Marcelo apoia declaração de estado de emergência climática
“Eu já apoiei a ideia de uma declaração de estado de emergência climática. Espero que seja aprovada brevemente”, disse o Presidente da República.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou hoje aos ativistas da Greve Climática Estudantil o apoio a uma declaração de estado de emergência climática, afirmando esperar que seja “aprovada brevemente”.
Marcelo Rebelo de Sousa falava à chegada ao Parque das Nações, onde decorre, até domingo, a Conferência Mundial de Ministros Responsáveis pela Juventude 2019 e o Fórum da Juventude “Lisboa+21”
“Eu já apoiei a ideia de uma declaração de estado de emergência climática. Espero que seja aprovada brevemente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, ladeado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, dirigindo-se aos cerca de 30 jovens ativistas que se encontravam à porta do Altice Arena.
Beatriz Farelo, uma das ativistas do movimento, reconheceu a importância de o Presidente da República e o ministro da Educação se terem deslocado junto dos jovens, mas lembrou que “não se podem baixar os braços enquanto os gestos simbólicos não passarem à ação”.
“Naturalmente que teriam de se deslocar. O ministro da Educação até demorou a deslocar-se, só o fez quando o Presidente veio. É um ato simbólico terem vindo ter connosco, atos simbólicos podem ou não ser privilegiados. A verdade é que a declaração da emergência climática não pode depender de atos simbólicos, precisamos de ação e foi isso que viemos exigir”, disse aos jornalistas.
Quando se aperceberam da chegada de Marcelo Rebelo de Sousa, os jovens, que inicialmente pretendiam deitar-se na estrada invocando a imagem das mortes provocadas pelas alterações e os fenómenos climáticos extremos a elas associados, começaram a ler uma declaração em português e depois inglês.
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Tendo ouvido parte da comunicação em inglês, o Presidente da República dirigiu-se aos jovens precisamente em inglês, apenas proferindo duas frases, enquanto Tiago Brandão Rodrigues ficou em silêncio.
Na missiva, os ativistas declaram que respondem “com uma atitude de confronto naturalmente dialética, a única que poderá levar a combater a inércia política”.
“Ao diálogo inconsequente, respondemos com ação urgente”, sublinham.
Os ativistas da Greve Climática Estudantil estiverem desde o final do dia de sábado numa vigília em Lisboa à porta do encontro de responsáveis pelas políticas da juventude, a quem querem demonstrar que combater as alterações climáticas é questão de vida ou morte.
Hoje, à entrada onde passaram as cerca de 100 delegações de responsáveis pela área da juventude de todo o mundo, os ativistas, com idades entre os 12 e os 40 anos, empunharam cartazes onde se podia ler “Não há planeta B”, “Climate is changing faster than this”, “Fechar Sines” ou “Não deixes que isto se transforme nisto”.
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