou descarregaram episódios da última temporada da Guerra dos Tronos foram alvo de longas sequências de ciberataques, alertam investigadores da Kaspersky.
A oitava e última temporada da série Guerra dos Tronos arrastou consigo um pico de atividade cibercriminosa, anunciou esta sexta-feira a Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança. “A estreia de cada episódio foi acompanhada de uma longa sequência de ataques direcionados a utilizadores que estavam a tentar descarregar o episódio”, comunicou a empresa.
A temporada que marcou o desfecho final da guerra de larga escala entre Lannisters, Starks ou Targaryens bateu recordes sucessivos de audiências, tendo igualmente sido marcada por um crescente número de telespetadores a tentar descarregar de forma ilegal cada um dos episódios assim que iam surgindo. E, sendo este um comportamento habitual sempre que há grandes lançamentos, muitos foram os cibercriminosos que tentaram aproveitar o público sedento de novidades sobre Westeros.
E a Kaspersky avança agora com o diagnóstico sobre os ciberataques associados a cada episódio do Guerra dos Tronos.
“Os investigadores da Kaspersky Lab descobriram que o número médio diário de ataques a utilizadores que envolvia malware disfarçado, num episódio de Game of Thrones, rondava os 300-400 utilizadores. Este número aumentou para cerca de 1.200, nos três a quatro dias após o lançamento de cada novo episódio: um aumento de três a quatro vezes mais na atividade maliciosa“, diz a empresa em comunicado enviado às redações.
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Segundo a empresa de cibersegurança, o terceiro episódio da oitava temporada desta série foi aquele que concentrou o maior número de ataques. Este episódio — A Longa Noite — foi quando se atingiu um dos pontos mais esperados de todo o enredo: o ataque do Rei da Noite a uma Winterfell sitiada.
Além da integração de mallware nos ficheiros disponibilizados com cada episódio, os investigadores da Kaspersky referem que um outro vetor associado aos ciberataques nos episódios de Game of Thrones foram os ataques através de sites de streaming. Estes sites convidam os utilizadores a assistir gratuitamente aos episódios recém-lançados da série para depois os redirecionarem para sites que procuram extrair dados confidenciais dos utilizadores.
“Nós vemos TTPs partilhados (táticas, técnicas e procedimentos) nos sites de phishing, onde os hackers tentam roubar as informações dos utilizadores prometendo um filme pirata antes da sua estreia oficial. Acreditamos que existe um certo grupo de agentes de ameaça que meticulosamente caça fãs de filmes populares e produções de TV, ajustando esquemas de acordo com os acontecimentos pop-culturais”, explica Tatyana Sidorina, investigadora de segurança da Kaspersky Lab, citada no comunicado da empresa. Além dos episódios da Guerra dos Tronos, também o último filme dos Vingadores concentrou vários ciberataques.
A empresa termina com um pequeno conjunto de recomendações para cada consumidor se defender destes ataques:
- Evitar sites duvidosos, especialmente aqueles que distribuem conteúdos pirata;
- Não inserir informações — especialmente dados do cartão de crédito — num site no qual não tenha motivos para confiar;
- Não utilizar a mesma palavra-passe para diferentes sites. Utilizar um gestor de palavras-passe;
- Utilizar um software de antivírus fidedigno com proteção contra esquemas online e phishing;
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