Cavala bate sardinha nas capturas. Mas preço do polvo é o que mais dispara
De 1998 a 2009, a sardinha era a espécie com maior representatividade em termos do volume de capturas. Passados 20 anos, a cavala assume esse palmarés. Já o polvo tem o título de peixe mais caro.
A cavala já é mais capturada do que a sardinha. De 1998 a 2009, a sardinha era a espécie com maior representatividade em termos do volume de capturas. Passados 20 anos, a cavala assume esse título, com uma diferença que supera os 11 pontos percentuais, avança o Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, em termos de preço, o polvo lidera a corrida, com o preço médio de 2018 a atingir o seu nível mais elevado das duas últimas décadas.
Até 2009, não havia dúvidas, a sardinha era a espécie que ocupava grande parte das capturas. De 1998 a 2000, registava 41,4% das capturas, enquanto a cavala apenas 6,1%. Já de 2007 a 2009, a percentagem da pesca de sardinha encolheu para 37,8%, ainda que continuasse a liderar as capturas. No mesmo período, a pesca de sardinha aumentou para 12,3%, sendo a segunda espécie mais capturada.
Finalmente, o período de 2016 a 2018 foi determinante. Nas redes dos pescadores, 21,6% do pescado era cavala, enquanto apenas 10,2% era sardinha. Mas, entre os dois está, ainda, o carapau, cujas capturas foram na ordem dos 14,8%.
Já em termos de preço, o polvo entra em cena. “Em 2018, o preço médio do polvo no mercado de primeira venda ascendeu a 7,06 euros por quilo, o nível mais elevado das duas últimas décadas”, lê-se nas estatísticas do INE. O preço é, assim, superior em 8,2% ao registado em 2017. Isto acontece num momento em que as capturas do polvo são de apenas 6,3%, entre as principais espécies.
Quanto à sardinha, nos últimos 20 anos, o preço médio teve um crescimento médio anual superior em 4,1 vezes ao preço médio do pescado transacionado em lota. Evolução que seguiu a mesma tendência para outras espécies, como a cavala (mais 13,5 vezes) e o carapau (3,4 vezes).
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