Saída sem acordo pode levar dívida do Reino Unido para máximos desde anos 60
Um Brexit sem acordo, ainda que "relativamente benigno", pode empurrar a dívida do Reino Unido para os níveis mais elevados desde os passados anos sessenta.
Um Brexit sem acordo, ainda que “relativamente benigno”, pode empurrar a dívida do Reino Unido para os níveis mais elevados desde os passados anos sessenta, de acordo com uma análise do Instituto de Estudos Fiscais (IFS, em inglês).
Este think tank estimou que o endividamento do Reino Unido poderia subir em 100.000 milhões de libras (111.800 milhões de euros), o que situaria a dívida total do país para o equivalente a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) pela primeira vez desde meados dos passados anos sessenta.
O Reino Unido – com uma dívida equivalente a cerca de 85,30% do PIB – tem previsto sair da União Europeia (UE) no próximo 31 de outubro e o primeiro-ministro, Boris Johnson, está determinado a cumprir com aquele calendário mesmo que não alcance um acordo com o bloco europeu.
O diretor do IFS, Paul Johnson, sublinhou que há um “extraordinário nível de incerteza” e a economia e as finanças públicas do país enfrentam “riscos” perante o Brexit.
O IFS diz que um ‘Brexit’ sem acordo pode situar em “zero” o crescimento económico, incluindo com uma resposta orçamental e monetária “substancial” por parte do Governo e do Banco de Inglaterra.
O think tank adianta que um acréscimo do gasto público em 2020 pode ser seguido de uma queda económica, já que o Governo terá que fazer frente “às consequências de uma economia mais pequena e um maior endividamento”.
Johnson sublinhou que é “crucial” que um programa de gastos do Governo seja “temporal”.
Os especialistas afirmaram que a economia britânica sofreu uma contração de cerca de 60.000 milhões de libras (67.080 milhões de euros) desde que o país votou a favor de sair da UE no referendo realizado em junho de 2016.
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