“Programa do PS não tem financiamento para propostas e devaneios eleitorais do BE”, diz Centeno
O ministro das Finanças criticou esta sexta-feira os programas eleitorais do Bloco de Esquerda, do PSD e do CDS. No programa socialista "não há cheques em branco mas também não há cheques careca".
Mário Centeno criticou esta sexta-feira os programas eleitorais do PSD e do CDS, mas também o do Bloco de Esquerda, parceiro político do Governo nesta legislatura. No programa socialista “não há cheques em branco mas também não há cheques carecas”, garante o ministro das Finanças.
“O Programa do PS não tem financiamento para propostas e devaneios eleitorais do BE”, afirmou o governante, que falava numa conferência de imprensa na sede do PS, em Lisboa.
Só para cumprir as promessas do Bloco nas áreas da Saúde, Cultura e investimento público, “teríamos em 2023 de duplicar o que se paga em IRS”. “Não há cobertura para esse pedido” que exige mais 15.500 milhões, quantificou.
Para o candidato a deputado pelo PS e um dos responsáveis pelo programa eleitoral socialista, os “mais de 30 mil milhões de euros que o Bloco de Esquerda quer executar não estão no Programa Eleitoral”.
Numa conferência muito crítica para os programas eleitorais do BE, PSD e CDS, Centeno nada disse sobre o programa eleitoral do PCP.
Quanto ao PSD, “não percebemos como se pede aos portugueses que se passe um cheque sem cobertura, sem financiamento”, admitindo que não há financiamento para uma redução de impostos avaliada em 3,7 mil milhões de euros.
Centeno chamou-lhe um “choque fiscal à la 2002”, um argumento já usado antes por António Costa no frente-a-frente com Rui Rio, quando disse ao presidente do PSD que o partido estava a propor uma descida de impostos que se transformaria em subida, com fez Durão Barroso em 2002.
O candidato a deputado disse ainda que “não é possível financiar o programa do PSD na saúde com uma estabilização dos consumos intermédios”. “Faltam explicações ou cobertura”, afirmou.
No caso do CDS, o ministro critica o partido de Assunção Cristas por usar 60% de um excedente “que ainda não existe”. Reduzir em 15% o IRS, como o CDS propõe, faz desaparecer 1.100 milhões para além da redução do excedente”. Ou seja, o défice “volta a 2017”, atira, falando num “recuo de seis anos”.
(Notícia atualizada)
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