Dívida pública aumenta para 252,3 mil milhões de euros em setembro
O Tesouro acumulou depósitos em setembro, levando a um novo aumento da dívida pública. Dívida cresceu mais 231 milhões, mas ainda está longe dos quase 257 mil milhões de agosto.
A dívida pública aumentou para 252,3 mil milhões de euros em setembro, mais 231 milhões de euros que no mês passado, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, com o tesouro português a acumular um maior volume de depósitos.
Após ter atingido um máximo de 256,7 mil milhões de euros em maio, a dívida pública contabilizada na ótica de Maastricht — a que conta para Bruxelas, e é contabilizada na ótica dos compromissos — diminuiu de forma pronunciada até agosto.
A subida que se verificou nos últimos dois meses foi acompanhada por um aumento do valor dos depósitos acumulados pelo Estado.
Esta almofada financeira aumentou de 17,5 para 19,9 mil milhões de euros entre junho e setembro, o que pode significar que o Estado poderia estar a acumular recursos para amortizar divida de longo prazo.
Entre esses pagamentos estará o pagamento antecipado de dois mil milhões de euros ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), o primeiro fundo de resgate criado pelos países da Zona Euro para responder ao resgate da Grécia e que viria também a financiar um terço do envelope financeiro do resgate a Portugal e outra parte do empréstimo dado à Irlanda.
Portugal fez o primeiro pagamento em outubro, o que ainda não se reflete nos dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal, mas terá certamente impacto nos números que o banco central vai dar a conhecer o início de de dezembro, com a dívida pública relativa a outubro.
A estratégia do Governo passa por pagar antecipadamente estes empréstimos do resgate e substituí-los por financiamento no mercado, que nesta altura oferece condições mais vantajosas, apesar de os empréstimos europeus já terem condições significativamente mais vantajosas do que, por exemplo, têm os empréstimos do Fundo Monetário Internacional (que Portugal amortizou por completo antes do prazo).
O Governo conta terminar este ano com a dívida pública abaixo dos 120% do PIB e que ao longo da próxima legislatura a dívida pública diminua progressivamente até baixar a fasquia dos 100% em 2023.
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