Programa do PSD recupera ligação de alta velocidade. Rio quer menos impostos e mais saúde
Alivio fiscal, investimento na área da saúde, aumento das exportações e um TGV que ligue Portugal à Europa. Rui Rio apresentou no Porto o programa eleitoral do PSD.
Depois da apresentação de várias medidas avulsas, o PSD mostrou esta sexta-feira, no Porto, a sua proposta política caso seja a opção dos portugueses nas legislativas de 6 de outubro. Numa cerimónia que contou com a presença de Joaquim Miranda Sarmento, mandatário nacional dos sociais-democratas, Rui Rio, presidente do PSD, reafirmou que as prioridades passam por reduzir a carga fiscal, melhorar os serviços de saúde, reforçar as exportações e voltar a estudar uma ligação nacional em alta velocidade.
Entre as principais novidades no documento dado hoje a conhecer está a intenção do PSD de estudar, planear e projetar uma ligação ferroviária nacional Sul-Norte, em alta velocidade em bitola europeia, com ligações à fronteira com Espanha e daqui à Europa. O projeto deverá dotar o país de uma infraestrutura que permita o tráfego de passageiros e mercadorias, com ligação aos principais terminais logísticos nacionais e internacionais.
Quanto ao resto, e reafirmando algumas dos seus trunfos eleitorais, Rui Rio voltou a falar da redução da carga fiscal, com um alívio dos impostos tanto para as empresas como para as famílias, reforçou o líder social-democrata que voltou ainda a falar da necessidade de converter o emprego precário e acabar com os baixos salários. “Pagamos salários muito fracos e existe a necessidade de melhores empregos e melhores salários”, diz.
As prioridades do partido passam ainda por dar atenção ao setor da saúde, acusando o Governo de António Costa de falhar nos serviços públicos, nomeadamente por ter contribuído para a degradação do Serviço Nacional de Saúde, o que leva os portugueses a refugiar-se nos serviços de saúde privados. “Falhou em todos os serviços, mas foi na saúde que mais falhou”, refere, dizendo que a existência de 2,7 milhões de apólices de seguros de saúde são sinal de que a saúde não está disponível para todos. Propõe diminuir a lista de espera nos hospitais, reduzir a falta de médicos de famílias, apostar em mais investimento para a saúde e mais autonomia para os administradores dos hospitais.
Por seu lado, Joaquim Sarmento, mandatário nacional do PSD, alerta para o facto de as empresas estarem asfixiadas pela carga fiscal. Acrescenta que “não podemos continuar a ter a terceira taxa de IRC mais alta da Europa”, propondo uma redução da taxa em quatro pontos percentuais. O PSD propõe “reformular a taxa de IRC para as micro e médias empresas de forma a garantir que existem benefícios fiscais para apoiar estas empresas”.
Acrescenta também que uma das missões dos sociais-democratas é reduzir a o IVA para 6% relativamente ao gás e eletricidade, uma diferença de 17% em relação à taxa de IVA praticada atualmente.
David Justino, presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN), salienta que existem problemas para os quais o Governo atual não apresentou soluções e que existe a necessidade de “sair desta estagnação em que vivemos atualmente”. Refere ainda que com este programa eleitoral “pretendemos alcançar um compromisso com as novas gerações que têm sido tão mal tratadas pelo Governo socialista”.
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