Ryanair apela a pilotos em Lisboa para pedirem transferência ou licença. Alternativa pode ser o despedimento
O conselho da companhia aérea irlandesa, dirigido aos pilotos de Lisboa, tem como objetivo evitar a perda de empregos neste inverno.
A Ryanair apelou aos seus pilotos em Lisboa para pedirem transferência para outras bases do grupo ou uma licença sem vencimento para evitar despedimentos este inverno, já que tem “um excedente significativo de pilotos” neste aeroporto.
Na comunicação enviada a “todos os pilotos de Lisboa”, a que a Lusa teve acesso, o diretor de operações da Ryanair começa por dizer que lamenta “informar que [o aeroporto de] Lisboa tem um excedente significativo de pilotos que tem de ser reduzido neste inverno”.
“Esperamos sinceramente que o excedente em Lisboa possa ser resolvido com transferências para outras bases ou com licenças sem vencimento voluntárias. Assim podíamos evitar a perda de empregos neste inverno”, lê-se no documento com data de 24 de setembro, que tem duas tabelas com a disponibilidade de pilotos em outros aeroportos e em outras companhias aéreas do grupo.
Neste contexto, a companhia low cost irlandesa reforça que está a encorajar os pilotos a pedirem uma licença sem vencimento durante o inverno, ou até um ano, ou a pedirem transferência para outras bases ou para as companhias Buzz e Laudamotion, ambas do grupo Ryanair.
Na comunicação aos trabalhadores, a Ryanair refere que “com o colapso do operador britânico Thomas Cook perder-se-ão 9.000 empregos no Reino Unido e, potencialmente, cerca de 13.000 empregos em toda a Europa“, manifestando esperar que “existam candidaturas suficientes para licenças sem vencimento ou part-time, para que não haver perdas de emprego em Lisboa neste inverno”.
A Ryanair decidiu abandonar a rota entre o Porto e Lisboa a partir de 25 de outubro “por razões comerciais”, disse à Lusa fonte oficial da companhia aérea na semana passada, e, depois de ter anunciado que ia encerrar a base em Faro, a transportadora chegou a um acordo com a ANA – Aeroportos de Portugal, que passa por manter a base no aeroporto algarvio, mas com atividade “mais reduzida”.
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