Turismo do Algarve saúda requisição civil e lamenta penalização “vil e injustificada” da região
O presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) congratulou-se com a requisição civil, mas lamentou que, “apesar dos esforços”, a região esteja a ser prejudicada.
O presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA) congratulou-se hoje com a requisição civil decretada pelo Governo para a greve dos motoristas de matérias perigosas e lamentou que, “apesar dos esforços”, a região esteja a ser prejudicada.
Em comunicado, o presidente da RTA, João Fernandes, saudou o Governo pela decisão de decretar a requisição civil para que os serviços mínimos fossem garantidos e ajustados “à realidade particular do Algarve e à necessidade específica de ultrapassar as falhas de abastecimento verificadas no primeiro dia de greve”.
João Fernandes considerou “lamentável que, apesar de todos os esforços, uma questão entre empregadores e sindicatos na área dos transportes de matérias perigosas e mercadorias penalize de forma vil e injustificada o turismo da região”.
“Esperamos que as duas partes envolvidas se dignem a respeitar rapidamente os turistas e a população residente”, sublinhou o responsável.
O responsável indicou que o turismo do Algarve “está a acompanhar em permanência a situação, numa altura em que a população na região triplica e em que é necessário garantir a tranquilidade a todos os turistas e residentes”, ao mesmo tempo que tem procurado soluções para minimizar o impacto da paralisação desde que foi anunciada, em 15 de julho.
“Estamos em contacto permanente com a Secretaria de Estado do Turismo, com o Ministério do Mar e com a Entidade Nacional para o Setor Energético, reportando as dificuldades sentidas nas diferentes áreas do turismo da região, através de informação recolhida junto do aeroporto e dos representantes das associações de hotelaria, restauração, rent-a-car e marinas, de forma a ultrapassarmos os constrangimentos gerados por esta greve”, destacou.
João Fernandes referiu que a RTA tem mantido um papel proativo desde que saiu o pré-aviso da greve, recordando ter sido a única entidade regional de turismo que participou nas reuniões interministeriais em julho para a construção de uma proposta de serviços mínimos, as quais acabaram por acautelar vários aspetos significativos para o turismo no Algarve”.
“Começámos a definir um plano de ação, em conjunto com entidades regionais e nacionais diretamente relacionadas com o setor do turismo, e partilhámos com o Governo propostas que integraram a declaração de serviços mínimos”, frisou João Fernandes.
A greve que começou na segunda-feira, por tempo indeterminado, foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), com o objetivo de reivindicar junto da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.
Nesse mesmo dia, o Governo decretou a requisição civil, alegando o incumprimento dos serviços mínimos.
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