Retalhistas arrastam bolsa para um dos piores desempenhos da Europa
O PSI-20 fechou no vermelho alinhado com o rumo dos pares europeus, com o deslize de mais de 2% das retalhistas e a queda da EDP a pesarem no seu desempenho.
Após a euforia, o regresso às quedas. A bolsa nacional encerrou no vermelho, registando um dos maiores recuos a nível europeu, com o deslize de mais de 2% das retalhistas a pesar no desempenho do PSI-20. O índice bolsista nacional perdeu mais de 0,5%, depois de as palavras de Draghi terem permitido ganhos de mais de 1% na sessão anterior.
O PSI-20 recuou 0,52%, para os 5.098,93 pontos, com 13 dos seus 18 títulos em queda, e os restantes cinco em alta. Pior desempenho na Europa, apenas o da bolsa de Londres, onde o Footsie perdeu 0,59%. Já o Stoxx 600, referência europeia, desvalorizou 0,05%.
O vermelho voltou assim a imperar na bolsa de Lisboa depois de, na terça-feira, o PSI-20 ter somado mais de 1%, animado pelo discurso de Mario Draghi que no Fórum do BCE em Sintra disse que o banco central está disposto a avançar com estímulos ou possivelmente com corte de juros para evitar que a economia da Zona Euro saia dos trilhos. Tal puxou pelas bolsas, pesou no euro e afundou os juros da dívida soberana europeia.
Esta quarta-feira, as bolsas retomam as perdas, o euro recupera e os juros da dívida soberana periférica mantêm-se em queda.
Por Lisboa, os títulos das retalhistas acabaram por ser o principal destaque negativo. As ações da Jerónimo Martins e da Sonae desvalorizaram 2,34% e 2,38%, respetivamente, para os 14,205 euros e 86,15 cêntimos.
A pesar no rumo da praça lisboeta esteve também a EDP. As ações da elétrica recuaram 1,5%, para os 3,408 euros, depois de na terça-feira, o Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, ter declarado no parlamento que a decisão de não avançar com a construção da barragem do Fridão não resultará em nenhuma compensação para a EDP, que tinha pago 218 milhões de euros para a sua concessão.
Também a Galp perdeu energia, com os seus títulos a sofrerem uma queda de 0,42%, para os 13,05 euros, em linha com a evolução das cotações do petróleo nos mercados internacionais.
A impedir quedas mais acentuadas, esteve o BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya somaram 1,9%, para os 26,26 cêntimos, em linha com os pares europeus que também valorizaram. A marcar o dia, esteve a notícia de que o BCP está a avaliar uma possível fusão com a subsidiária Banco de Investimento Imobiliário, que se realizaria até ao final deste ano.
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