🔊 Estas são as seis frases que marcaram o debate na rádio. Oiça-as aqui
O ataque de Costa, o ataque de Cristas, o queijo suíço de Catarina Martins, as omeletes de Jerónimo de Sousa e os votos de André Silva. Oiça os momentos que marcaram o debate a seis nas rádios.
Foi o primeiro debate entre os líderes dos seis principais partidos que concorrem nas eleições legislativas de 6 de outubro. Durante quase duas horas, António Costa (PS), Rui Rio (PSD), Catarina Martins (BE), Assunção Cristas (CDS), Jerónimo de Sousa (CDU) e André Silva (PAN) discutiram algumas das questões que consideram mais relevantes para o eleitorado e para o desenvolvimento do país.
O ECO escutou o debate e selecionou, a partir da transmissão feita pela Antena 1, alguns dos momentos-chave que marcaram as intervenções de cada candidato, os quais pode ouvir também na lista abaixo. O debate foi ainda emitido, em simultâneo, pela TSF e Renascença.
António Costa (PS): “Sei que é professora, mas nesta matéria não me dá lições”
Neste primeiro debate a seis, foi clara a divergência entre o secretário-geral do PS, António Costa, e a líder do CDS, Assunção Cristas. O verniz estalou entre os dois candidatos quando Cristas se queixou da falta de meios na Polícia Judiciária (PJ) e acusou o também primeiro-ministro de “inação” durante a legislatura.
Após alguns minutos de acesa discussão entre os dois, com Costa a interrogar Cristas sobre se tinha “alguma acusação em concreto” a fazer, o líder socialista pôs fim ao bate-boca com a seguinte tirada: “Sei que é professora, mas nesta matéria não me dá lições”.
Rui Rio (PSD): “Preferia manter-me ativo do que um dia levantar-me e ter de inventar o que fazer”
Os social-democratas pretendem, no quadro das políticas de envelhecimento ativo, introduzir “a possibilidade de, a partir de uma dada idade, reduzir-se o tempo de trabalho”, com a condição de que essas pessoas se reformem mais tarde, explicou o líder do PSD.
No entanto, Rui Rio também foi perentório e não escondeu qual a sua forma preferida de entrar na reforma: “Eu preferia claramente manter-me ativo do que a dada altura, um dia, levantar-me e ter de inventar o que fazer”, justificou.
Catarina Martins (BE): “Jovens têm carreira contributiva com mais buracos do que um queijo suíço”
A sustentabilidade da Segurança Social esteve em cima da mesa no debate e Catarina Martins recorreu a uma metáfora para explicar porque é que os jovens estão “condenados a pensões baixas”. “A jovem geração, que nunca tem um contrato estável, tem uma carreira contributiva com mais buracos do que um queijo suíço”, criticou.
“Isto não pode acontecer. Proteger pensões e a Segurança Social é também combater a precariedade e ter uma Autoridade para as Condições do Trabalho forte”, rematou, depois, a líder do BE.
Assunção Cristas (CDS): “Fico surpreendida por ver António Costa defender o que não fez”
Ainda se recorda da tirada de António Costa? Na verdade, as críticas de Assunção Cristas ao primeiro-ministro e a divergência com o PS foram ainda mais além. Classificando o combate à corrupção como “uma das prioridades do CDS”, a líder centrista retomou a ofensiva, acusando Costa de incoerência.
“Fico um bocadinho surpreendida por ver agora António Costa candidato a defender aquilo que António Costa primeiro-ministro não fez nos últimos quatro anos”, atirou.
Jerónimo de Sousa (CDU): “Sem ovos não se fazem omeletes”
Qual a solução para acelerar a Justiça em Portugal? Mais meios e pessoas aos órgãos que investigam? O jornalista queria saber a solução da CDU para este problema. Tomando a palavra, Jerónimo de Sousa não quis deixar margem para dúvidas: “É óbvio que sem ovos não se fazem omeletes”, rematou.
A coligação do PCP e d’Os Verdes entende que devem ser “reforçados os quadros da investigação”, mas também os de “outros funcionários da Justiça”, explicou o líder comunista.
André Silva (PAN): “Há cidadãos de primeira e cidadãos de segunda”
Outro dos temas centrais da discussão foi a reforma do sistema eleitoral português. E, sobre isso, o PAN também teve uma palavra a dizer. André Silva é defensor de um novo modelo em que, em vez dos 22 círculos eleitorais correspondentes aos distritos do país, existam nove círculos, correspondentes às NUTS, que é a nomenclatura territorial usada atualmente para fins estatísticos.
“Nós temos hoje em dia, em Portugal, cidadãos de primeira e cidadãos de segunda. Nas últimas eleições votaram cerca de cinco milhões de pessoas e 500 mil votos válidos não serviram para eleger nenhum mandato. Isso penaliza essencialmente partidos sem representação parlamentar e os chamados partidos médios”, afirmou o líder do PAN.
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