Novo centro CX da Cisco em Lisboa deverá criar até 200 postos de trabalho nos próximos anos
O novo centro da empresa em Lisboa prevê criar 200 postos de trabalho, "principalmente com base em engenharia nas áreas de tecnologia como segurança, rede empresarial e data center".
O novo centro Costumer Experience (CX) da Cisco em Lisboa, que abre oficialmente esta segunda-feira, deverá “criar até 200 postos de trabalho nos próximos anos”, disse o Top CX Executive da tecnológica Phil Wolfenden à Lusa.
A escolha de Lisboa para a localização do novo centro, do qual a Cisco não adianta valores, deve-se, sobretudo à “robusta e diversificada oferta de talentos”, onde se inserem as competências técnicas, profissionais, de falar várias línguas, entre os quais inglês, como ainda os incentivos do Governo, explicou o responsável.
“A abordagem positiva do Governo português para os investimentos assentes no conhecimento, bem como a qualidade das universidades em Portugal, a força de trabalho robusta e o ecossistema empreendedor foram fatores tidos em conta na decisão de abrir o centro de Lisboa”, acrescentou Phil Wolfenden.
Este novo centro vem complementar a aposta da Cisco nas competências de apoio às empresas na Europa, Médio Oriente, África e Rússia (EMEAR) e fomentar a “diversidade de talentos” da empresa, considerou. Questionado sobre quantos centros CX a Cisco tem, Phil Wolfenden adiantou que a tecnológica tem três: Bruxelas, Cracóvia e Lisboa.
Relativamente a quantas pessoas vão trabalhar neste centro em Lisboa, o responsável disse que “a evolução depende fortemente nas necessidades do negócio”. No entanto, “pretendemos criar até 200 postos de trabalho nos próximos anos”, disse, adiantando que o centro arrancou em fevereiro último.
Questionado sobre que competências procura para o centro Costumer Experience (CX), afirmou que são na área do conhecimento. “Principalmente com base em engenharia nas áreas de tecnologia como segurança, rede empresarial e data center“, disse. Numa primeira fase, a Cisco procura profissionais de engenharia na área de apoio a serviços e gestores de equipas.
Sobre se considera que o novo centro CX venha a contribuir para fomentar o ambiente digital em Portugal, Phil Wolfenden disse que sim. “Esta é uma grande oportunidade para crescer o ambiente digital em Portugal, com a contratação e aumento da qualificação de pessoas com as competências digitais. A Cisco já está a fazer investimentos com o acordo CDA [Country Dgital Acceleration] com o Governo português para ajudar a impulsionar a digitalização do país”, salientou.
“Cada vez mais” empresas servem o mundo a partir de Portugal
O ministro Adjunto e da Economia afirmou, na abertura oficial do novo centro da Cisco, que “cada vez mais as empresas” escolhem “situar-se em Portugal” para a partir do país “servir o mundo”.
“Cada vez mais empresas vão escolhendo situar-se em Portugal e a partir de Portugal servir o mundo”, afirmou Pedro Siza Vieira, que falava no Lagoas Park, Porto Salvo, na abertura de um dos três centros CX da tecnológica Cisco na Europa (os dois outros são em Bruxelas e Cracóvia).
“Este centro que hoje vimos aqui abrir (…) é exemplar de um país que se quer distinguir no mundo pela qualidade das suas pessoas e pela inovação que é capaz de trazer“, considerou ainda o governante.
Novo centro “é um momento de grande vitória”
O presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Luís Castro Henriques, afirmou esta segunda-feira que a abertura deste centro “é um momento de grande vitória”.
“A Cisco já era em Portugal uma das melhores empresas para trabalhar, uma empresa com uma operação estabelecida com bons resultados e o facto de conseguirmos trazer negócios completamente diferentes, de escala global e que vão aumentar muito significativamente a operação de uma empresa como a Cisco em Portugal (…) só mostra como somos competitivos e como continuamos a conseguir trazer novas atividades mesmo em empresas que já têm uma atividade estabilizada em Portugal“, afirmou Luís Castro Henriques.
“Também acho que há aqui algum reconhecimento para a Cisco Portugal, porque é graças ao facto de ser uma empresa tão boa mesmo dentro da própria empresa a nível global que faz com que a gestão de topo” da multinacional norte-americana “olhe para Portugal como um destino onde consegue encontrar grande talento”, apontou. Por isso, “no final do dia (..) é uma grande e enorme vitória mais uma vez do talento português”, sublinhou.
Questionado se o reforço da Cisco em Portugal serve de ‘cartão de visita’ a outras empresas internacionais que estejam a olhar para o mercado português como opção de aposta, Luís Castro Henriques foi perentório: “Sem dúvida”. E acrescentou: “Às vezes os namoros com as novas empresas são mais rápidos do que com empresas que já cá estão”, mas no final “têm todos acabado em bem”.
(Notícia atualizada às 15h31 com declarações do presidente da AICEP)
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