Europa afunda. Lisboa regista perdas acima de 1%

O pessimismo está instalado nas bolsas mundiais e Lisboa não é exceção. Num dia de quedas de quase 2% na Europa, o PSI-20 perdeu mais de 1%. Sem a EDP Renováveis, queda teria sido bem maior.

As principais bolsas europeias fecharam a sessão com perdas superiores a 1%. Lisboa também seguiu a tendência numa sessão em que todas as cotadas registaram perdas, à exceção da EDP Renováveis, cujo desempenho impediu uma queda ainda maior no principal índice português.

A onda de pessimismo em torno da economia mundial está a levar os investidores a fugirem das ações e a apostarem em ativos menos voláteis, como as obrigações soberanas, o que está a precipitar as bolsas mundiais. O europeu Stoxx 600 recuou 1,6%, mas as perdas foram superiores no francês CAC 40, por exemplo, que desvalorizou 1,71%.

O cenário não é diferente em Portugal. O PSI-20 fechou a sessão desta quarta-feira com uma desvalorização de 1,19% e com todas as cotadas no vermelho, à exceção da EDP Renováveis. A valorização de 1,26% da empresa de energia limpa amparou a queda do principal índice português e levou os títulos da companhia liderada por João Manso Neto a um preço de 8,85 euros por ação.

Um desempenho que esteve longe do que o verificado nas restantes empresas. Da banca à energia, passando pela indústria papeleira, as perdas generalizaram-se e não pouparam algumas das maiores empresas nacionais.

Os CTT recuaram 2,50%, a EDP perdeu 1,91%, o BCP deslizou 1,52% e a Galp Energia, também pressionada pela queda do preço do petróleo, derrapou 0,94%. A matéria-prima está em queda nos mercados internacionais e, em Londres, o preço do barril de Brent, referência para as importações nacionais, já perde 1,80%, estando a negociar a 68,85 dólares o barril, isto é, abaixo da fasquia dos 69 dólares.

Na indústria papeleira, destaque para a queda de 4,61% das ações da Altri, seguida de perto pela Navigator, cujos títulos desvalorizaram 2,90%.

Este é o efeito da perda de confiança dos investidores na robustez da economia mundial, perante vários indicadores de que o crescimento económico deverá abrandar nos próximos trimestres. Um dos dados mais recentes a pesar na avaliação dos investidores foi o aumento inesperado de pedidos de subsídio de desemprego que se verificou na Alemanha este mês.

Além disso, teme-se a escalada das tensões comerciais entre a China e os EUA. A informação mais recente foi avançada pela imprensa chinesa e aponta para que o regime de Xi Jinping esteja a ponderar deixar de exportar alguns metais raros para os EUA. Entre eles estarão alguns materiais que são essenciais para produzir dispositivos eletrónicos e equipamento militar.

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